Capítulo 11

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Eduardo

Hoje o dia está corrido, o restaurante está bastante lotado. Minha mãe já me ligou umas mil vezes, querendo saber quando que irei visitar ela, e sempre são as mesmas respostas, e sempre tenho que ouvir seus dramas. Agora ela pegou no meu pé, só porque Augusto encontrou a mulher certa, ela quer que eu encontre uma para mim também, eu já disse que na hora certa vai aparecer, e que não quero me envolver com ninguém. Mas vai dizer isso a dona Luíza, e tudo isso graças ao Augusto, inventou a moda de se casar, e agora o bicho pega para mim e Álvaro.

Não saí do meu escritório desde a hora em que cheguei para trabalhar, estou trancafiado nele e não saí para nada. Meu celular apita e vejo que é uma mensagem de Álvaro, ele diz que irá passar aqui e que irá almoçar comigo, sei muito bem porque ele vem, vem só para comer, se acha que ele vem para fazer uma visita ao seu irmão, está muito enganado, ele vem para comer de graça, se eu não botar limite, ele me leva a falência. Fico ali envolvido nas papeladas, a espera dele chegar. Ouço batida na porta e mando entrar, logo Álvaro passa por ela.

—  Oi irmãozinho! Como está?

— Estou bem Álvaro. E você?

— Bem. Vim almoçar com você, estava com saudade da comida daqui e de você.

— Não seja ridículo, nos vimos ontem. Você come quase todos os dias aqui, impossível ficar com saudades se você não sai do meu restaurante.

— Não quer que eu venha almoçar mas aqui? É só falar Eduardo, eu não irei me magoar não. E se quer que eu pague a conta, eu irei pagar o que eu comer. — Álvaro diz fazendo drama, até parece que eu vou vender comida aos meus irmão. Ele está fazendo drama, o pessoa que puxou o drama da dona Luíza, ele sabe fazer um drama até melhor que ela.

— Pare de drama, e não seja ridículo, eu jamais iria cobrar comida sua ou de Augusto. Não estou reclamando de você comer aqui, eu só disse que... — Ah Álvaro, você sabe o que eu quis dizer, e não me estresse.

— Eu sei Eduardo, só estava brincando, você é muito chato. Isso tudo é falta de sexo.

— Olha quem fala. Cuida da sua vida e deixe que da minha vida sexual cuido eu.

— Ok. Vamos mudar de assunto. Mamãe quer por que quer, que arrumamos uma mulher. Eu disse a ela, que nem todas são como a Cecília, ela disse que não mesmo, Cecília é única, e que Augusto, é sortudo. Que devemos seguir o exemplo dele, arrumar uma mulher maravilhosa, exemplar e ter muitos filhos, pois ela quer muitos netos.

— Mamãe só está interessada em ter netos, se abusar, ela é capaz de sair convidando todas as solteiras de Minas Gerais para ver se arruma uma nora para dar netos a ela.

— Verdade, dona Luíza é demais. — Meu irmão diz rindo, e nisso seu celular toca, ele fala uns minutos e desliga.

— Aconteceu alguma coisa?

— Vou ter que ir, um cliente está querendo falar comigo, e terei que voltar.

— Não vai almoçar comigo?

— Não. E até agorinha estava aí reclamando de eu almoçar aqui, agora tá chorando por minha companhia. Sinto muito maninho, vou ter que voltar, fica para a próxima, eu irei comer qualquer coisa no caminho. Tchau, se cuida.

— Tchau, se cuida também.  —  Álvaro sai, e eu decido voltar ao trabalho, as horas se passam, e quando olho no relógio vejo que passa das meio dia. Decido almoçar um pouco mais tarde, fico ali, vendo uns relatórios, e, é nesse momento que a porta do meu escritório é aberta com tudo, quando estou preste a dar uma bronca na pessoa, vejo que é a Amanda, ela está assustada, e pálida.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora