Capítulo 25

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Eduardo

Já tem uns dias desde meu jantar fora com Mariana e não consigo esquecer dela dizendo que acha meu irmão bonito, isso não me agradou em nada, odiei entender que ela é solteira e pode se encantar por quem ela quiser.

Não fiz questão de esconder meu ciúme e da forma mais ridícula possível fiz um péssimo discurso sobre ciúmes de amigos, da onde tirei aquilo? Nem eu sei.

Mariana é linda, aqueles olhos me encantam, seu sorriso é perfeito, seu jeitinho me deixa feito um idiota, sem contar o corpo espetacular, as curvas bem definidas deixam qualquer um babando, os cabelos escuros e compridos são macios e brilhosos, ela é toda linda, a forma como Álvaro falou dela não sai de minha mente, se ele ficou admirado com a beleza dela, outros também devem ficar, isso é óbvio, a menos que sejam cegos para não enxergarem sua beleza, eu não tinha parado para pensar nisso e agora que parei e analisei, esse fato me incomoda muito.

— Chefinho, preciso de sua assinatura para a carga que chegou. — Amanda adentra minha sala e estende papéis, assino tudo e devolvo, ela agradece e ruma a porta.

— Amanda.

— Oi. — Ela se volta novamente.

— Quando sai com a Mariana, já percebeu olhares de homens para ela.

— Ah já, muitos torcem o pescoço para ela, também uma mulher daquela, quem não olharia? Por quê?

— Ah, nada não.

— Está com ciúmes dela?

— Amanda deixa de ser enxerida.

— Poxa, assim me magoa.

— Acha que ela se interessaria por alguém?

— Depende.

— Como assim?

— Nesse momento acho pouco provável, ela passou por muita coisa, precisa de um tempinho, mas assim que ela estiver bem e um cara bacana se aproximar, ela vai arriar os quatro pneus sim.

— Amanda de que lado você está? — Meu peito doeu em ouvir isso, imaginar ela com alguém me deixa mal, mas não consigo entender, somos amigos, ela precisa de apoio e eu estou dando, talvez exista uma atração física, afinal ela é linda e eu não sou de se jogar fora, mas por que meu coração se contorce com a ideia dela conhecer alguém e se apaixonar?

— Do lado da felicidade da minha amiga. É só isso chefinho, posso voltar ao trabalho?

— Acha que nós dois dariamos certo? — O que estou pensando meu Deus? Amanda abre um sorriso de orelha a orelha.

— Acho. — Ela diz e saí me deixando intrigado.

Eu vou enlouquecer, não entendo porquê desses questionamentos repentinos, o porquê desse desejo de que Mari olhe apenas para mim e não se interesse por ninguém.

Decido ligar para ela e confirmar sobre mais tarde. É só para falar sobre o jantar, tento me convencer disso, mas inconscientemente, bem lá no fundinho eu sei que é apenas para ouvir sua voz.

— Oi charmosa, como está?

— Olá bumbum guloso, estou muito bem e você?

— Esse apelido é ridículo, já disse para esquecer isso! — Ela gargalha e sorrio, não me importo do quão ridículo é o apelido, isso faz ela sorrir e me conformo apenas por causa disso.

— Impossível! Aquele dia na praça foi maravilhoso, descobri seu maior segredo bumbum guloso! — Sorrio de seu tom de voz mais baixo, quase como um sussurro.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora