Capítulo 30

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Mariana

— Meninos sem briga! — Cecília intervém e sorrio. Eles ficam quietos, parece que ela manda. Eduardo sorri e pisca, pisco de volta ele sorri. Esse homem ainda me mata com tanta beleza.

Fico olhando os dois terem uma discussão, que na verdade não é uma discussão é uma birra de irmãos. Mas quando Cecília fala com eles, os dois simplesmente ficam quietos, como dois meninos emburrado.

— Mas, me diz Mariana, no que você trabalha? — Cecília pergunta e sorrio.

— Eu tenho uma loja, meus avós quando faleceram deixaram tudo pra mim. Então, estava cansada da minha antiga vida e decidi vir morar aqui.

— Eu sinto muito pela sua perda. — Ela diz e sorrio. Meus avós foram muito importante pra mim. Eles fazem tanta falta. — Deve sentir falta deles.

— Sim, eu sinto. Mas tinha que ser assim. — Digo a ela, Amanda sorri e eu a olho.

— Talvez é coisa do destino. — Ela diz sorrindo.

— Por que acha isso? — Fico intrigada.

— Talvez tudo isso aconteceu para que vocês dois pudessem se encontrar. — Ela diz e sorrio. Onde já se viu isso.

— E olha que isso pode ser mesmo. — Cecília diz e olho para Eduardo que conversa com seu irmão alheio de tudo.

— Eu não sei, eu e Eduardo somos amigos.

— Eu e Augusto éramos também. — Cecília diz com um sorriso lindo. Falar do marido faz os olhos dela brilhar.

— Viu, tudo indica que você e Eduardo são feitos um para o outro. — Amanda diz rindo. Ela ama isso.

— Que tal irmos dar uma volta? — Eduardo aparece sorrindo.

— Claro, se não for incomodar. — Digo a ele que sorri. Gente esse homem é lindo, perfeito de mais pra ser verdade.

— Você nunca incomoda. — Os outos presentes, sorriam e gritam alegres com o que Eduardo diz. Fico sem jeito.

Eduardo revira os olhos e me leva dali. Aceno pra eles e digo a Amanda que volto logo.

Ele fica em silêncio o caminho todo. Paramos perto de um banco, me sento e lembro da primeira vez que nos conhecemos. Ele me olha sorrindo, parece que se lembrou também.

— Posso me sentar? — Ele pergunta divertido.

— Acho que cabe esse seu bumbum guloso.

— Da onde tirou esse apelido ridículo? — Ele pergunta e sorrio.

— Você não queria me dar espaço para me sentar, ou seja cheguei a conclusão de que sua bunda era enorme e ocupava todo espaço.

— Isso é ridículo, eu estava desconfortável.

— Eu só queria me sentar, estava grávida. — Digo a ele. Ele me olha com um olhar de carinho.

— Eu sinto muito por tudo, se eu pudesse voltar ao tempo, eu faria de tudo para você ter seu filho com você. — Ele diz triste. Seguro sua mão, acaricio seu rosto.

— Você não podia fazer nada, foi assim que Deus quis. Às vezes tem coisas muito maiores e melhores para nós lá na frente. — Digo a ele. — Eu sempre irei sentir a perda do meu filho, sempre irei amar ele, mesmo que nunca o tenho pegado em meus braços.

— Talvez se eu fosse mais rápido, teria chegado a tempo.

— Eduardo, olha pra mim. — Ele me olha triste. Com dor. — Você fez de tudo por nós, fez mais do que podia. Eu sempre irei te agradecer por isso.

— Eu sei, más, mais uma vez eu vejo alguém morrer e eu sem fazer nada. — Ele diz e fico sem entender. Eduardo guarda muita coisa pra si, e eu quero tanto poder ajudar ele.

— Eu perdi meu bebê, sabe eu fico imaginando como seria ter ele aqui. — Digo sorrindo. — Mas às vezes é como Amanda disse, tudo o que acontece pode ser porque Deus tem um propósito para diferente do nosso para tudo.

— Eu também fico imaginando como seria ter ele ou ela aqui. Como seria, acho que iria parecer você. — Ele diz e sorrio, imaginando Eduardo com meu bebê, bem aqui.

— Eu sempre irei amar meu bebê. E eu agradeço por ter ficado ao meu lado.

— Por mais que eu não ajudei muito. — Ele diz e suspiro. Não quero que ele se sinta culpado por algo que não é culpa dele.

— Você é incrível, não foi sua culpa. — Digo beijando seu rosto. — Eu estou bem, estou seguindo em frente, e creio que terei a família que tanto sonho. Mas eu não quero que se sinta culpado por algo que não foi sua culpa.

— Você é incrível. — Sua mão toca meu rosto. Gosto de seus carinhos. Gosto dele. Mas como dizer isso a ele? Ele se aproxima e seus lábios estão quase grudados nos meus, sinto sua respiração. — Eu quero te beijar.

— Então beija. — A única coisa que digo, pois eu anseio sentir seus lábios, poder desfrutar de seus beijos.

Nosso beijo começa lento, cheio de carinho, mas eu quero mais. Aprofundo o beijo, em busca de mais. Eduarda me puxa pro seu colo, sorrio entre nossos beijos. O povo vê nós fazendo isso em uma praça pública, vão nos achar loucos e imprudentes, mas eu não ligo pro que pensam. Ninguém entende alguém apaixonado

Apaixonada? Eu? Eu estou apaixonada por Eduardo, a ficha caiu pra mim agora, eu quero a todo momento estar ao seu lado, quero seu carinho, quero tudo com ele.

Meu coração salta do peito quando o vejo ou ouço sua voz, minhas mãos treme quando ele segura elas quando chega perto, meu estômago parece que tem um monte de borboleta. Eu só não sei como dizer isso a ele, tenho medo de o que temos acabar. Mas o que fazer?  Eu só não quero sofrer, logo agora que tudo está bem.

Ele me olha sorrindo e acaricia meu rosto. Beija a ponta do meu nariz e acho isso engraçado. Eu o beijo, com tudo que sinto. Quero demonstrar a ele tudo em um beijo, quero que ele sinta que eu o desejo, que eu o quero.

Tenho medo de dizer em palavras, mas quero demonstrar. Eduardo é incrível, é o homem dos meus sonhos, mas e eu? Eu seria a mulher que ele sonha?

— Você é incrível. — Ele diz sorrindo. Beijo seus lábios de leve.

— Você é mais ainda. Eu me sinto tão bem assim, sabe, eu me sinto segura. — Suspiro olhando em seus lindos olhos que me fazem suspirar o o dia inteiro.

— Eu irei fazer de tudo para que você esteja sempre segura.

— Obrigada, de coração.

— Eu sei que tem alguém que te feriu, eu sei que você tem medo, mas comigo eu quero que se sinta você mesma, eu quero que se sinta segura.

— E eu me sinto, você não faz ideia. — Beijo seus lábios. Beijar Eduardo vai se tornar meu vício.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora