Capítulo 32

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Mariana

Suspiro olhando o outro lado da rua. Como se tivesse algo interessante lá. Mas na verdade eu não quero comentar sobre o ocorrido na praça.

Amanda sabe, me entende e sou grata a ela. Mas ao mesmo tempo que quero guardar tudo pra mim, quero me abrir também. Ver às crianças ali, sorrindo felizes, me encheu de tanto amor, eu pensei no meu bebê, meu filhinho que nem chegou a nascer. Meu eterno bebê. Eu pensei que poderia ser ele ou ela ali, correndo e brincando.

Eduardo é um amor, ele me faz sentir viva, ele é tão especial. A forma como ele trata os sobrinhos é tão linda que fico imaginando quando ele for pai. Sortuda vai ser a mulher que casar com ele.

Chego em casa, Amanda entra comigo. Se joga no sofá e sorri. Sei que ela está curiosa também para saber o que eu e Eduardo fizemos sozinhos no tempo em que ficamos afastados deles.

— Me diz, como foi o passeio com o chefinho? — Sorrio do jeito que ela fala, Amanda é a irmã que nunca tive.

— Foi bom, ele é um amor. Muito educado. — Digo sorrindo da cara que ela faz.

— Rolou alguma coisa? Tipo uns beijo?

— Sim, nos beijamos.

— Eu não sei qual é o problema de vocês, sabe, está na cara que vocês se gostam, por que não assumem?

— Eu gosto dele, realmente, não sei que nome dar ao sentimento que tenho por Eduardo, mas definitivamente não será eu a dar o primeiro passo. — Digo a ela que bufa.

— Ok, mas vocês formam um belo casal.

— Obrigada Amanda. Você tem sido uma grande amiga, uma irmã. — Digo me sentando ao seu lado e abraçando.

— Eu sei. Mas me diz, porque quis vir embora? Estava tão bom ficar lá conversando.

—Eu sei, mas é que eu senti tanto amor pelas crianças, que por um momento imaginei meu bebê ali correndo e brincando junto. E saber que isso nunca vai acontecer me deixou triste. — Digo segurando o choro.

— Mari, não fica assim. Sabe que você terá a oportunidade de ter outro filho. — Ela diz sorrindo. — Quem sabe não vem um seu e do Eduardo?

— Está sonhando de mais Amanda. — Digo rindo. — Eu amo tanto meu bebê, sabe eu queria tanto ver ele ou ela nascer, crescer, ensinar a falar mamãe, ensinar a andar. E eu perdi tudo isso em segundos.

— Amiga, sabe que nem tudo está perdido, tenho fé que você vai encontrar alguém que te ame de verdade, alguém que vai construir uma família com você, e vão me dar um monte de sobrinhos.

— Obrigada Amanda, eu não sei o que seria de mim sem você. — Digo já fungando.

— Eu te amo, é minha amiga, uma irmã. Quero o melhor para você, e sei que você vai ser muito feliz, e não vai nunca mais sofrer.

— Obrigada, sabe que em tão pouco tempo você se tornou alguém muito especial pra mim e que eu já te amo também. E você também será muito feliz.

— Agora sem chororo, vamos comer algo e eu irei embora, preciso arrumar minha casa, está tudo uma bagunça.

— Ok, mas você que faz. — Digo indo pra cozinha.

— Ok, mas vai me ajudar, nada de ficar sem fazer nada. Bora botar a mão na massa.

Ela me ensina a fazer um bolo que gosta muito, nem me lembro o que vai, talvez eu tenha que pedir para ela anotar tudo. Ela faz pão de queijo, na verdade ela fez um monte de coisa, que nós duas não vamos dar conta de comer tudo.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora