Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-se

Capítulo 50

Mariana

Acordo um pouco cansada, minha barriga está enorme, não vejo a hora de ter meu pequeno em meus braços, Eduardo está igual um doido, não me deixa fazer nada, faz três dias que eu completei nove meses, e depois que médico disse que o bebê pode nascer a qualquer momento, Eduardo e seus irmão viraram meus guardas, não me deixam nem levantar para pegar um copo d'água.

Isso irrita, mas sei que é precaução, e ele tem medo de que algo aconteça, ele tem sido muito protetor desde o início da gravidez, mesmo achando exagero dele e as vezes ficando irritada eu amo os cuidados dele, e ele entende que são os hormônios da gravidez, minha sogra que é um amor, esses dias ele não queria me deixar comer um bombom, então eu liguei para ela e contei a ela, não demorou muito e ela ligou para ele, disse que se não me desse um bombom, ela viria aqui e me levaria com ela, e ele não iria me ver até o bebê fazer um mês, nesse dia eu ri muito do desespero dele.

— Um beijo pelo seus pensamentos.

— Só um beijo? Tá economizando beijos Eduardo? Ou vai dar o restante a outra? — Pergunto a ele que começa a rir, sinto vontade de chorar, e sinto algo molhar minha bochecha, quando vejo eu estou chorando, odeio esses hormônios.

— Charmosa porque está chorando? Amor, eu dou quantos beijos você quiser. Mariana o que foi? Não chora meu amor, eu não quero ninguém além de você. — Ele diz todo preocupado, eu sei que ele jamais faria isso comigo, mas não posso evitar esses hormônios.

— Eu sei, é só esses hormônios que estão me deixando assim. — Digo sorrindo, e vejo o alívio estampar em seu rosto.

— Ah mulher, você está me deixando louco, mas mesmo assim eu te amo.

— Quer comer ou tomar alguma coisa?

— Quero, eu quero sorvete de menta com chocolate e salgadinho de batata. — Quando termino de falar ele me olha como se eu tivesse sete cabeça.

— Sério? Você vai querer mesmo isso? Tem certeza que não vai te fazer mal?

— Não Eduardo, estou brincando. Na verdade acho que estou com desejo de roer as unhas do seu pé, então deixa o sorvete de menta com chocolate e salgadinho de batata. — Digo só para ver a reação dele, e é a melhor, ele me olha e se levanta do sofá num pulo.

— Você está louca? Que novo! Ok, estou indo atrás do seu sorvete e do salgadinho. Não faça esforço nenhum, eu já volto, qualquer coisa me ligue ou grite por socorro, eu já volto.

— Ok, não demore. — Ele sai correndo, e eu começo a rir, só assim para ele ir comprar o que eu quero.

Fico sentada no sofá esperando ele trazer o meu lanche, então começo a pensar na minha vida, na reviravolta que ela deu, quem diria que eu estaria aqui, casada com um homem maravilhoso, que estarei grávida do meu segundo filho, meu pequeno Samuel. Fico pensando que Eduardo não queria viajar na nossa lua de mel, pois ele tinha medo que eu passe mal no avião, então decidimos ficar aqui em Minas mesmo, fomos para uma pousada muito linda e aconchegante, então passamos nossa lua de mel aqui mesmo, ele me disse que assim que Samuel poder viajar de avião, iremos os três para uma viagem.

Ouço a porta bater, e vejo ele entrando com as minhas coisa, nem espero ele chegar até a mim, eu vou de encontro e pego as sacolas de sua mão, então vejo o sorvete e o salgadinho, ofereço a ele mas ele não quer, melhor ainda, assim sobra mas para mim, começo a comer, ele ao mesmo tempo que olha satisfeito por realizar meu desejo, também olha estranho para a mistura que estou fazendo.

Decido me concentrar no meu lanche, depois que eu termino ele me ajuda a ir me deitar, já no nosso quarto ele diz que vai tomar banho, quando ele está no banho e sinto minha barriga endurecer, e sinto umas leves pontadas no pé da barriga, decido não dizer nada a ele pois pode ser um alarme falso, se bem que o médico disse que a qualquer momento pode nascer. Eduardo sai do banho e nessa hora me dar um pontada muito forte e acabo gritando, ele vem correndo na minha direção.