Capítulo 48

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Mariana

Eduardo está a dois dias sem vir aqui. Confesso que estou doida pra ir até ele. Andréia diz que preciso converse com ele, agora que estou mais calma e decidida.
Lucas ligou pra ela, mas ela não atendeu. Entendo ela, sei como deve estar seu coração, com medo dele tirar os filhos dela.

— Tia, porque a mamãe está chorando? — Olho pro pequeno que me olha esperando por uma resposta.

— Amor, nós adultos choramos quando estamos com saudades, quando estamos felizes ou triste.

— Eu estou com saudade do papai, a minha irmã também. — Ele diz fazendo bico. Olho pra porta e Andreia está chorando.

— Oh meu amor, mas logo você vai ver o papai. — Digo beijando seu rosto. — Não está gostando de ficar aqui com a tia?

— Eu tô, mas quero o papai também, a mamãe não chorava com ele. Só com a vovó ela chorava. — Ele diz e não sei o que dizer. Andréia tem que se resolver com Lucas, as crianças não pode ficar assim.

— Eu sei amor, que tal ir assistir com sua irmã? — Digo a ele que afirma e sai pra sala. — Eles sentem falta do pai. — Digo a ela.

— Ele acordou de noite chamando pelo pai. — Ela diz fungando. — Ele ligou umas dez vezes, eu não atendi.

— Precisam conversar, pelas crianças.

— Eu sei, mas tenho medo do que ele possa dizer.

— Lucas te ama, ele deve ter percebido que foi um idiota, e se ele fizer algo que machuque eu mesma mato e enterro ele. — Digo abraçando ela. Na mesma hora a campainha toca. — Deve ser Amanda. —
Quando vou abrir a porta, levo um susto ao ver Lucas parado ali. Ele parece cansado. — Lucas? Como chegou aqui?

As crianças quando ouvem o nome do pai vem correndo. Andreia fica estática parada atrás de mim.

— Papai. — Os dois correm e abraçam ele. Ele sorri abraçando os dois. Vejo lágrimas em seu rosto, mas não irei me comover, ele fez minha amiga chorar. — Nós tava com saudade. — Os dois dizendo juntos e ele sorri.

— O papai também. Amo vocês. — Ele diz beijando os dois. Ele olha pra mim e sorri. Seu olhar vai até Andréia. — Precisamos conversar. — Ele diz e quando vou falar Amanda aparece sorrindo. Ela teve aqui no dia anterior, fez Andreia sorrir, as duas se deram bem.

— Oi Mari, está cheia de visita hoje. — Diz sorrindo.

— Oi Amanda, esse é o Lucas pai das crianças. — Digo a ela que olha pra ele feio.

— Então é você. — Ela diz medindo ele de cima em baixo. — Só vou te dar um aviso, se fizer ela chorar mais uma vez, eu arranco suas bolas e faço a bruxa da sua mãe comer. — Ela diz a ele que olha pra ela espantado. — E só pra avisar, sua mãe é uma bruxa, odeio ela. — Diz a ele. Lucas fica mudo. Olho pra Andreia que sorri. — Pestinhas, vamos dar uma volta?

— Não vai sair com meus filhos, não sei se é seguro deixar eles com você. — Lucas diz a ela.

— Vão estar mais seguro comigo do que com sua mãe. — Ela diz pegando na mão das crianças. — Andreia já volto com eles. — Andreia sorri afirmando.

— Não vai. — Lucas diz.

— Vai sim, os filhos são meus. — Andreia diz a ele. — Pode ir Amanda.

— Lucas, eles vão estar seguro. — Digo. Ele afirma. — Eu vou estar na cozinha.

Amanda sai com as crianças, eu vou pra cozinha. Se Lucas fizer de besta eu arranco as bola dele. Fico na cozinha, ouço Andreia falar alto com ele. Ela está com muita raiva.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora