Capítulo 19

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Eduardo

Vejo Mariana na frente da sua loja, ela está linda, na verdade ela é linda todos os dias. Quero ir até lá e conversar, pois eu a cada dia me sinto mais dependente dela, e isso pra mim não é bom. Nunca senti isso, nunca tive tanta vontade de estar com alguém, mas com ela é diferente, eu a quero, e isso é assustador.

Ela sorri para uma cliente e entra pra dentro. Arranco com o carro dali, preciso respirar um pouco o ar livre. Dirijo em direção ao sítio, quem saiba eu fique lá e volte só amanhã, preciso pensar um pouco.

Decido passar em casa pegar algumas roupas minhas, sou o filho que menos tem coisas na casa dos meus pais. Quando termino de arrumar minha mochila e vou saindo, dou de cara com Álvaro e Augusto na minha sala. Olho pra eles que sorriem.

— Como entraram aqui? — Pergunto a eles que sorri, Álvaro é o mais idiota de todos nós.

— O portão estava aberto, e decidimos entrar. — Álvaro diz e suspiro, como pude ser tão esquecido assim, um ladrão poderia ter entrado aqui facilmente.

— Eduardo, tem que ter mais cuidado, poderia ser um maluco aqui agora na sua sala. — Augusto diz e suspiro afirmando.

— Eu sei, fui bem inconsequente, isso não vai acontecer novamente, estou apressado. — Digo a eles que trocam um olhar curioso.

— Onde vai? Sei que não é da minha conta, mas sabe, ficamos preocupados quando um de nós some. — Augusto diz e sorrio. Sei bem como somos, é de família está no sangue dos Guerras ser protetores e preocupados desse jeito.

— Vou pra casa dos nossos pais. — Digo a eles que sorri. Mamãe ira gostar sei disso, quase nunca vou lá. — Venho só amanhã, preciso pensar um pouco.

— Sei bem no que você precisa pensar. — Álvaro diz e quero socar a cara dele, mas eu não gosto de violência. — Um rabo de saia, e pensa na mulher bonita.

— Cala tua boca, não fala assim dela. — Digo a ele que sorri. Augusto sorri de nós dois. Quero socar ele também, mas sou da paz. — Mariana não tem nada a ver.

— Quem é Mariana? É a garota que ele estava ajudando? — Augusto pergunta e Álvaro afirma. — Quer dizer que temos mais um da família apaixonado?

— Eu não estou apaixonado, eu irei pra lá por conta do serviço, preciso de descanso. — Digo a eles, mas os bastardos não acredita.

— Sei, quando voltar de lá vai voltar todo decidido a ter ela. — Álvaro diz rindo.

— Estou achando que quem precisa de uma mulher é você princesa. — Chamo ele de princesa só pra provocar.

— E você, velho rabugento. — Ele diz e Augusto segura ele do braço.

— Ok, sem brigas rapazes, vamos embora Álvaro, Eduardo está bem, e mande um beijo pros nossos pais. — Augusto diz e sai levando Álvaro com ele. Que se vira e mostra o dedo do meio, imaturo de mais.

Suspiro pegando minhas coisas. Preciso de paz, e meus irmãos não me dão. Quando estou saindo de casa penso em ir até Mariana e dizer que vou deixar a cidade por uns dias, se ela precisar de mim é só me  ligar, mas seria estranho da minha parte fazer isso, ela vai me achar um estranho idiota.

Dirijo com o máximo de cuidado que tenho, não quero ter que passar por tudo novamente. Quero ter minha vida e a de outras pessoas em segurança.

Meus irmãos acham um exagero o meu excesso de cuidado no trânsito, mas eles não sabem o que passei, para ter me levado a agir assim, a viver assim.

Sigo em direção ao sítio, quando estou chegando na porteira avisto meu pai na porta, ele vem me receber, e penso que eu deveria vir mais na casa de meus pais, pois eu sou o filho que menos vem, e minha mãe se queixa muito disso, e dou razão a ela, e vejo que eu precisava muito de um tempo longe de cidade, respirar um ar puro.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora