Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-se

Capítulo 05

Eduardo

Finalmente o fim de semana chegou, estou exausto, a semana foi tão corrida, não tive tempo para nada além do trabalho.

O restaurante tem mais movimento no fim de semana e eu sempre gosto de estar por perto, mas não é o caso nesse fim de semana, minha mãe está cobrando faz tempo eu e meus irmãos para irmos visitá-la e concordamos em ir pra lá hoje e voltarmos domingo a noite.

— Amanda eu vou deixar você e o Felipe no controle de tudo, se acontecer algo me ligue.

— Eu? Tem certeza? Não acho boa ideia. — Faz pouco tempo que eu a contratei, mas ela já se mostrou uma excelente funcionária e de muita confiança.

— Confio em você.

— Ok.

— Não se preocupe em me ligar ok?

— Ok. Obrigada pela confiança.

— Disponha, já vou indo.

— Faça boa viagem.

— Obrigado. — Saio do local e rumo a casa de meu irmão, Álvaro tem sua moto, mas não quer ir sozinho então vai comigo. Augusto tem sua família e vai em seu próprio carro. Vamos sair juntos, vou logo atrás dele. Buzino quando paro o carro em frente a casa de meu irmão, logo ele sai com uma mochila mas costas.

— Demorou hein.

— Larga mão de ser reclamão, nem demorei tanto assim. — Meu celular toca e atendo ao ver o nome de Cecília. — Oi cunhadinha.

— Onde vocês estão? Estamos a um tempão esperando por vocês. — Álvaro me olha com cara de quem é dono da razão e reviro os olhos.

— Já estou saindo da casa do Álvaro estava dando as últimas ordens ao pessoal no restaurante.

— Eduardo tirando a menina que você contratou recentemente o restante é tudo veterano e já sabem se virar muito bem sem você lá.

— Isso, diz que eu sou inútil para o meu próprio negócio. — Ouço a risada de Augusto ao fundo.

— Vamos indo em direção a saída da cidade, nos encontramos lá.

— Ok. — Encerro a ligação e começo a dirigir.

— Está preparado?

— Para quê? — Olho Álvaro tentando entender o porquê dessa pergunta.

— Mamãe vai passar o fim de semana falando que precisamos arrumar uma boa moça e nos casarmos e o mais importante para ela que é darmos netos para ela.

— Mamãe está obcecado com isso de nos casarmos e termos filhos.

— Tudo culpa do Augusto que foi se apaixonar.

— Eu podia jurar que o primeiro a se casar seria você.

— Eu pensava o mesmo, mas Augusto encontrou a garota certa antes de mim.

— Espero que você encontre sua garota também.

— E você Eduardo? Vai viver sem um amor? Solitário pelo resto da vida?

— Estou bem assim. — Ele me olha desconfiado, não nego que as vezes me pego pensando em ter alguém para não me sentir tão sozinho, mas logo passa, não me vejo casando, acho que é porque até hoje não conheci nenhuma mulher que mexeu com meus sentimentos.

Eu não sou como Augusto era, porém tenho minhas noites de diversão, mas nenhuma mulher com quem já fiquei me interessou, chamou minha atenção ou me cativou. Não sou contra o amor, ou tenho medo de me apaixonar, nem mesmo prefiro a solidão, apenas não encontrei alguém com quem sinto vontade de dividir a vida, mas se um dia aparecer alguém que mexa comigo eu não vou fugir.