Capítulo 29

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Eduardo

Acordo com o som insistente de meu celular, não é possível que já deu a hora de levantar. Pego o celular e vejo o horário e a ligação perdida de meu irmão, ele realmente não tem mais o que fazer, só pode, me ligar às 7h da manhã em um DOMINGO é demais para qualquer ser humano, quem acorda nesse horário no dia universal da preguiça?

Resolvo ver logo o que ele quer, retorno a ligação e ele me atende prontamente.

— Bom dia! Te acordei? — Não que isso, já estava acordado, esperei a ligação cair só para poder retornar, amo retornar as ligações! Minha vontade é de responder isso, mas ele não tem culpa de meu mau humor matinal. Bom, pensando bem ele tem culpa sim, se não me acordasse eu não estaria de mal humor, pelo contrário, estaria feliz da vida, dormindo! — Eduardo você ainda está aí?

— Oi, estou, acabei de acordar estou com a cabeça longe ainda. O que você quer? Sabia que é domingo e ainda nem deu 9h da manhã? Por que já está acordado?

— Tenho filhos! Esqueçi de seu mau humor matinal. Vamos no parque, te encontro lá ou vem até aqui em casa para irmos juntos?

— O Álvaro vai ser meu irmão preferido! Que mané parque, eu vou dormir.

— Você não tem um irmão preferido! E sim vamos no parque, seus sobrinhos querem te ver.

— Deveria ter! Eles me viram ontem.

— Querem ver novamente, larga mão de ser chato e se arruma logo, vamos passar aí, tchau. — Ele desligou na minha cara, eu vou esfolar ele para aprender a me respeitar, onde já se viu.

Augusto já entendeu que se usar meus sobrinhos consegue qualquer coisa de mim e o cretino usa mesmo, sem dó e piedade, sabe que não digo não aquelas crianças. Parque? Às 7h da manhã? De um domingo! É um absurdo, mas eu vou. Me arrumo rápido e desço para fazer um café e comer alguma coisa.

Se passam 1:30h e nada de meu irmão aparecer, quase 9h da manhã, se soubesse que ia enrolar desse jeito tinha dormido mais um pouco. Ouço a buzina e vou para fora de casa, vejo Cecília trocar de lugar e ir para o banco de trás e a porta do passageiro aberta.

— Bom dia cunhada linda! Bom dia garotão! Oi princesa linda do tio! Oi irmão chato. — Cumprimento a todos, Adam sorri animado, mas acho que é pelo passeio, Cecília como sempre linda e sorridente, é sua natureza, não se vê essa mulher chorando. Meu irmão feio e chato faz careta.

— Chato é você!

— Por que me acordou às 7h da manhã sendo que só ia passar aqui às 9h?

— Já era 7:30h para o seu governo e agora são 8:30h, sem exageros, foi apenas uma horinha de atraso, nem esperou tanto assim.

— Mas esperei!

— Não briguem meninos, amor vamos logo que Adam está quase saindo do carro e indo a pé.

— Ok. — Augusto obedece Cecília, ele é muito cadelinha dela, faz tudo que ela pede. Como pode um homem perder totalmente a postura meu Deus?

Chegamos no parque, Adam e Helena ficam elétricos, vamos caminhando até uma grande sombra, Cecília arruma as coisas para Helena brincar com suas bonecas e Adam já corre para lá e para cá com seus brinquedos.

— Droga esqueci a boneca e o urso preferido da Helena, vou buscar antes que ela abra o berreiro.

— Vai lá, vamos ficar por aqui mesmo. — Ele se afasta Cecília se senta com a filha, fico observando Adam.

— Eduardo está tudo bem?

— Sim, por quê?

— Você anda estranho nos últimos dias.

— Impressão sua Ceci. Não é nada demais, só estou muito ocupado com o trabalho.

— Está bem então.

Ouço uma voz familiar gritar por meu nome e me viro, vejo Amanda acenando animadamente para mim, vejo Mariana ao seu lado, ela parece ser arrastada pela amiga, sorrio e aceno de volta, ela está linda como sempre, não sei porque, mas meu coração dispara e só consigo me lembrar de nós dois aos beijos e depois dormindo juntos, eu só queria ter ela em meus braços novamente.

— Bom dia. — Elas falam juntas, sorrio para elas, Ceci já havia se levantado para ver quem estava gritando por mim agora sorri também ao meu lado.

— Bom dia. — Vou até Mariana e beijo seu rosto, a sua expressão é de pura surpresa, ela não esperava e acabo sorrindo novamente, se soubesse que quero beijar outra parte de seu rosto que não seja sua bochecha com certeza a expressão seria de puro espanto.

— Ceci essas são Amanda, acho que já viu ela no restaurante. — Começo a apresentação, Ceci afirma, e prossigo. — E essa é Mariana uma amiga muito especial. — Eu aponto para ela, Ceci sorri e vai abraçar as duas, minha cunhada é toda fofa e amorosa, talvez elas possam ser amigas.

— Olá meninas, é um prazer. Sou a cunhada preferida do Eduardo, mãe desses pequenos, Adam e Helena e esposa do irmão mais bonito o Augusto. — Vejo Mariana sorrir para Ceci, acho que elas se gostaram, sorrio da forma que Ceci se apresentou, ela é minha única cunhada, e definitivamente ela não é casada com o Guerra mais bonito.

— Ceci você é minha única cunhada!

— E pelo visto vou continuar sendo, Álvaro está demorando para encontrar a garota. — Ela faz careta e sorrio, realmente, achei que meu irmão mais novo seria o primeiro a casar, mas me enganei.

Ficamos conversando, vejo Augusto voltando, e olho minha cunhada, os olhos dela brilham e ela sorrir, Ceci é completamente apaixonada por meu irmão, o amor deles é lindo de inúmeras maneiras, meu irmão corresponde a altura os sentimentos dela e por isso são tão felizes, um é capaz de dar a vida pelo outro.

Mariana também percebe a mudança em Ceci e olha para trás querendo saber quem causou tal reação nela, logo ela se volta e não consigo desvendar o que se passa em sua mente.

— Voltei, aqui princesa do papai, sua boneca e seu urso. — Meu irmão entrega apenas a boneca e mostra o urso, Helena sorri feliz da vida agora. Meu irmão dá um selinho em Ceci e se volta para as meninas e sorri. — Olá, sou o Augusto, irmão do Eduardo. Você eu já vi no restaurante, mas não lembro o nome. — Ele aponta Amanda. — Agora você eu nunca vi.

— Me chamo Amanda, sou a melhor funcionária, do melhor chefinho de todos!

— Nem é convencida!

— Eu te elogio e ganho isso em troca.

— Eu sou Mariana, uma amiga dos dois.

— Muito prazer meninas. Vieram passear também? Que azar encontrar o Eduardo logo no seu dia se folga e na sua hora de lazer em Amanda. — Ele brinca com ela que sorri.

— Olha que absurdo, não ouviu ela falando que sou o melhor chefe que ela já teve?

— Acho que você compra seus funcionários, por isso todos gostam tanto de você.

— Vai catar coquinho Augusto!

— Meninos sem briga! — Olhamos Cecília e depois nos olhamos, suspiro, mandona, não basta mandar no marido, quer mandar nos cunhados também, ela se aproveita que eu e Álvaro gostamos muito dela e sempre a obedecemos. Vejo Amanda e Mari segurarem o riso, sorrio para Mari e pisco, ela retribui, estou perdido, essa mulher é minha perdição.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora