Capítulo 47

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Eduardo

Já passaram dois dias desde que fui na casa dela. Não procurei ela durante esses dias, ouvi Amanda dizer que uma amiga de Mari está aqui. Não sei quem é.

Sinto tanta falta dela, sempre passávamos a noite juntos, ou em na casa dela ou na minha. Mas agora eu fico aqui só, todas as noites. Às vezes penso em ir até a casa dela e dizer que acabou o tempo dela. Mas prometi esperar.

Saio dos meus pensamentos com o barulho irritante da campainha. Quem será. Só me falta ser meus irmãos. Eles estão um nojo. Quando abro a porta levo um susto ao ver mais pais parados na porta com Álvaro. O idiota me sorri.

— Mãe, pai. O que fazem aqui? — Pergunto a eles.

— Viemos te ver, ou não posso mais ver meu filho? — Ela diz seria. Tenho a impressão de que ela sabe o que está acontecendo comigo. Afinal a fofoqueira está bem do lado dela. — Não vai nos convidar pra entrar Eduardo?

— Que falta de educação irmão, vai deixar nossos pais parados na porta. — Álvaro diz e meu pai sorri. Dou espaço pra eles entrarem. Quando Álvaro passa por mim eu dou um beliscão em sua barriga. — Aí.

— O que houve? — Meu pai pergunta nos olhando.

— Ele bateu o cotovelo. — Digo sorrindo. Álvaro me olha feio.

— Então Eduardo, como está Mariana? — Minha mãe pergunta se sentando. Suspiro e me sento.

— Duvido muito que a senhora não esteja sabendo de tudo.

— Eu sei de tudo, mas quero ouvir da sua boca. — Ela diz. Meu pai fica só olhando. Ele é tão calmo, já minha mãe.

— Eu a um tempo atrás me envolvi em um acidente. Estava vindo de uma festa, meu celular tocou fui ver quem era, e quando olhei pra frente o carro já estava batendo no meu. — Digo e minha mãe põe a mão na boca. Acho que ela não sabia disso, olho pra Álvaro que dá de ombros.

— Você sofreu um acidente? Um acidente e não nos contou. — Ela diz chorando. Meu pai abraça ela.

— Luiza, está tudo bem querida. — Ele diz abraçando ela que chora.

— Não está Joaquin, ele sofreu um acidente, ele não nos contou. Não confia nos seus pais?

— Não é isso mamãe, eu estava com medo, tinha vergonha. — Digo a ela. Meu pai abraça ela já meu irmão fica calado. — Eu me culpava, não queria que sentisse vergonha de mim, então eu me escondi de todos, fiquei muito mal quando recebi a notícia que o casal que estava no carro haviam morrido.

— Meu Deus, eu não acredito nisso. — Ela diz sei que está chateada comigo.

— O senhor que dirigia o carro sofreu um infarto, mas mesmo assim eu me culpava, eu não deveria ter olhado pro celular, deveria ter ignorado a ligação.

— Não foi sua culpa. — Meu pai diz vindo até a mim. — Deveria ter nos contado, nunca sairíamos contra você.

— Desculpa pai. — Ele me abraça. E é tão bom saber que tenho meu pai por mim.

— O que Mariana tem a ver com o acidente? — Minha mãe pergunta.

— No último dia na casa da senhora, eu descobri que eram os avós dela.

— Os avós dela que morreram no acidente. — Ela diz e afirmo. — E aí ela deixou você?

— Não mãe, eu fui um idiota e me afastei dela. Fiquei com medo dela me odiar por ter sido os avós dela.

— Mas você não teve culpa. — Ela diz e suspiro.

— Eu sei, custei acreditar nisso, mas agora sei que não foi minha culpa.

— Já falou com ela? — Meu pai pergunta.

— Sim, me expliquei, ela disse que não me culpa, mas que precisa pensar. — Digo a eles. — Eu amo ela, disse isso a ela. Ela está chateada por eu não ter contado que descobri que eram os avós dela.

— Deveria ter falado pra ela. Não escondido. — Minha mãe diz e sei que está brava comigo por nunca ter falado do acidente.

— Desculpa mamãe, sei que fui um péssimo filho. — Digo indo até ela segurando suas mãos. — Amo a senhora, não queria preocupar vocês, tive medo também de me culparem. — Ela puxa minhas orelhas. — Aí mãe, para dói. — Digo tentando sair. — Pai.

— Você merece mais que um puxão de orelha. Sou sua mãe, eu amo você. — Ela diz chorando, mas não larga minhas orelhas. — Jamais iria te culpar por algo que não fez, iríamos te apoiar.

— Desculpa. — Digo, tenho sair mas ela puxa mais. Irei ficar sem orelhas. O idiota do meu irmão ri da minha cara. Eu mato ele. — Solta mãe.

— Luiza vai deixar o menino sem orelha. — Meu pai diz mas ela não tá nem aí.

— Vai ficar sem os membros do corpo inteiro. — Ela diz. — Vai dar um jeito dela te perdoar, ou eu vou deserdar você.

— Tá mamãe, eu irei pedir ela em casamento. Amo ela, quero ela pra sempre. — Quando falo em casamento ela larga minha orelha.

— Vai casar com ela?

— Sim, amo ela. Agora só falta ela aceitar.

— Ah meu menino vai se casar. — Ela diz me abraçando, olho pro meu pai que sorri. — A mamãe ama você, desculpa pelas orelhas, mas você mereceu. — Ela diz beijando meu rosto.

— Eu sei, mas tenho certeza que Mariana não vai querer um homem sem orelhas. — Digo a ela que sorri.

— Quando pretende pedir ela em casamento? — Ela pergunta toda feliz.

— Hoje.

— Hoje? Hoje? — Álvaro pergunta e afirmo. — Já arrumou tudo? Anel, um buquê de flores?

— Tudo pronto, só esperando a hora certa. — Digo sorrindo.

— Estou feliz por você meu filho. Sabe que amamos vocês. — Meu pai diz e me abraça.

— Estou tão feliz, ela é uma boa moça, tenho certeza que vão ser feliz. — Minha mãe diz sorrindo.

— Eu sei.

— Mas me diz, como vai pedir ela em casamento? — Álvaro pergunta e sorrio.

— Pedi a Amanda que falasse que eu viajei a negócios, e chamasse ela pra ir jantar no restaurante.

— E aí? — Ele diz reviro os olhos.

— Aí ela vai ir ao restaurante a noite, eu estarei lá e irei pedir ela casamento.

— Meu filho é muito romântico. — Minha mãe diz toda feliz. — Espero que seja romântico como ela Álvaro quando encontrar alguém. — Ela diz a ele e sorrio. Ele revira os olhos.

— Isso não é nada romântico, farei melhor. — Ele diz e meu pai sorri. — Isso é comum, pedir alguém em casamento com um jantar.

— Pelo menos vou casar. — Digo sorrindo.

— Ela não aceitou ainda.

— Ok, estamos todos felizes. Mas agora vamos ver meus netos, nos avisa que ela aceitou. — Meu pai diz sorrindo.

Quando eles se vão eu fico sozinho, pensando que tenho sorte com meus pais e irmãos. Amo eles.

As horas passam voando, recebo uma mensagem de Amanda dizendo que Mariana está se arrumando e logo já vão pro restaurante.

Corro me pegar as coisas e vou pro restaurante. Reservei uma ala somente pra nós dois. Quero algo mais íntimo. Quero que seja perfeito.

Chego e digo que não quero ser incomodado. Fico andando de um lado pro outro, ela não chega. Será que ela desistiu? Quando pego o celular pra ligar pra Amanda, ouço sua voz. Deixo o celular e me ajoelho.

Ela entra a coisa mais linda, quando me vê seus olhos se arregalam. Ela põe a mão na boca. Mariana chora, sorrio.

— Eu sei que sou falho, sei que errei mas estou determinado a concertar tudo. Te amo, casa comigo? — Ela chora sorrindo. Amo ela, como nunca amei alguém.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora