Capítulo 24

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Mariana

Confesso que fiquei surpresa quando Eduardo me mandou mensagem convidando para sair. Eduardo tem sido muito presente em minha vida, ele é uma cara maravilhoso, e confesso que tenho medo de estar me apaixonando por ele, e ele não sentir o mesmo, logo após a sua confirmação do horário que passaria em casa corri ver uma roupa bem bonita, e nada no meu guarda roupa me agradou. Então peguei da Loja um vestido lindo.

— Você. É isso que você faz com sua beleza e esse seu jeito de ser, me tira da órbita, você tira minha concentração só com de apenas existir. —  e ouvindo isso sair de seus lábios, faz com que meu coração queira sair pela boca, minhas mãos estão tremendo, meu estômago parece que tem dragões e não borboleta, nossos pedidos chega e começamos a comer, decido quebra o silêncio que se instalou entre nós.

 
— Porque você dirige tão calmo, parece que tem medo de dirigir. — Pergunto rindo, porém Eduardo para e me olha um pouco sério.

— Se você não se importa eu gostaria de não tocar nesse assunto. — ele diz de um modo sério, e me arrependo na hora de ter lhe perguntado.

— Tudo bem. Me desculpa, eu não devia ter perguntado, sinto muito, as vezes eu falo de mais. Perdão, de coração mesmo.

— Esta tudo bem Mari. Eu é quem peço desculpas, eu não deveria falar com você desse jeito, eu só não quero falar disso. Quem saiba um dia, porém não hoje. —  pelo que estou vendo ele deve ter algum trauma, e não serei eu a pergunta mais sobre isso. Se ele quiser ele que fale, quando ele se sentir preparado.

— Está tudo bem. Mas então, como são seus pais? — decido mudar de assunto.

— Meus pais são os melhores pais do mundo. Papai é mais calmo, ele é meu herói, minha mãe já é bem agitada, não tem trava na língua, e vive cobrando a mim e a Álvaro por netos e noras.

— Então eles se completa. Ela quer que vocês de casem logo? É típico de toda mãe. — digo rindo.

  — Não sei das outras mães, mas dá minha é. Eles moram no sítio, e vem poucas vezes a cidade, eles preferem mais o silêncio.

— Álvaro é aquele  loiro que estava com você no restaurante aquele dia?

— Sim é ele. Você gostou dele? Achou ele bonito? — ele pergunta e parece uma metralhadora.

— Bom ele parece ser uma cara legal, e é impossível não notar a beleza dele Eduardo.

— Uai vamos parando por ai, ele é meu irmão, e você não pode achar ele bonito, eu sou lindo, ele é no máximo ajeitado. Mariana vamos parar por aqui viu, eu tenho ciúmes, é normal ter ciúmes dos amigos. Você pode ter ciúmes de mim também, não tem problema não viu, eu sou bem atraente, lindo, mais que meus irmão então vai ser normal alguém ficar se engraçando para mim tá. — ele diz tudo isso e a única coisa que eu sei fazer é rir, ele está tentando causar ciúmes em mim, claro que eu logicamente terei ciúme dele, ele é lindo maravilhoso, mas nesse momento eu só sei rir.

— Eduardo que horror, você está com ciúmes do seu irmão? Não se preocupe eu não quero ele, e vou ficar de olho em você, assim ninguém vai ficar se engraçando para você.

— Olha o Álvaro ele não quer namorar, ele só quer ficar sem compromisso, se me entende.

— Entrando completamente. E você tem um outro irmão não tem?

— Sim, o Augusto. Ele é casado, e a mulher dele é bem ciumenta, tem dois filhos, e não é bonitão assim como eu. Sou o único lindo dos filhos de minha mãe.

— Que legal, acho que já vi eles, se não me enganos foi na praça. Você é o mais lindo Eduardo, não de preocupe com isso, eles nem tem chance contra você.

— Sim, sou o mais lindo, legal, carinhoso, eles são só homens normais. Brincadeira meus irmão são meus companheiros de toda hora, eu sou o mais velho, aí vem o Augusto que é casado e tem dois filhos, e depois o bebê da casa, que não quer compromisso.

— Você não é normal?  O jeito que você fala do seus irmãos para mim é literalmente magnífico.

— Não, sou muito além da realidade masculina. Mas vamos mudar de assunto agora. E sua família?

— Bom como eu já havia falado, minha mãe era daqui de minas, meu pai do Rio. Eles se conheceram de apaixonaram, moraram aqui por um tempo, e depois foram para o Rio. Até que meu pai veio falecer e logo depois de um tempo minha mãe, então depois meus avós. E só ficou eu no mundo. — digo rindo, mas por dentro quero chorar.

— Bom você ficou mas não ficou só. Tem a mim, a Amanda e a sua amiga Andréia. — ele diz pegando em minha mão, de alguna forma ele tanta me conforta.

— Obrigada. E depois te tanto tempo me sentir só, veio o meu bebê, mas Deus achou que não era o momento de eu ter ele, e decidiu me deixar só de novo. — digo a ele e sem que eu note uma lágrima cai. Então foi o suficiente para eu começa a chorar. Eduardo sai de seu lugar e vem se sentar ao meu lado e me abraça. Em seus braços eu choro ainda mais, lembro dele falando da família dele, e é tão lindo o o jeito que ele fala, da para ver o amor em seu olhar quando falar de seus pais e irmãos.

— Não chora, eu estou aqui. Olha não fica assim, tenho certeza que Deus sabe o que é melhor para nós.

— Ah, e o melhor dele para mim foi tirar meu filho? Sinto muito Eduardo mas isso não é o melhor para nenhuma mãe.

— Não falei assim, Deus não te castigou, ele só fez o que era melhor, pense você não sabe o que poderia acontecer no parto, ou sei lá, mas para frente. Deus ele sabe das coisas e tenho certeza que ele vai te dar muitos filhos. — ele diz e sei que ele está certo, mas dói, e não é e nem está sendo fácil. 

— Você não de importa, mas eu quero ir embora. Eu quero ir para casa.— digo a ele que concordar e se levanta e me ajuda a levantar.

— Vem vamos eu te deixo em casa.— saímos do restaurante, e vou todo o caminho em silêncio, quando chega em frente de casa e para e me olha, desce e abre a porta para mim.

— Obrigada pelo jantar, e desculpa por te estragado tudo. — digo a ele que sorri e me abraça.

  — Está tudo bem, você não estragou nada. E me prometa que vai me ligar se precisar. Eu juro que se você não fizer isso eu vou lhe dar umas belas palmadas. — ele diz rindo e isso me faz rir.

— Eu prometo que ligarei. Obrigada por tudo. Tchau — dou um beijo em seu rosto e quando vou sair ele me chama.

  — Mari?

— Sim?

— Dorme bem, e amanhã eu estarei aqui com o café da manhã. — diz entra no carro, assim que entro e fecho a porta ouço o barulho de sei carro saindo.

Vou direto para o quarto, jogo os sapatos em qualquer lugar da casa e me deito na minha cama, e a última coisa que me lembro e de uma lágrima que cai juntamente com um sorriso, então me entrego ao sono.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora