Capítulo 40

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Mariana

Suspiro ao me despedir dele com mais um beijo, e Deus que homem que me deixa boba somente com um beijo.

— Até mais tarde. — Digo o empurrando pra fora da loja.

— Daqui a pouco eu volto, deixa as coisas arrumadas. — Diz me beijando mais uma vez e saindo.

— Já está tudo arrumado. — Digo rindo. Ele sorri e se vai.

Entro pra dentro da loja e suspiro. Estou morrendo de medo dos pais dele não gostarem de mim. Ele fala tão bem dos pais, Cecília mesmo disse que a mãe dele vai me amar.

Outro dia atrás ele me levou na casa do seu irmão Augusto, Cecília é um amor, tenho ela como minha amiga já. As crianças são um amor, eu amo tanto a união deles, acho lindo.

— Soube que vai conhecer a sogra. — Pulo de susto ao ouvir a voz de Amanda. Ela ri da minha cara. Ponho a mão no peito. — Desculpa, não queria te assustar, mas foi engraçado.

— Você quer me matar?  — Pergunto a ela que só sabe rir da minha cara.

— Não, eu só quero saber se está ansiosa pra conhecer os seus sogros, ouvi dizer que se a mãe dele não gostar ela vai falar pra ele.

— Sério? Será que ela vai gostar de mim? — Fico preocupada. Não quero que a mãe dele me odeia.

— Ela vai te amar Mari, não tem como não te amar, você é uma pessoa maravilhosa.

— Andreia disse o mesmo, mas não consigo não ficar com medo. — Minha amiga Andreia disse que ela vai me amar, tentou me animar, mas estou nervosa.

— Viu, não é só eu que acho isso. E outra, Eduardo é louco por você, a mãe dele vai apoiar ele.

— Eu espero. Iremos hoje pra lá, ele foi resolver umas coisas com um dos irmãos.

— Me conta tudo depois. Quero saber de tudo, tudo mesmo. — Ela diz empolgada.

— Tudo, tudo não. — Digo rindo. Ela revira os olhos.

— Pensa em transar na casa da sogra sua safada. — Ela diz rindo e sinto meu rosto arder.

— Quem vai transar na casa da sogra? — Eduardo aparece do nada. Fico morrendo de vergonha.

— Sua namorada chefinho. — Ela diz rindo e não sei na onde enfiar minha cara. Ele me olha e sorri, não um sorriso normal, mas sim um sorriso malicioso.

— Será interessante. — Ele diz vindo até mim, me abraça e me beija na frente de Amanda. Ouço ela bater palmas.

— Eduardo, Amanda está brincando.

— Bom, meu casal preferido, irei embora. — Ela diz saíndo, mas antes de ir ela sorrio e grita. — Dona Mariana, não seja escandalosa. — A safada sai correndo da loja. Escondo meu rosto no peito dele e o safado está rindo.

— Será interessante.

— Eduardo, não iremos fazer nada na casa da sua mãe. Deus me livre passar uma imagem errada pra ela. — Digo pra ele que sorri. — Irei pedir pra ela arrumar um quarto pra mim.

— O quê? Nem em seus sonhos, iremos dormir separados. — Ele diz bravo, sorrio do seu jeito. — Mariana, se for pra dormirmos separados não irei para casa da minha mãe.

— Então se comporte lá.

— Ok Mariana, mas duvido muito que você vá resistir a mim. — Diz sorrindo. Será uma prova de resistência, mas serei forte. — Vamos?

— Vamos. — Ele pega minhas coisas em casa e seguimos pro seu carro. Meu coração falta sair do peito em ansiedade.

O caminho todo Eduardo vai me fazendo provocações. Mas quando ele disse que estavamos chegando na casa de seus pais, meu coração acelerou mais que o carro.
Assim que ele estaciona o carro, uma senhora sai pra fora da casa, é um sítio, tudo lindo.

Desço do carro e Eduardo segura minha mão. Ele sorri apertando de leve. Sorrio olhando pra ele. Ela vem sorrindo, e logo atrás um senhor surge, deve ser o pai.

— Até que enfim, pensei que nunca mais ia ver meu filho. — Ela diz e Eduardo á abraça. Ela me olha, seria, me analisa. — E quem é essa moça? — Seu tom e ameno, ela me estuda de cima em baixo, eu estou doida pra correr e ir embora.

— Mamãe, essa é Mariana minha namorada, a dona do meu coração. — Quando ele diz dona do meu coração eu fico toda boba, olho sorrindo pra ele e mando um beijo, sem me importar com a mãe dele. — Seja legal com ela.

— Sou Luiza, mãe dele. Espero que faça meu filho feliz, tenho um poço muito fundo ali atrás da casa.

— Eu sou apaixonada no seu filho, ele é a pessoa mais importante pra mim. Eu jamais serei capaz de ferir ele. — Digo a ela que me olha seria ainda. O senhor atrás dela revira os olhos e me sorri. — E se a senhora não gostar de mim, irei respeitar sua opinião ao meu respeito, mas jamais irei deixar seu filho por que a senhora não gosta de mim.

— Agora sim gosto de você, senti verdade em suas palavras. — Ela diz e me puxa pra um abraço, olho pra Eduardo e seu pai que só sabem rir. — Bem vinda a família minha filha.

— Obrigada.

— Seja bem vinda, e não se assuste, minha linda esposa é uma fera quando se trata dos filhos. — Ele diz e me abraça. — Sou Joaquim.

— É um prazer, sou Mariana. — Digo sorrindo.

— Ok, agora deixe ela, venha querida deixe esses homens chatos, vamos conversar e quero que prove meu bolo, inventei hoje a receita. — Ela diz me puxando.

— Ela sempre diz isso sobre o bolo, a receita é mais velha que eu. — O pai de Eduardo diz a ele e os dois começam a rir.

— Não ligue pra eles, eles são chatos, venha você esta magrinha, tem que cuidar bem dela Eduardo. — Ela diz e sorrio. Acho que ela gostou de mim.

O dia passou cheio de risadas, dona Luiza é uma graça, ela contou cada coisa de Eduardo de quando era pequeno. Ele ficou todo envergonhado.

— Mamãe pare de me envergonhar. — Ele diz e ela ri da cara dele.

— Ué, mas estou dizendo verdades. — Ela diz e seu pai ri. — Estou mentindo Joaquin?

— Claro que não. — Ele diz e sorri beijando as mãos dela.

— Papai deveria me apoiar. — Acho tão lindo quando ele diz papai e mamãe.

— Apóio, mas não irei ficar contra sua mãe.

— O que Mariana vai pensar de mim. — Ele diz e sorrio. — Amor, não ligue pro que eles dizem. — Ele me chamou de amor, quero tanto beijar ele, mas seus pais estão aqui.

— Eu ainda estarei com você, mesmo sabendo que você comia meleca do nariz. — Digo rindo. Ele fica vermelho.

— Eu era uma criança.

— Muito nojenta. — A mãe dele diz. E sorrio.

— Dona Luiza seu filho é um amor, ele me trata como um rainha.

— É pra tratar mesmo, se não eu irei arrancar sua orelha. — Ela diz pra ele e sorrio. Eduardo se aproxima e me beija, um selinho, mas cheio de sentimentos. Sorrio e abraço ele. Não foi tão ruim assim, os pais dele são um amor, me sinto feliz aqui, me sinto em casa.

Trilogia Irmãos Guerra - Liberte-seOnde histórias criam vida. Descubra agora