51 - The end

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Pov's Malu

A hora do jogo só se aproximava, pulgar disse que iria me buscar para irmos juntos, ele havia comprado um ingresso para o camarote no jogo de hoje.

Mariana saiu mais cedo para fotografar algumas fotos do treino e do estádio em si.

Eu já estava pronta só esperando Erick chegar.

Depois do acontecido de ontem, preferi fingir que nada de diferente tinha acontecido, mais a verdade é que minha mente está maluca.

Meu celular apita com a notificação de uma mensagem do Erick, avisando que já havia chegado.

Tranquei o quarto e caminhei pelo corredor do hotel.

Saindo na portaria avisto a Volvo parada do outro lado da rua, como ele havia feito ontem.

Atravesso a rua calmamente em passos calculados para não cair, já que tenho certeza que ele está me encarando de dentro do carro.

Entro no banco do passageiro e me viro para o mesmo.

Ele tinha um sorriso em seus lábios e seu rosto de aproxima do meu aos poucos até conseguir depositar um selinho demorado em meus lábios.

- Buenas noches maluzita - ele passa a mão por minha bochecha.

- boa noite Erick - sorri - como está?

Respiro fundo antes de falar.

- bem, estou maravilhosamente bem - minto.

A noite passada depois que cheguei fiquei no sofá com a Mariana antes de subir para o quarto.

Cochilei mas novamente acordei no meio da madrugada com ânsia de vômito.

Aquela maldita ânsia que faz minha barriga queimar.

Um bolo de saliva é formado em minha garganta, o incômodo se fazia presente ali.

E novamente a maldita sensação de se sentir cheia se destaca em cheio minha mente.

Lágrimas grossas se formam em volta de meus olhos, abro minha boca algumas vezes até conseguir colocar tudo para fora.

Meus joelhos se cedem o fazendo cair de joelhos em cima do tapete em frente ao vaso.

Os pensamentos dos últimos acontecimentos rondavam minha mente de maneira atormentada.

Eu não aguentava mais passar por aquilo, não aguentava mais ter que me ver dessa maneira... tão fraca e frágil.

Ver o Richard daquela forma ontem mais cedo só me fez me culpar mais ainda, eu sei que eu tinha a metade da parcela de culpa.

Mas não poderia fazer nada, a culpa não era minha.

Eu tentei falar com ele, mas ele preferiu não me escutar e muito menos acreditar em mim.

Bom, agora nós dois tínhamos que lidar um com outro no trabalho, nos esbarrar no corredor, fazer as sessões de fisioterapia sem ao menos dizer um oi.

Estava tudo maravilhosamente dando errado.

- tem certeza? - o Chileno me puxa de volta do transe.

- sim, como foi sua noite? - mudei de assunto.

- excitante.

Nego com a cabeça me lembrando do acontecido no carro.

O caminho até o estadio foi confortável, escutamos algumas músicas do maluma.

Destino Reencontrado - Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora