Capítulo 26

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Luna acordou em sua escrivaninha sentindo a cabeça doer, assim como o seu pescoço. Ela não tinha notado que havia adormecido em cima do computador. Quando acordou, sentindo essa dor, ela se irritou, fechou e se levantou.

Indo ao banheiro, ela escovou os dentes e lavou o rosto. Seu corpo estava exausto, sua cabeça estava exausta e não fazia ideia de como resolveria todos os seus problemas.

Ela tomou um remédio e se deitou na cama. Era fim de semana, tinha o dia inteiro para relaxar, mesmo achando que não faria isso. Luna tinha que encontrar uma forma de se controlar, de treinar os seus poderes e não podia ficar com medo.

O medo dela mesma podia tornar tudo mais difícil, poderia tornar incontrolável. Assim como Adrian se sentia incontrolável por medo de machucar alguém, por medo da fera que tem dentro dele.

Não, Luna não seria assim. Quando alguém bateu na porta do quarto, ela se escorou nos braços e viu sua mãe abrindo a porta e metade do corpo dela apareceu.

A mulher olhou a filha, que pareceu ter ficado a noite inteira acordada. Elisa franziu o cenho, achando sua aparecia, estranha.

- Ficou acordada a noite toda? – Finalmente entrou. – Fazendo o que?

Elisabete olhou para a escrivaninha e viu um livro. Luna, notando que não havia escondido o livro da família, se levantou em um pulo, esperando que sua mão não visse o que ela escondia.

- Eu estava estudando. – Ela não sabia como tinha chegado tão rápido a mesa de madeira. Luna o fechou e colocou seu corpo na frente do móvel, para que ela não visse. – Prova. É uma prova.

Elisa, que conhecia bem a sua filha, estreitou os olhos, cruzou os braços e questionou, achando estranha a reação dela.

- Prova? – Duvidou. – Nunca vi você ficar a noite toda acordada, por causa disso. É muito inteligente e...

- Mãe – Riu de nervoso, colocando uma das mechas do seu longo cabelo, atrás da orelha. – Não vejo o porquê da senhora me olhar desse jeito. O que acha que eu estava fazendo, com um livro e meu computador?

No fundo, Luna desejava que ela não fizesse mais perguntas. Ela se concentrou muito e fingiu que não era nada demais. Elisa, repentinamente, se achou uma tola por estar desconfiando da filha.

Ela riu e disse:

- Tudo bem – Olhou em volta e comunicou. – Achei que desejaria ir conosco para Londres. – Luna pareceu despertar. – Seu pai e eu vamos para a casa dos seus tios. Ia perguntar se estava afim de ir, mas...

- Eu vou passar está, mamãe. – Concluiu. – Além de estar morta de cansada, ainda tenho muito o que revisar.

- É a primeira vez que vejo você tão desesperada para estudar. – Comentou, achando estranho. – Mas, isso é bom. Só não exagere. Sei que vai bem nas provas.

Antes de sair, ela deu um beijo no topo da sua cabeça. Dando-lhe um último conselho, para que descansasse o restante do dia.

Saber que iria passá-la o dia inteiro sozinha. A não ser pelo fato de que a governanta iria ficar de olho nela. Luna viu oportunidade para finalmente testar os seus poderes. Ela tinha que encontrar uma forma de fazer um feitiço de proteção. O qual não fazia ideia de como faria isso.

Ela esperou ansiosamente para que o carro que levaria seus pais para Londres saísse o quanto antes. Ela ficou pendurada na janela, com o cotovelo escorado e sua cabeça apoiada em cima da mão, como se esperasse algo impressionante acontecer.

Quando finalmente viu o luxuoso carro preto saindo da propriedade, ela foi tomada por uma ansiedade e empolgação. Mas ela tinha que tomar cuidado, como leu no blog, algo que tomou como verdade. Ela tinha que tomar cuidado na hora de usar o poder do caos, pois uma mente fraca era o lar perfeito para que ele a dominasse.

E ela não queria machucar ninguém, muito menos o Adrian. Sendo assim, ela olhou para o grande quarto e decidiu descer para tomar um café bem forte, achando que assim o sono iria embora.

Ela foi até a cozinha, conversou um pouco com a empregada, tomou uma grande xícara de café forte e se sentiu revigorada. Ela disse que voltaria para o quarto e que passaria o restante do dia lá, mas na verdade Luna iria escapar e voltaria àquela cabana, pois se ela tinha que usar poderes mágicos, não poderia ser em sua casa.

Ela não fazia ideia das consequências que isso ocasionaria. E não queria quebrar nada ou que alguma empregada ouvisse algo. Sendo assim, Luna volta ao quarto, pões uma roupa confortável, coloca o livro na bolsa e sair, pela janela. Ela se sentia uma tola, por fugir da própria casa, dessa forma, contudo, sair pela porta da frente ira lhe custar uma boa justificativa, já que a governanta era uma puxa saco dos seus pais.

Legacy: O filho do alfa e a feiticeira Completo Até 15/10Onde histórias criam vida. Descubra agora