capítulo 53

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Não sou como Adrian, então, ficar ao redor dos colegas de escola, fingindo que são boas pessoas do meu conviveu, não fazia o meu forte.

Posso ter me tornando uma feiticeira, com inúmeras responsabilidades e segredos, que só um adulto poderia ter, mas ainda sou aLuna, que odeia festas como essa, e pessoas que não se importam, realmente com você.

Já Adrian, acredito que ele saiba disfarçar e fingir, muito bem. Até me impressiono com a sua atuação, bem realista. No fundo, eu sei que é apenas um teatro para reforçar o quanto os Bolton fazem parte da alta sociedade dessa cidade.

North Walend pode ser uma cidade do interior, contudo, as pessoas que estão presas aqui, se esforçaram para trazer um pouco de conforto e status.

Não sei quantos deles fazem parte da alcateia, e quais são apenas ricaços, mas no momento, eu nem me importo em descobrir.

Observo a conversa que meu namorado está tendo com o grupo de amigos, como ele é inteligente e sabe articular as coisas. acho que puxou isso da mãe. Melissa é uma mulher muito inteligente, bonita e tem uma simpatia de invejar.

Já o pai.... Olho para o lado e o vejo, encarando-me. Óbvio, não era o verdadeiro Nathan. O homem estava preso em seu próprio interior. Devo confessar que ela é bem articulada, mas nada que eu não possa resolver com um estalar de dedos.

Ainda encarando Nathan, saí pela porta adjacente e me dirigi ao lado de fora. Desci os degraus da casa, sentindo cada passo ecoar na madeira, e segui pelo caminho de pedregulhos que levava ao enorme estacionamento em frente à mansão. Lá dentro, as pessoas estavam envoltas na música e nas conversas, alheias ao meu plano. Sabia que Nathan me seguiria, pois acreditava que a bruxa estava controlando sua mente. Um calafrio percorreu minha espinha quando percebi a presença dele se aproximando disfarçadamente, para que ninguém notasse.

Parei, já distante o suficiente das outras pessoas, e o esperei. A hora mais aguardada havia chegado. Virei-me e encontrei seus olhos, que estavam sombrios, mas de uma forma diferente, quase mortos. Nathan me encarava fixamente, como um zumbi. Dei alguns passos, ficando frente a frente com ele, e estalei os dedos perto do seu ouvido, canalizando toda minha mágoa. Nesse momento, Nathan finalmente despertou.

A aura negra, aquela nuvem densa que parecia prender sua mente, dissipou-se. Ele piscou, confuso, olhando ao redor antes de focar em mim novamente. Lembrava-se do comando da bruxa, do sentimento que ela implantou nele, mas também da sua própria vontade. Mesmo liberto, sua expressão mostrava um misto de alívio e desconfiança. Sabia que ele não gostava de mim, mas naquele momento, parecia mais irritado com James do que comigo.

Eu havia o libertado, mas a dúvida em seus olhos sugeria que temia ser manipulado novamente, por outra bruxa. Sorri e disse:

— Bem melhor assim, não é? — eu gostava de pensar que era bem humorada. Entretanto, o senhor Bolton não tinha tal atrativo.

— O que...? — O homem ainda parecia confuso e perdido, em si mesmo. — Bruxa!

— É interessante ver que você não fala o meu nome, como se eu não fosse uma pessoa comum, e sim me denomina por esse adjetivo, que me demoniza. — Dei passos para trás, olhando em volta. — Nem me agradece.

— Agradecer? — seus olhos esbugalhados estavam carregados de ódio. — Por entrar na minha vida, na vida do meu filho e causando tanta destruição?

— Ah, não exagere. — revirei os olhos. — Acabo de fazer um favor e é assim que me retribui? — Nathan não me deu resposta alguma, então, decide falar o que estou pensando. — Vamos ao que interessa.

— Vou dar a você, meia hora, para sair da minha frente ou...

— Ou você vai me matar, me colocar em uma fogueira de fogo. Eu sei. Vamos pular essa parte. — dei alguns polímeros, tentam dissipar, a minha ansiedade. — essa bruxa... Está atrás de mim há um bom tempo. Não sou feia você que ela prejudicou. Ela sacrificou a Kate para que as pessoas achasse que fosse eu. Ela manipulou o Adrian para me matar, mas fui mais forte, e consegui libertá-lo, assim como acabei de fazer com você. Ela está arrumando um grande teatro, para roubar os meus poderes, que por incrível que pareça, não é demoníaco como o dela e o das outras.

— Garota... — Não posso culpar Nathan por estar tão chateado e sem paciência.

— Senhor Bolton, não estou aqui jogando. Eu poderia o deixar preso em sua mente e acabar com vocês dois, entretanto, não sou como imagina, e nem como ela me pintou, então... Vamos pular a parte que o senhor odeia o meu sangue e o que sou, e nos concentrar em destruir essa mulher. Assim que ela estivesse longe daqui, podemos passar por todos o drama. — deu para sentir as veias do seu corpo, se contraindo, de tanta raiva. — Por Adrian, que está ligado a mim — Ele arregalou os olhos. — Por todas as pessoas inocentes, da sua alcateia, que está em perigo, pois sei bem que essa bruxa fará com que eles sofram. — Eu espero convencer esse homem logo, pois argumentar não é o meu forte. Por isso minha mãe diz que pareço com meu pai, pois geralmente, deixo a raiva me guiar. — Eu posso, até, morrer, nesse processo, então, seria se livrar de nós duas ao mesmo tempo. Então, vamos logo.

— Para onde? — Exclamou, irritado.

— Para o meu sacrifício. — Expliquei. — É isso que ela quer. Usou você para me capturar e levar até ela. Mas, agora que está livre, pode me ajudar a armar uma armadilha.

— E como pensa que fará isso?

— Você me leva, como o planejado, mas Jane não sabe que está livre do encanto. Assim que me colocar na pedra do sacrifício, vou a perder comigo.

Ouço ele respirar fundo e revirar os olhos.

— E como pretende fazer isso, garota?

Bem, isso está na minha cabeça, mas eu ainda não havia executado. Olho para os lados e para o chão, e encontro pedras redondas e polidas, pego cinco delas e uso magia para criar um feitiço de aprisionamento, assim como vi na minha visão.

Ainda é bizarro acreditar que eu não preciso nem falar uma palavra, para que aquilo, realmente, acontecesse.

— Vai colocar cada uma dessas pedras, em volta do círculo. — o entreguei. — ela pode me prender, mas, também, faria o mesmo com ela. Enquanto tivermos lá dentro, dou um jeito de me livrar da bruxa.

— Você disse que pode morrer. — Pegou as pedras e as encarou. — Não deveria fugir da mulher?

— Não tem como fugir. Ela quer meu poder e vai tentar conseguir. E mesmo o senhor duvidando, não quero que as pessoas desse lugar se prejudiquem por minha causa. Sei que essa mulher deixa rastros devastadores Por onde passa. Não posso sair daqui e deixar o Adrian. Além do mais, a minha missão é libertar a sua alcateia. E pelo pouco que eu sei da magia, algo que está escrito não pode ser desfeito. Então, acredito que nós dois vamos sair dessa.

Legacy: O filho do alfa e a feiticeira Completo Até 15/10Onde histórias criam vida. Descubra agora