capítulo 56

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Luna olhou em volta e viu tudo o que estava acontecendo com as pessoas que ela amava. Sua mãe, por algum acaso, tinha acordado e despertado algum poder que estava reprimido, as ancestrais, lutavam contra bestas das sombras, assim como Adrian, que havia se transformando por completo.

Quando focou em Jane, Luna estava tão furiosa que sua raiva a cegava.

— Não tem para onde correr. — disse a mulher, como se tivesse vencido a batalha. — Com o caos sob o meu domínio, não há nada que eu não possa fazer.

Luna sorriu de um jeito que deixou a bruxa confusa. Jane franziu o cenho e se aproximou da garota, que ainda estava sentada na pedra. Luna não estava totalmente consciente naquele momento. Sua raiva estava secando, permitindo que tudo florescesse em seu corpo. As ancestrais do lado de fora estavam conseguindo quebrar a barreira criada pela bruxa, o que chamou a atenção de Jane, que se virou para testemunhar o fato. Parecia que eram tesouros sendo quebrados um por um, dando à Luna uma sensação de liberdade a cada segundo que passava.

Ela fechou os olhos e respirou fundo, sentindo o caos fluir por suas entranhas. De repente, seu corpo começou a levitar. Quando abriu os olhos, viu apenas Jane, que estava ainda mais assustada. Como último recurso, Jane tentou roubar o resto de poder que Luna ainda possuía. Mas o que ela não sabia era que parecia não haver fim para o poder que a garota detinha dentro de si.

Usando a pedra, Jane puxou o caos, e Luna permitiu. Contudo, a quantidade de caos foi duas vezes maior. Dessa vez, Luna resolveu jogar tudo sobre Jane. Voando, ela agarrou Jane pelo pescoço e se concentrou, dando a ela todo o caos que desejava. Entre os dentes, Luna disse:

— Você quer meu poder? Então, tome.

A mulher, sentiu como se seu corpo inteiro estivesse queimando. Jane se sentir sufocada e pegando fogo, para se salvar, tentou se soltar, mas Luna não deixou.

— Pare! — Pediu, ficando com o rosto avermelhado. Do lado de fora, as bestas pareciam se acalmar. Acreditavam que aqueles não eram seus inimigos. Tudo isso graças a Luna, e havia retomado o controle do caos. — É demais.

— Você disse que queria isso. — Respondeu. A energia avermelhada que saía das suas mãos entrava pelos poros da pele da bruxa fazendo com que ela se debatesse. Naquele momento, a garota não havia percebido O que estava fazendo. Toda sua intenção era amparar Jane, não a reduzir a pó. Quando a barreira foi derrubada, finalmente, e tudo neutralizado, quem estava do lado de fora conseguia entrar no círculo. — Acha que é fácil, ter tanto poder?

— Me solte! — pediu, ainda mais sufocada. A pele da mulher, começou a descascar, envelhecer. Seus cabelos se tornaram grisalhos e fracos. — Estou presa a tanto tempo.

— Quem é você? — Pergunta, ainda confusa.

Adrian, fica encarando aquela cena, assim como todos os outros. A magia, antes invisível, tomava forma e assustava todos os presentes. Quando a mãe de Luna viu do que ela era capaz, assim como as outras, tipo ficou assustada arrependidamente.

— Era isso que estávamos temendo. — Falou a avó, sentindo a energia fora de controle. — O caos não pode contar a mente dela. Ou vai se tornar uma refém.

— O que vamos fazer? — Os olhos de Elisabete se encheram de lágrimas.

Adrian, por outro lado, vai que aquela não era a Luna. Ele voltou a sua forma humana, e andou em direção as duas, que levitavam.

— Adrian, se afaste! — Nathan ficou surpreso com o que estava testemunhando. A garota era mais poderosa do que ele imaginava. Bem mais do que as outras. — Não se aproxime.

— Tenho que trazê-la de volta. — Exclamou. — LUNA — Berrou. A sua voz entrou pelos ouvidos dela, causando um verdadeiro alvoroço dentro de si. Aquele Bom dia estava confundindo o seu cérebro, Sua percepção de realidade. Só havia caos. Dentro de si, parecia que a Luna estava presa em um deserto de areia vermelha, que a engolia. — LUNA! Para! Já é o bastante.

As palavras recuaram por sua mente fazendo com que a Luna dentro dela, conseguir se segurar e puxar para mais perto da realidade.

Piscando duas vezes, Luna havia tomado consciência dos seus atos, e soltou a mulher, voltando ao chão.

Ela se achou estranha em seu próprio corpo. Ainda pensava em dissolver a bruxa em sua significância, entretanto esse não era o sentimento da verdadeira pessoa, dona daquele corpo.

As cores que representavam o poder magnânimo do caos, se acalmaram, voltando ao normal.

Ela olhou diretamente para, Adrian, depois, para suas mãos.

— O que eu estava fazendo?

Franziu o cenho. A única resposta dele foi um abraço forte, enquanto a sua avó e as demais, rodearam a bruxa, fraca e velha, no canto do círculo.

Continua....

Legacy: O filho do alfa e a feiticeira Completo Até 15/10Onde histórias criam vida. Descubra agora