Revelações e provocações

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Klaus observava Alana com um misto de curiosidade e desconfiança. Ele já ouvira a lenda de Alana Evans, a criatura primordial que era uma combinação de todas as espécies sobrenaturais. Uma lenda tão antiga que muitos a consideravam apenas isso: uma história para assustar crianças sobrenaturais.

Mas agora, ali diante dele, estava a mulher que reivindicava esse nome e poder.

"Alana Evans," repetiu Klaus, o nome saindo de seus lábios como uma pergunta.

- Você realmente espera que eu acredite que você é a criatura das lendas? A primeira de todas?

Alana inclinou-se para frente, seus olhos brilhando com um poder ancestral.

- Você pode escolher acreditar no que quiser, Klaus. Mas saiba que estou aqui, diante de você, e isso é prova suficiente de que algumas lendas têm fundamento.

Klaus estudou-a por um longo momento, sentindo a verdade nas palavras dela. A energia que emanava de Alana era palpável, e ele não podia negar a atração e o perigo que sentia ao seu redor.

- Se o que você diz é verdade, então deve ter uma razão para estar aqui. Por que se revelar agora?

Alana sorriu enigmaticamente.

- Digamos que tenho interesse em manter o equilíbrio neste mundo. Sua busca incessante pela pedra da lua ameaça esse equilíbrio. Estou aqui para assegurar que ela não caia nas mãos erradas.

Klaus riu suavemente, mas havia uma dureza em seus olhos.

- Você acha que pode me impedir? Eu não sou facilmente dissuadido, Alana.

Ela inclinou a cabeça levemente, seus olhos nunca deixando os dele.

- Eu não estou aqui para dissuadir você, Klaus. Estou aqui para garantir que você entenda o que está em jogo.

Havia um silêncio tenso entre eles, quebrado apenas pelo som distante da música e das conversas no Mystic Grill.
Klaus finalmente quebrou o silêncio, sua voz baixa e ameaçadora.

- Prove. Mostre-me o que você realmente é.

Alana sorriu, uma expressão de desafio em seu rosto.

- Como desejar. - ela fechou os olhos por um momento, concentrando-se.

Quando os abriu novamente, seus olhos tinham mudado, refletindo diferentes cores e características de várias espécies sobrenaturais. Suas presas apareceram, suas unhas se alongaram como garras, e sua pele brilhou com a luz etérea das fadas. Ao mesmo tempo, a energia poderosa de um lobisomem começou a emanar dela, e a aura hipnotizante de uma sereia cintilou ao seu redor.

Klaus assistia, impressionado contra sua vontade. Ele nunca havia visto uma demonstração de poder tão diversificada e intensa. Alana era uma força da natureza, uma verdadeira amalgama de todas as criaturas sobrenaturais.

- Agora você entende? - perguntou Alana, sua voz carregada com a reverberação de múltiplas entidades.
- Eu sou o início e o fim. E eu não permitirei que a pedra da lua caia nas mãos erradas.

Klaus sorriu lentamente, sua expressão uma mistura de admiração e desafio.

- Você é realmente impressionante, Alana. Mas não pense que isso me fará recuar. Na verdade, você só tornou isso mais interessante.

Alana levantou-se, sua aparência voltando ao normal, mas a aura de poder ainda evidente.

- Que assim seja, Klaus. Considere-se avisado. Continue sua busca pela pedra da lua, e eu serei um obstáculo que você jamais conseguirá superar.

Ela virou-se e começou a sair, mas não antes de lançar um último olhar por cima do ombro.

- E lembre-se, Klaus, eu não sou uma lenda. Eu sou a realidade com a qual você terá que lidar.

Enquanto Alana deixava o Mystic Grill, Klaus ficou sentado por um momento, processando o que havia acabado de testemunhar. A noite em Mystic Falls tinha se tornado ainda mais intrigante, e ele sabia que o jogo estava apenas começando.

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora