𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 - Klaus Mikaelson

O monstro salva a princesa

Alana acordou cedo naquela manhã, o sol de Nova Orleans mal tinha surgido no horizonte, mas ela já estava de pé. Havia uma sensação incômoda em seu peito, algo que ela não conseguia identificar claramente, mas que a guiava diretamente para a casa dos Mikaelson. Era quase automático para ela se dirigir até lá; talvez fosse o hábito, ou algo mais profundo, uma conexão que ela fingia não existir.

Quando Alana entrava no jardim mansão, ouviu vozes vindas da entrada. Klaus e Lucien estavam discutindo acaloradamente sobre algo. Ela se aproximou, silenciosa, ouvindo o suficiente para entender o que estava acontecendo.

Klaus estava visivelmente preocupado, o que era raro de se ver. Lucien, por outro lado, estava mais calmo, embora também demonstrasse um certo grau de frustração. Alana ficou na entrada, observando-os até que Klaus notou sua presença.

- Alana. - Klaus começou, surpreso, mas aliviado ao vê-la.

- Klaus. Quer me falar o por quê de estár tão zangado?

- Aurora sequestrou Camille. - falou ele esperando que ela não sentisse ciúmes.

A expressão de Alana se tornou séria. Camille era uma amiga e, embora Alana não tivesse tanto apego por ela, sabia o quanto Klaus se importava. Camille era mais que uma terapeuta; ela era uma das poucas pessoas que conseguiam ver o lado humano em Klaus.

- Sequestrou Camille? - Alana repetiu, tentando processar o que havia acontecido.

Lucien, com sua usual indiferença, deu de ombros.

- Aurora deu a primeira pista para onde a encontrarmos. É um jogo dela. Íamos agora procurá-la.

- Então eu vou com vocês! - disse Alana animada por finalmente ter haver um pouco de drama na sua vida.

- Por que você se importa, Alana? - Klaus perguntou enquanto os três saíam da mansão.

Alana deu de ombros, um sorriso enigmático nos lábios.

- Talvez eu apenas queira passar um tempo com meu velho amigo Lucien. - respondeu, dando um tapinha leve no ombro de Lucien. - Ou talvez eu só queira garantir que você não faça algo estúpido enquanto tenta salvar a terapeuta. - ela fala se virando para Klaus.

Klaus estreitou os olhos, desconfiado. Havia algo nas palavras dela que ele não conseguia decifrar, mas não tinha tempo para investigar. A vida de Camille estava em perigo, e ele precisava agir rapidamente. Ao longo do caminho Lucien não parava de se queixar e Klaus já estava ficando irritado.

- Sinceramente, não sei por que estamos perdendo tempo com isso. Talvez seja melhor deixar Cami morrer. Ela já teve sorte de sobreviver por tanto tempo ao lado de vocês. - disse Lucien frustado.

A questão de Lucien fez Alana girar os olhos e, antes que Klaus pudesse reagir, ela se aproximou de Lucien com um movimento rápido. Com um toque leve, mas decidido, ela quebrou o pescoço dele, deixando-o cair no chão como uma marionete sem fios.

- Acho que acabamos de ganhar um pouco de silêncio. - ela disse com um tom irônico, olhando para Klaus.
- Agora, vamos encontrar Camille.

Klaus franziu a testa, lutando contra uma mistura de irritação e admiração. Ele estava preocupado com Camille, mas não podia negar que Alana, mesmo sem humanidade, mantinha um controle impressionante sobre suas ações. Ela sabia exatamente o que queria e como conseguir.

Juntos, eles seguiram as pistas deixadas por Aurora, cada uma mais enigmática e perturbadora que a anterior. O caminho os levou por becos sombrios e locais abandonados, um verdadeiro jogo de gato e rato que só aumentava a frustração de Klaus.