Conspiração

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O clima na mansão Mikaelson estava cada vez mais tenso. Após dias de pesadelos e pressentimentos, Alana finalmente tomou uma decisão: se quisessem realmente proteger Malia, precisariam de uma arma poderosa, e havia uma pessoa que seria a chave para forjá-la.

- Acho que não vão gostar da ideia, mas e se pedirmos ao Mikael para nos ajudar. Para criar a arma é necessário pó de viking e sangue da pessoa que despedaçou o coração da Dahlia, precisamos de Mikael e da Freya.

Freya, ao ouvir o nome de seu pai, ficou em choque. O último encontro que tivera com Mikael havia sido á mais de mil anos, mas, dada a gravidade da situação, ela sabia que não havia outra escolha.

- Precisamos de algo que realmente possa fazer frente a Dahlia. - Alana disse, sua voz firme. - Ela é imortal e extremamente poderosa, então temos que ser ainda mais estratégicos.

Freya, ainda surpresa com a menção de Mikael, olhou para Alana com uma mistura de apreensão e determinação.

- Você acha que ele nos ajudaria? Depois de tudo que aconteceu?

Alana encontrou o olhar de Freya.

- Se ele souber que você está em perigo e que Dahlia está prestes a destruir a única chance de ter a família que ele sempre quis, ele vai ajudar.

Klaus, que estava ouvindo a conversa à distância, se aproximou, a expressão dura.

- E se ele se virar contra nós? Mikael sempre foi um inimigo, não um aliado.

- Precisamos arriscar, Klaus. - Alana respondeu. - Por Malia, por Freya... por todos nós.

[...]

A jornada para encontrar Mikael não foi longa. Ele estava em um dos muitos esconderijos que usava para se manter afastado da família, mas ao mesmo tempo perto o suficiente para intervir, caso fosse necessário. Quando Klaus, Alana e Freya chegaram, Mikael estava à espreita, esperando. Ele sentiu sua presença antes mesmo que eles entrassem.

Os olhos de Mikael se estreitaram quando Freya entrou em seu campo de visão. O silêncio que se seguiu era carregado de tensão, onde pai e filha se estudaram cuidadosamente, como se tentassem encontrar traços perdidos nas profundezas um do outro, tentando reconhecer as semelhanças que os ligavam.

- Quem é você? - Mikael perguntou com desprezo, embora seus olhos traíssem uma leve curiosidade.

- Alguém que já amou muito, meu pai. - Freya respondeu com um pequeno sorriso, tentando penetrar a armadura emocional dele.

Mikael, com um olhar desconfiado, estreitou ainda mais os olhos.

- Não tenho tempo para os seus enigmas, bruxa.

- Não me reconhece? - Freya perguntou, sua voz firme, mas com uma ponta de dor. - Não consegue ver a filha que pensava ter perdido há muito tempo?

Mikael recuou um passo, sua expressão agora mais rígida, mas marcada por uma sombra de dúvida.

- Você está mentindo. Isso não pode ser verdade.

Freya respirou fundo, lembrando-se de algo que apenas ela e Mikael poderiam saber.

- Você chamou sua espada de Rawthul, em honra ao sol matinal. O punho era dourado, como o brilho do meu cabelo. - ela fez uma pausa, seus olhos fixos nos dele. - Disse que isso o faria lembrar de mim enquanto estivesse em batalha.

Mikael hesitou, as palavras de Freya perfurando as barreiras de sua mente.

- Como isso é possível? - sua voz soava incrédula, mas com uma esperança quase imperceptível.

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora