O dia da Humanidade

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O sol mal havia nascido quando Alana acordou ao lado de Klaus. Ela sentiu uma estranha sensação de vulnerabilidade que raramente experimentava. Sentando-se na cama, ela olhou para Klaus com um misto de preocupação e resolução.

– Klaus, preciso te contar algo. - começou Alana, sua voz suave mas firme.

Klaus a observou atentamente, percebendo a seriedade em seu tom.

– O que foi, Alana?

– De vez em quando, recebo um sinal que me avisa que terei um dia como humana. Perco todos os meus poderes, mas, em troca, minha inteligência e capacidade de escapar de situações difíceis se intensificam.

Klaus franziu a testa, claramente preocupado.

– E isso acontece hoje?

Alana assentiu.

– Sim. Hoje não é o melhor dia para isso, mas tenho que enfrentar.

Klaus segurou suas mãos, seus olhos cheios de determinação.

– Não se preocupe. Não vou deixar nada acontecer com você.

Infelizmente, seus planos foram interrompidos quando Marcel descobriu a vulnerabilidade temporária de Alana. Aproveitando a oportunidade, Marcel organizou um sequestro, enviando seus homens para capturá-la. Alana foi levada de surpresa, sem tempo para avisar Klaus.

Quando Klaus descobriu que Alana havia sido raptada, sua raiva foi palpável. Ele estava pronto para lançar um ataque devastador contra Marcel, mas Alana, com sua inteligência aguçada, conseguiu enviar uma mensagem a Klaus antes de ser totalmente capturada.

"Não faça nada precipitado. Lembre-se, depois de 24 horas, estarei de volta ao normal. Confie em mim."

Klaus, embora relutante, decidiu seguir o conselho de Alana. Ele sabia que ela era resiliente e capaz de enfrentar situações difíceis. Mas a preocupação e a raiva não o deixavam descansar. Ele passou o dia inteiro planejando e esperando o momento certo para agir.

Enquanto isso, Alana, em sua forma humana, utilizou sua inteligência e habilidades de sobrevivência para suportar o cativeiro. Marcel, sem saber da limitação de tempo, tentou tirar vantagem da situação, mas subestimou a determinação de Alana.

Enquanto estava presa, Alana fechou os olhos por um momento, tentando encontrar uma centelha de calma em meio ao caos. Logo, foi transportada para um lugar distante, um lugar de sua memória onde tudo começou.

Era como um sonho, mas ela sabia que era uma lembrança real. Ela viu uma mãe sentada à beira de uma cama, uma luz suave iluminando a sala. Nas mãos da mãe, um bebê olhava para ela com olhos grandes e curiosos. A mãe sorriu e começou a contar uma história, uma história que Alana conhecia muito bem.

– Era uma vez, há muitos e muitos anos, na antiga e mágica dimensão, existia um reino conhecido como o Reino Dourado. - começou a mãe, sua voz doce e melodiosa. – Este reino era governado por uma criatura especial, a primeira de todas as fadas, Alana Evans.

O bebê sorriu, encantado pela história, enquanto Alana se via observando a cena como uma espectadora invisível.

– A dimensão mágica foi criada pelo Grande Dragão. - continuou a mãe.
– Este dragão, poderoso e sábio, desejava um guardião para proteger a paz e a harmonia de seu mundo. E assim, ele criou Alana. Ela não era apenas uma fada, mas a primeira de todas as criaturas, possuindo milhões de anos.

A visão mudou, mostrando Alana em seu esplendor, governando o seu reino com graça e poder. Seu dragão, majestoso e imponente, voava sobre o reino, protegendo-o de qualquer ameaça.

– A Rainha Alana era amada e temida por todos. - disse a mãe, seu tom cheio de admiração. – Ela era justa e gentil, mas também forte e implacável quando necessário. Com o Grande Dragão ao seu lado, ela manteve a paz e a prosperidade por incontáveis eras.

A lembrança continuou, mostrando Alana em diversas situações, protegendo seu reino, cuidando de seu povo e mantendo o equilíbrio entre as diferentes espécies. Ela era uma líder nata, guiada pela sabedoria do seu dragão e pelo amor de seu povo.

– Mas, como em todas as histórias, havia desafios e perigos. - continuou a mãe. – Ser a primeira de sua espécie e a rainha de um reino tão poderoso atraiu a atenção de muitos inimigos. Mas Alana, com sua coragem, sempre encontrou uma maneira de proteger seu reino e seus entes queridos.

A visão se desvanecia lentamente, enquanto a mãe colocava o bebê para dormir, terminando a história com um sussurro suave.

– E assim, minha querida, saiba que sempre há esperança e força dentro de você, assim como havia em Alana, a Rainha da Fadas. Durma bem e sonhe com reinos mágicos.

Alana abriu os olhos, voltando ao presente. A lembrança de sua história lhe deu uma nova força. Ela se lembrou de quem era e do poder que possuía. Embora estivesse temporariamente sem seus poderes, ela ainda era Alana Evans, a primeira criatura da dimensão mágica.

Com uma determinação renovada, ela começou a planejar sua fuga. E quando amanheceu, sentiu seus poderes voltarem com toda a força. Alana derrotou os vampiros do Marcel e  escapou de seu cativeiro, determinada a enfrentá-lo.

[...]

Quando Klaus a viu, sentiu um alívio misturado com um desejo ardente de vingança. Mas antes que pudesse agir, Alana o segurou.

– Klaus, eu sei que está furioso. E eu também estou. Mas precisamos ser inteligentes sobre isso. A vingança deve ser calculada, não impulsiva.

Klaus olhou para Alana, seus olhos ainda ardendo de raiva.

– O que você sugere, então?

– Vamos mostrar a Marcel o erro que ele cometeu. Vamos fazer com que ele entenda que, mesmo em nossa forma mais vulnerável, ainda somos uma força a ser temida. E faremos isso de uma maneira que ele nunca esquecerá.

Klaus assentiu, a raiva ainda fervendo, mas agora direcionada de forma mais estratégica.

– Muito bem. Vamos fazer isso do nosso jeito.

E assim, Alana e Klaus começaram a planejar sua próxima jogada. Sabiam que a batalha por New Orleães estava apenas começando, e que precisariam de toda sua astúcia e poder para vencer Marcel e reconquistar a cidade. A aliança deles estava mais forte do que nunca, e juntos, estavam prontos para enfrentar qualquer desafio que viesse em seu caminho.

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora