Almoço entre inimigos

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Alana estava com o olhar perdido, contemplando as ruas movimentadas de New Orleans enquanto caminhava. Sua mente estava inquieta, inundada por pensamentos dispersos sobre a reunião iminente e os planos que os Mikaelsons teriam que arquitetar para enfrentar a profecia. Embora estivesse com sua humanidade desligada, um traço de sua antiga preocupação ainda pairava sobre ela. Alana sabia que, mesmo sem sentir o peso emocional das situações, ainda era uma estrategista. Havia muito em jogo, principalmente para Malia e Katherine, as únicas por quem ainda se importava.

A cidade estava em plena agitação, com eventos culturais e festivais acontecendo por todos os lados. Foi quando ela avistou a exposição de arte ao ar livre. As obras, dispostas ao longo da rua, eram de uma beleza impressionante, mas o que chamou a atenção de Alana foi um pequeno palco montado no meio da praça. Uma jovem mulher estava cantando uma música suave enquanto um pequeno grupo de pessoas aplaudia educadamente. Assim que a jovem terminou sua apresentação, o senhor que estava organizando o evento subiu ao palco e, ao avistar Alana, seus olhos se arregalaram.

- Uma mulher tão bela como você certamente deve ter uma voz encantadora. Não gostaria de nos agraciar com uma canção? - ele pediu, seus olhos brilhando com esperança.

Alana não tinha planos de cantar, mas, por algum motivo, sentiu-se inclinada a aceitar. Talvez fosse o desejo de mostrar que ainda estava no controle de tudo, ou talvez fosse apenas uma forma de passar o tempo até o almoço. Ela deu um leve sorriso e acenou com a cabeça, subindo ao palco com a graça e elegância que lhe eram naturais.

O senhor entregou-lhe o microfone, e Alana, pensou bastante em que música escolher, mas finalmente começou a cantar "Salvatore" de Lana Del Rey. A
sua música preferida que a fazia lembrar os seus melhores amigos em Mystic Falls. A sua voz preencheu o ar, aveludada e hipnotizante, envolta em uma aura quase sobrenatural. Ela cantava com uma serenidade que contrastava com a letra melancólica da música, criando um efeito encantador que capturou a atenção de todos os presentes. Sua voz parecia ressoar nas profundezas da alma de cada um que ouvia, como se estivesse tocando algo muito além da simples melodia.

A cada nota, mais pessoas paravam para ouvi-la. O sussurro da canção, cheio de saudade e resignação, parecia envolver a todos em um véu de encanto. Não demorou muito para que toda a praça estivesse imersa na performance de Alana.

Por acaso, Klaus e Aurora também estavam ali, observando a cena. Klaus estava no meio de colocar um belo colar no pescoço de Aurora, um gesto íntimo que indicava a proximidade entre os dois. Mas a voz de Alana o fez parar, e ambos se voltaram para o palco, os olhos fixos na mulher cantando.

Klaus sabia que Alana tinha uma bela voz, mas isso... Isso era diferente. Era como se ela tivesse se transformado em algo mais, algo etéreo, quase divino, exatamente como um anjo. Aurora, por outro lado, estava dividida entre a admiração e o ciúme. A beleza de Alana e sua voz angelical estavam atraindo todos os olhares, e Aurora não pôde evitar sentir uma pontada de insegurança.

Quando a canção terminou, houve uma explosão de aplausos. Alana agradeceu com um sorriso modesto, como se estivesse levemente surpresa pela recepção calorosa. Ela desceu do palco e caminhou em direção a Klaus e Aurora, uma intenção deliberada em cada passo.

- Klaus, Aurora. - ela cumprimentou com um leve aceno de cabeça, seu tom suave, mas carregado de uma presença imponente.

- Alana. - Klaus respondeu, ainda ligeiramente atordoado com a performance. Ele sabia que não deveria se sentir tão afetado, mas algo na voz de Alana havia mexido com ele.

Aurora, sempre perspicaz, percebeu a atenção que Klaus estava dando a Alana e decidiu interferir.

- Aquela foi uma bela canção, Alana. - Aurora disse com um sorriso doce, mas havia uma ponta de veneno em sua voz.
- Você realmente tem um talento para capturar a atenção das pessoas.

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora