O laço inquebrável

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O caos havia tomado conta de New Orleans. As ruas, outrora vibrantes e repletas de vida, agora estavam imersas em uma guerra selvagem entre vampiros, lobisomens e bruxas. O som de gritos e metal se chocando reverberava pelas esquinas, misturado ao eco dos feitiços e ao rugido das criaturas sobrenaturais. Era uma batalha como a cidade nunca tinha visto, onde cada facção lutava não apenas pela sobrevivência, mas pelo domínio absoluto.

Antes dele sair de casa tiveram uma conversa sobre como ela, uma criatura que carregava em si o sangue de todas as espécies, poderia escolher um lado? Lobisomens, bruxas e vampiros corriam em suas veias, e ela sabia que qualquer decisão tomada poderia prejudicar uma parte dela mesma.

- Às vezes é difícil, Nik, conciliar todas as minhas naturezas em momentos como este. - ela confessou, segurando suavemente a mão dele antes que ele saísse. - Eu não posso escolher um lado, porque sou todos.

Klaus olhou para ela, seus olhos azuis penetrantes suavizando enquanto ele acariciava o rosto dela.

- Eu sei, minha querida. É por isso que é melhor você ficar aqui, longe de tudo isso. Deixe-me lidar com isso. Eu protegerei você e nossa filha, a qualquer custo.

Com um último beijo na testa dela, Klaus partiu, deixando Alana em um misto de ansiedade e impotência. Ela não era alguém que gostava de ficar de fora, especialmente quando as pessoas que ela amava estavam em perigo.

Alana estava na mansão dos Mikaelson, tentando manter a calma, mas o coração dela estava acelerado, a cada segundo que passava. Ela sabia que Klaus estava lá fora, no meio da confusão, lutando para proteger a cidade e sua família. Ele era destemido, implacável, mas também era seu companheiro, o homem que ela amava e o pai da filha que carregava no ventre. O medo de perdê-lo era esmagador.

Alana sabia porque é que Klaus tinha pedido para ela ficar em casa, longe da batalha. Ele sabia que, apesar de todo o poder e habilidades dela, havia um risco muito grande. Com a filha deles crescendo em seu ventre, ele não poderia suportar a ideia de algo acontecer com elas. Alana compreendia a preocupação dele, mas também se sentia dividida.

Conforme as horas se passavam e o barulho da batalha aumentava, Alana não conseguia mais ficar parada. Algo dentro dela a impulsionava a ir até as ruas, a ver o que estava acontecendo. Ela decidiu que precisava sair, precisava saber o que estava acontecendo com Klaus. Ignorando as instruções dele, ela foi até a porta, determinada a encontrar o seu amor.

Quando Alana finalmente chegou ao campo de batalha, a visão que teve a congelou no lugar. Ela viu Klaus no exato momento em que Marcel, com um olhar frio e determinado, enfiou uma adaga no peito dele. A adaga estava banhada em veneno de lobisomem, capaz de colocar qualquer vampiro, até mesmo um Original, em um estado de sono semelhante à morte. O corpo de Klaus caiu pesadamente no chão, e por um breve segundo, o tempo pareceu parar para Alana.

Ela ficou paralisada, sem conseguir acreditar no que estava vendo. Era como se o mundo ao seu redor desmoronasse, e tudo o que ela conseguia ouvir era o eco do som da adaga perfurando o corpo de Klaus. Sem pensar, ela correu até ele, suas mãos tremendo ao tocá-lo, como se a qualquer momento ele pudesse desaparecer.

- Marcel, o que você fez? - a voz dela saiu rouca, entre lágrimas e raiva. Seus olhos brilhavam de fúria enquanto ela encarava Marcel. - Se Klaus morrer, eu juro que você irá se arrepender pelo resto da sua miserável existência.

Marcel deu um passo para trás, reconhecendo a seriedade na voz de Alana, mas não se intimidou. Ele acreditava que finalmente tinha vencido. No entanto, ele sabia que, mesmo com Klaus fora do caminho, o caos em New Orleans estava longe de acabar.

Alana não perdeu mais tempo. Com muito esforço, ela levou o corpo de Klaus para casa, usando toda a sua força sobrenatural. Quando chegou à mansão, ela o deitou no sofá, o coração batendo descontroladamente enquanto olhava para o rosto pálido dele. Lágrimas silenciosas escorriam por suas bochechas. Estando tão nervosa nem conseguia raciocinar direito, ela não sabia se Klaus estava morto ou apenas adormecido. O medo a paralisava, mas ela sabia que precisava agir rápido.

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora