Confrontos

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O sol mal havia despontado no horizonte, banhando Nova Orleans em uma luz dourada suave, quando Alana ouviu os sussurros das ruas sobre um festival que Genevieve, a poderosa bruxa, havia organizado. Não era um evento comum, era uma celebração de sua ascensão ao poder e da força crescente das bruxas na cidade. Mas o que mais preocupava Alana não era a festividade em si, mas o fato de que Genevieve estava usando a ocasião como uma plataforma para desafiar a autoridade dos vampiros de maneira cada vez mais aberta e perigosa.

As bruxas, vestidas com seus mantos rituais, começaram a se reunir no coração de Nova Orleans. Elas exibiam seus poderes com orgulho, conjurando feitiços que faziam o ar vibrar com energia. Estavam cansadas de viver à sombra dos vampiros, cansadas de serem subjugadas. Genevieve estava ali, no centro de tudo, com um sorriso vitorioso nos lábios. Ela havia conseguido mobilizar as bruxas como poucas antes dela. E, em meio a toda essa tensão, ela não havia deixado de tentar se aproximar de Klaus, o que fazia o sangue de Alana ferver.

Alana, decidida a confrontar a situação, dirigiu-se ao festival, seu semblante sério e implacável. Ela sabia que precisava agir antes que Genevieve conseguisse causar um estrago ainda maior. Ao avistar Klaus e Genevive conversando juntos, ela sentiu a fúria borbulhar em suas veias. Genevive se atirava a Klaus constantemente e ele não parecia estar percebendo o perigo que ela representava ou talvez estivesse subestimando a situação. E, para Alana, isso era inaceitável.

Ela caminhou em direção a eles, com uma expressão calma mas seus passos firmes ressoando na calçada. Quando Genevieve percebeu a aproximação de Alana, sorriu com um ar de superioridade, como se já tivesse ganho o jogo.

- Eu não estou gostando nada desse joguinho, Genevieve. - Alana disse, sua voz carregada de autoridade e desprezo.

Genevieve piscou os olhos, fingindo surpresa e inocência.

- Alana, o que você está dizendo? Só estou aqui para celebrar com meu povo... Não há necessidade de violência.

- Não tente me manipular. - Alana retrucou, os olhos brilhando com uma fúria contida. - Eu sei exatamente o que você está fazendo. Se não parar agora, vai haver consequências. E eu garanto que você não vai gostar.

Genevieve lançou um olhar calculado para Klaus, esperando algum tipo de apoio, mas ele permanecia impassível, observando as duas mulheres. A bruxa então deu um passo à frente, desafiadora.

- Você acha que pode me intimidar, Alana? Não subestime as bruxas de Nova Orleans. Temos mais poder do que você imagina.

Esse foi o erro de Genevieve. Subestimar Alana era algo que ninguém, com sanidade, faria.

- Vou te matar, sua vagabunda. - Alana falou mais alto do que devia.

Antes que alguém pudesse reagir, Alana lançou-se sobre Genevieve, a fúria e a proteção de sua família alimentando cada movimento. As duas mulheres começaram a ir uma para cima da outra, suas forças colidindo em uma batalha intensa. Genevieve não era uma oponente fácil, mas Alana, movida pela raiva e pelo instinto de proteger tudo o que era dela, mostrou que não estava para brincadeiras e olha que ela não estava com a sua força máxima.

Klaus, observando a cena, sabia que precisava intervir antes que algo mais grave acontecesse. Ele se aproximou rapidamente, agarrando Alana pelo braço e puxando-a para longe de Genevieve. Com a voz baixa e urgente, ele murmurou em seu ouvido:

- Lembre-se, meu amor... você está grávida.

As palavras de Klaus atravessaram a mente de Alana como um raio. Em meio à fúria e ao desejo de proteger sua família, ela havia esquecido momentaneamente da vida que carregava dentro de si. Ela recuou, ofegante, mas com um olhar mortal fixo em Genevieve.

- Você teve sorte hoje. - Alana disse, sua voz gélida. - Mas se continuar nesse caminho, da próxima vez não será apenas uma luta física. E saiba que, contra a criatura mais poderosa que já existiu, você não tem a mínima chance. Vou esmagar você e tudo o que você representa.

Genevieve, ainda se recompondo do ataque, tentou manter a compostura, mas havia um leve tremor em suas mãos. Ela percebeu que havia subestimado o poder e a determinação de Alana, um erro que poderia lhe custar caro. Contudo, antes que pudesse responder, Alana e Klaus já estavam se afastando.

Enquanto caminhavam de volta para casa, Klaus mantinha um braço protetor ao redor de Alana, que ainda respirava pesadamente, tentando controlar a raiva.

- Eu não entendo o que está acontecendo com você, Alana. - Klaus começou, sua voz misturando preocupação e leve reprovação. - Essa fúria... isso não é você.

Alana parou, virando-se para ele, e viu nos olhos de Klaus um reflexo de sua própria preocupação. Ela sabia que precisava explicar, que ele merecia saber o que estava realmente se passando.

- Klaus, você precisa entender algo. - ela começou, sua voz mais suave, mas ainda firme. - Em Nova Orleans, existem mulheres... muitas mulheres, que fariam qualquer coisa para ficar com você. Nem que fosse apenas uma vez.

Klaus arqueou uma sobrancelha, um sorriso divertido surgindo em seus lábios.

- Parece que somos ambos bastante disputados por essas redondezas, então. Porque não é brincadeira a quantidade de vezes que já ouvi seu nome saindo pela boca de homens... - ele respondeu, o tom leve, mas com um brilho de compreensão nos olhos.

Alana suspirou, sentindo um pouco do peso em seus ombros aliviar-se.

- Não é sobre quem nos quer, Klaus. O que importa é que estamos juntos. Mas ver alguém como Genevieve tentando se aproximar de você, tentando usar você... isso me enfurece. Eu não posso permitir que ela ou qualquer outra pessoa nos ameace.

Klaus a puxou para mais perto, seus olhos fixos nos dela.

- Alana, não importa quantas Genevieves ou outras bruxas existam por aí. Você é a única para mim. E ninguém, absolutamente ninguém, vai nos separar. Nem ela, nem qualquer outro inimigo que ouse tentar.

Alana sentiu um calor reconfortante em seu peito ao ouvir as palavras de Klaus. Ela sabia que ele estava falando a verdade, que ele a amava tanto quanto ela o amava. E naquele momento, eles estavam mais unidos do que nunca.

Chegando em casa, Klaus e Alana se sentaram juntos, deixando o silêncio confortador preenchê-los. Eles sabiam que as batalhas não haviam terminado - que a luta pelo poder em Nova Orleans continuaria. Mas também sabiam que, enquanto estivessem juntos, poderiam enfrentar qualquer desafio que viesse em seu caminho.

No fim da noite, quando estavam prestes a dormir, Klaus puxou Alana para um beijo longo e apaixonado, como se quisesse reafirmar tudo o que havia dito.

- Nós vamos proteger nossa família, nosso filho, e tudo o que construímos, Alana. Eu prometo. - ele sussurrou contra seus lábios.

- Eu sei. - Alana respondeu, finalmente se permitindo relaxar nos braços de Klaus. - E eu estarei ao seu lado, sempre.

𝐓𝐇𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora