21. Sou Todo Ouvidos

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POV Ana Carla


Não.

Eu não conseguia acreditar.

Soltei os talheres sobre a mesa e fechei meus olhos, tentando controlar minha respiração, mas nao tendo nenhum sucesso.

- Ana?- ouvi Robert me chamar, mas sua voz estava longe, ouvi um barulho estranho e de repente senti algo quente me tocar.- Ana!

Um vento fresco atingiu meu rosto e eu ouvi um certo agito ao meu redor.

- Ela está tendo uma crise de pânico.- ouvi alguém dizer, mas não sabia quem era.

Droga, não era desse jeito que eu queria impactar Robert.

Tentei me controlar, sentindo seus braços me envolverem.

Que porra,como ele tinha descoberto sobre mim? Por um breve segundo minha mente foi das fotos que eu tinha em meu perfil para a lembrança dele em meu quarto no jantar da Dior.

Apertei meus olhos, me afastando dele.

- Você...- tentei dizer, mas o nó em minha garganta me traiu.- Vamos embora.

Não consegui olhar em seus olhos ao pegar a taça com água e beber tudo de uma vez.

- Por favor, você poderia nos deixar sair pelos fundos?- ouvi Robert perguntar.

Não ouvi a resposta, apenas deixei que ele me conduzisse até a saída.

Não encontramos nenhum paparazzi no lado detrás do restaurante, apenas o carro dele.

Uma Tracker preta, com vidros peliculados.

Assim que ele fechou a porta lhe acertei com um soco no nariz.

- Está louca?- perguntou me encarando, colocando a mão no nariz, o rosto vermelho.

- Louca? Tem coragem de me chamar de louca?- perguntei indignada, os sentimentos se misturando dentro de mim.- Como você pode fazer isso comigo? Você não tem vergonha? Foi esse tipo de homem que seus pais criaram? O que ameaça uma mulher em troca de... - engasguei, a raiva me fazendo perder a linha de pensamento.- INFERNO! ISSO É TÃO INJUSTO.

- Eu não sei porque está tão irritada.- disse o descarado olhando seu nariz no espelho.- Merda isso vai ficar inchado.... Olha só, eu sou a sua melhor opção, seu pai pode querer te casar com um velho.

- Pois eu prefiro um velho a ter que casar com alguém tão podre quanto você..- vocifrecei.

Robert soltou uma gargalhada.

- Aham. Tá bom.- debochou.- Eu não estou te ameaçando, Ana Carla,  estou tentando te persuadir... Se acha que eu quero me casar está enganada, mas eu preciso e você não é uma má pessoa, assim como eu não sou...

- Eu odeio você.- resmunguei escondendo meu rosto em minhas mãos.

- Por que? O que eu te fiz pra você me odiar? Qual é, garota,deixa de birra. Isso é infantilidade sua.

- Viu!- guinchei, fazendo ele pular no lugar.- É isso que você faz. No nosso primeiro ensaio veio todo cheio de si dizer o que eu devia fazer, depois na festa de elenco se meteu dizendo o que eu podia ou não beber e agora está aqui me chamando de infantil apenas por não...

- Eu apenas te dei uma dica.- frisou sentando de lado no banco do carro, seu rosto vermelho.- Mas você é tão metida que se acha perfeita ao ponto de falar sobre algo pessoal da minha vida num ambiente de trabalho.

Me calei por alguns instantes, estreitando meus olhos.

- Está pegando no meu pé porque sugeri que você é um maconheiro? Você é ridículo!

ROBERT PATTINSON | NOSSOS SEGREDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora