39. Lara

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POV Ana Carla

‐ Eu acho que devemos encerrar a campanha de primavera/verão  na abertura da campanha de Outono/inverno.- eu disse recebendo o olhar duvidoso de minha tia e de mais alguns assionistas.

- Juntos? No mesmo evento?- Perguntou Eleonor ao lado de meu pai.

Eleonor era um dos assionistas majoritário da Dior, responsável pelas finanças e liberação de eventos, era ele quem eu precisava convencer naquela reunião.

- Isso mesmo.- falei tentando não olhar para meu pai ou então ficaria mais nervosa do que estava.- A ideia é usar a tecnologia sustentável para criar a ilusão da mudança de estação na passarela e no ambiente.

- Acho uma péssima ideia.- disse Giovanna soltando sua caneta sobre a mesa de reuniões.- A mídia vai escandalizar dizendo que a Dior está falida ao unir duas campanhas em uma só.

Evitei rolar os olhos e suspirar, porque mulheres que usavam o terninho que eu estava usando não rolavam os olhos e nem suspiravam(assim disse Rebeca).

- Não vai haver essa possibilidade, Giovanna.- eu disse, olhando firme para ela.- A não ser que seu trabalho esteja sendo mau feito.

- Não diga besteira, menina.

- Então eu mesma garanto que esse desfile será o maior sucesso,cuidarei pessoalmente de tudo.

Minha proposta inovadora foi para votação e confesso que fiquei feliz demais quando venci por unanimidade.

- Parabéns,George.- Eleonor cumprimentou meu pai.- Sua filha não nega de onde veio.

- Não mesmo, Eleonor.- meu pai apertou sua mão com firmeza.

- Ana espero o orçamento para esse mega evento até a próxima semana.

Eu assenti, apertando a sua mão.

- Na terça estará em sua mesa.- falei.

Minha tia fez questão de sair da sala sem olhar para mim.

- Tem certeza do que está fazendo, filha?- a pergunta de meu pai não me pegou de surpresa.

Ele acompanhou meus passos pelo corredor até a minha sala.

Sim, agora eu tinha uma sala no andar da diretoria.

- Tenho sim, papai.- respondi apenas, não queria lhe dar mais detalhes.

Ele assentiu, me olhando desconfiado.

- Muito bem. Então já que o desfile é seu fique responsável pelo discurso de abertura.

- O que?- meu estômago despencou.- Não... papai... Eu não posso... Você sempre fez os discursos.

George sorriu para mim.

E eu senti algo triste em seu sorriso, assim como em seu olhar.

- Essa empresa é sua,Ana.- ele disse parecendo apático.- Este foi o motivo de tudo,não foi?

George me deixou a meio passo de minha sala.

Eu abri a porta e estava tão pensativa no jeito estranho de meu pai que só percebi que tinha alguém ali me esperando quando esbarrei nela.

- Aí, Lara, que susto.- reclamei Franzindo o cenho para ela.- O que aconteceu?

Tive que perguntar porque seu rosto estava vermelho,como se ela tivesse chorado muito.

- Eu só quero que você saiba que não vai dar certo.- ela disse.

E eu fiquei mais confusa do que já estava.

ROBERT PATTINSON | NOSSOS SEGREDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora