13. Você Precisa de Uma Cerveja

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POV Ana Carla

Quando o carro  parou eu não esperei que ninguém abrisse a porta para mim, mas acabei estancando no lugar ao ver onde estava.

- Vem.- Robert apareceu do meu lado, tinha descido pela outra porta.

Respirei rápido, um pouco agoniada.

- Robert... eu preciso ir para casa.- falei olhando a pequena casa luxuosa a minha frente.

O inglês colocou as mãos nos bolsos,e eu já tinha percebido que era uma mania dele, e veio até mim.

- Você precisa de uma cerveja.- ele disse sorrindo torto.- Na verdade, na minha percepção, você precisa de um baseado, mas não sei se estou pronto para ver você chapada levando em consideração o seu gênio explosivo.

Ele estava louco? Que tipo de intimidade ele achava que tinha comigo pra estar falando aquilo?

Apertei meus olhos, um pânico crescendo em mim por saber que Luna ia dizer para meu pai que eu não fiz o que ele me mandou.

- Robert...

- Vem, Princesinha da Dior...- ele tentou me puxar pelo pulso, mas eu puxei meu braço com força.

- Eu vou se parar de me chamar assim.- falei lhe encarando. Eu odiava aquele apelido.

- Não dá. - Ele fez uma careta engraçada.- Você fica muito linda irritada.

Robert me deu as costas, entrando na casa, fazendo minha cabeca girar.

Não tive outra opção que não fosse seguir ele, já que sua casa parecia uma fortaleza cercada por muros altos e um portão de ferro.

O interior da casa de Robert era muito a cara dele.... ou a cara de um homem que mora sozinho.

À decoração em tons de chumbo, com móveis modernos e um amplo espaço.

- Fique a vontade.- ele apontou para o sofá.- Eu já volto.

Robert sumiu por uma porta e antes que eu me sentasse ele já estava de volta segurando duas garrafas de cerveja.

- Por que não tira esse salto?- apontou para os meus pés e se jogando em uma das poltronas colocadas estrategicamente em sua sala.

Olhei para meus pés, para meu Louboutin vermelho e olhei para ele de volta.

O que estava acontecendo ali?

- Eu posso usar o seu banheiro?- perguntei segurando a alça de minha bolsa como se minha vida dependesse disso.

Ele apontou para o corredor atrás de mim.

- Segunda porta a direita no corredor embaixo da escada.- disse sorrindo.

Entrei no pequeno lavabo muito branco em comparação com o lado de fora e me encarei no espelho.

Meu rosto estava vermelho e um pouco inchado onde levei o tapa,eu ainda sentia formigar.

Meus olhos ainda deixavam lágrimas escaparem contra minha vontade e eu sentia meu coração apertado, com uma sensação estranha subindo pelo meu peito.

Coloquei minha vida sobre a pia e abri a torneira, pegando um pouco de água e jogando sobre minha pele ardida.

Foi bom.

Ao secar meu rosto com a toalha felpuda o cheiro de loção pós barba escorregou pelo meu nariz.

Hummm... Eu gostava daquele cheiro...

Pigarriei, colocando a toalha no lugar e saindo dali.

Eu precisava ir pra casa.

- Eu agradeço sua ajuda, mas vou chamar um uber.- eu disse pegando meu celular dentro da bolsa,sentando afastada dele no sofa.

Robert puxou o aparelho de minha mão.

- Vai nada, você vai tomar uma comigo.

Bufei, começando a ficar irritada.

- Quem você pensa que é pra me dizer o que fazer?- perguntei lhe encarando.- Devolve meu celular, eu não quero beber com você.

Robert franziu o cenho.

- Hey, baixa a bola, menina, eu não sou seu inimigo, ok?- disse dando de ombros.- Eu só quero que você relaxe um pouco antes de... ter que enfrentar seu pai de novo.

Recuei.

O que ele sabia?

- Não sei do que você está falando.

Robert riu, abrindo a cerveja e estendendo pra mim.

- Você saiu da sala do seu pai chorando, com o rosto vermelho.- disse.- Não é difícil de adivinhar o que aconteceu... Qual o motivo do tapa? Você estourou o cartão dele?

Fiquei de pé, avançando sobre ele e pegando meu celular.

- Você é mesmo um idiota.- grunhi lhe dando as costas.

Ele achava mesmo que meu pai ia me dar um tapa na cara por ter estourado seu cartão?

À maconha só podia estar corroendo seu cérebro.

ROBERT PATTINSON | NOSSOS SEGREDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora