55. Mas ainda doi...

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Quero dedicar esse capítulo a minha amiga linda que vai fazer uma cirurgia hoje ou amanhã.
Elisa, que tudo dê certo, estou em oração por você.
Espero que goste, gatona!
Obrigado por estar aqui sempre!




POV Ana Carla





Era uma noite especial para mim.

E não, eu não estava falando da noite em que jantei com Robert e quase acabei sendo a sobremesa.

Eu estava falando da noite da minha exposição,da inauguração da minha própria galeria.

Finalmente estava acontecendo e ninguém poderia estar mais feliz do que eu.

- Amiga- Rebeca me tirou de meus devaneios.- os repórteres chegaram... Você está chorando, amiga?

Me virei para ela, eu estava emocionada.

- Um pouco... É a realização de um sonho...

Rebeca veio até mim e me abraçou apertado.

- Você merece que isso tudo se torne um sucesso.- ela disse me olhando nos olhos.- Você é muito talentosa, minha amiga.

Era o que diziam...

Rebeca me tirou do pequeno escritório e a quantidade de pessoas com taças de champanhe na mão olhando meus quadros e minhas esculturas me assustou.

O curador contratado por Rebeca se responsabilizou de trazer todos interessados em alguma peça até mim nas pausas das entrevistas que eu dava para uma revista ou outra.

- Ana você diria que o motivo de uma coleção de quadros em preto em branco voltada para a maternidade ausente retrata a falta de uma figura materna em sua vida?

À pergunta de um dos repórteres não me surpreendeu.

Obviamente eles levariam para aquele lado meus quadros que retrataram na pintura a óleo mulheres e bebês solitários.

Ninguém sabia que eu havia perdido um bebê.

Ninguém além do homem que entrava naquele momento na minha galeria e perdia seu sorriso encantador ao ver os quadros em preto e branco.

As câmeras se voltaram para Robert que estava acompanhando de Bobby e ele tratou de colocar um belo sorriso no rosto quando foi abordado.

Aproveitei a oportunidade para fugir da pergunta que me foi feita.

Todos pareciam muito interessados no meu ex que tinha chego.

Peguei uma taça de champanhe e fui para a outra sala onde minhas paisagens, como a que Robert tinha em sua sala estavam expostas.

Sorri ao ver que algumas já estavam com a etiqueta de vendido.

Eu teria um longo trabalho para repor tudo na galeria depois dessa primeira exposição.

- Seu eu pedir para você pintar meu melhor amigo e eu fumando um baseado você consegue?

Antes que eu me virasse já sabia quem era.

- Talvez eu não consiga expressar o estado letárgico que vocês ficam.- falei sorrindo para Bobby.

Ele fez uma careta.

- Letárgico? Palavra chique para dizer que a gente fica chapado.- desdenhou abrindo o braço para mim.

Soltei uma  risada e lhe abracei.

- Eu estava com saudade.- falei e era verdade.

Bobby estava lá quando tudo desabou.

Ele beijou o alto da minha cabeca.

ROBERT PATTINSON | NOSSOS SEGREDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora