No dia seguinte, coloco os tênis e casaco e saio do hotel, decidida a achar Kay.
Andando para o lado que a casa dele ficava, meu estômago dá cambalhotas até finalmente achar a casa, e logo meu coração afunda ao ver ela fechada.
Abandonada.
Talvez ele tenha saído da cidade, talvez tenha se casado e esteja morando em outro estado...
— Bom dia senhorita. - passa uma senhorinha simpática e me cumprimenta.
— Bom dia. - sorrio.
— Procurando alguém? - ela pergunta levantando a sobrancelha ao me ver olhando demais a casa vazia.
— Ah, bem... Sabe se a casa ficou vazia muito tempo?
— Bom, tem uns 2 anos eu acho, mas o dono ainda é o mesmo.
Sinto a ansiedade inflar.
— T-tem o telefone? Onde posso encontra-lo?
Ela fecha a cara e me olha.
— Quer alugar a casa?
— Sim! Preciso mesmo falar com o dono.
— Sinto muito, mas ela só está a venda.
— Não tem problema, eu preciso mesmo ver a casa.
A mulher começa a achar estranho mas me diz o número e agradeço imensamente, procurando pelo telefone mais próximo, como um mantra, disco o telefone.
A cada chamada meu coração se aperta.
— Boate Silvers, ainda estamos fechados. - uma voz feminina diz quando atende.
Fico confusa, será que a senhora me deu o número errado de propósito?
— B-Bom dia! Eu vi uma casa à venda...
Um silêncio e logo depois a pessoa torna a falar.
— Ah sim, estamos fazendo visitas lá também, só me deixe avisar o dono... Como você se chama?
Meu peito infla com a expectativa.
— Como se chama o dono? - disparo.
A pessoa parece ficar confusa.
— Como você se chama?
Ela não vai dizer.
— Melanie. - minto, afinal se essa casa ainda pertencer à Key, sei que ele provavelmente não viria me ver tão espontaneamente.
— Melanie, para quando pode ir ver a casa?
— Estou aqui em frente. - digo impaciente.
— Vou comunicar o dono. Ele deve chegar aí em 20 minutos. - a pessoa diz.
— E como ele se chama? - repito.
Ela desliga.
Bufo, podia pelo menos me dizer!
Decido comprar um café e fazer vigília frente à casa, preciso falar com quem quer que seja o dono, mesmo que não seja Key...20 minutos se passaram.
25 minutos se passaram.
35 minutos se passaram.
Verity já está desesperançada, já começava a tentar se lembrar o nome da boate que a menina disse, decidida à ir lá se queixar da brincadeira de mal gosto quando uma moto parou quase a atropelando na calçada.
— Ei! Ficou cego? - diz com o susto.
Só tirar o capacete ela perde o ar nos pulmões.
É ele, inteiramente de preto e o olhar surpreso, a pele morena, olhos duros e a estatura parecida à dela própria.
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Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)
RomanceDepois de ser casada contra sua vontade, abandonando um antigo amor, Verity se vê em um casamento difícil e anseia por libertar-se. Até que tudo muda com segredos nunca antes ditos, e o coração dela passa a estar em constante escolha. Bem? Mal? Fid...