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Decidida, fui até o quarto e comecei a organizar uma pequena mala, pequenas roupas, pertences, apenas o que realmente é meu, nada que ele me deu ou que pedi.

As lágrimas deixam tudo mais difícil mas estou farta, ao mesmo tempo que me acaricia ele me bate de alguma forma e não posso suportar mais, prometi ficar mas não quero mais, é terrível e doloroso tudo isso.

Quando saio do quarto e desço as escadas ele está vendo TV, apenas me olha de erguendo as sobrancelhas, limpo as lágrimas e erguendo o queixo dou a volta para sair pelo quintal, ouço ele levantar do sofá mas não me abalo, chego ao quintal e marcho decidida e ir embora sem olhar para trás.

— Verity.

Quanto alcanço a cerca a urgência de sua voz me faz parar assim que toco a porta da cerca.

— Sim?

— Que está fazendo?

— Estou indo embora.

Ele ri.

— Não é assim que funciona amor.

— Adeus. - digo abrindo a porta mas antes que meu pé toque a calçada sinto seu braço firme em minha cintura me puxando de volta. - Que está fazendo?!

— Está testando a minha paciência! - ele arranca a bolsa da minha mão a jogando no gramado e me vira para ele. - Vou te trancar lá em cima daquele maldito quarto se continuar.

— Que diferença faz? Deixe-me ir embora de uma vez!

Ele suspira.

— Você é racional demais, pode parar de se guiar por estar triste de eu te-la negado?

— O que?!

— Está triste por que eu não quero seu amor.

— Você está louco! - digo tentando me desvencilhar dele mas ele não me solta. - Tenho pena de você!

Ele me solta por um segundo, suficiente apenas para me agarrar mais perto dele, nossos rostos quase juntos.

— Oh Verity, amo te ver nervosa. - ele diz e beija minha bochecha. - Raivosa Verity...

Me balanço em seus braços.

— Pare com isso!

Ele não me dá ouvidos e beija meu pescoço calmamente, mordiscando aqui e ali e estremeço.

— Não quero fazer isso. - murmuro.

— Também não quero que vá embora assim. - ele diz em meu pescoço. - Você tinha me prometido...
— Você quem quebrou o acordo primeiro.

Ele me olha interrogativo.

— Me machucou.

— Não apertei com força. - ele diz confuso e me olha tentando entender.

— Não me importa.

Ele me ergue como se eu nada pesasse e me leva para dentro, me põe no sofá e sobe por cima de mim como um predador.

— Posso derreter sua teimosia em poucos minutos...

— Já disse que não quero isso! - digo me sentando e fico com o rosto perto dele. - Não pode me dar o que quero então não te quero para nada!

Ele me encara, sério.

— Estou te dando tudo o que poder querer.

— Sabe o que eu quero.

— Ir embora?

Encolho os olhos olhando para o lado e ele esfrega seu nariz em meu pescoço.

— Isso não, eu não posso. - ele diz simplesmente e beija meu pescoço antes de se afastar. - Por isso vou deixa-la ir embora quando chegar a hora.

Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora