Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)

22

A poucos metros de mim com o sol se pondo, começam os luais; Festas na praia onde as pessoas devem virar a noite e é nostálgico estar aqui durante um pois só ouvia falar disso por outras pessoas.

Como uma sombra, Gabriel me acompanha a poucos passos de mim, a música que toca é lenta e alguns casais dançam na areia com drinks nas mãos e sinto um pouco de inveja.

— Acho que nunca te vi dançar. - Gabriel comenta, olho para ele e o vejo com as mãos nos bolsos observando os casais.

— Também nunca te vi dançar.

Ele me olha e sorri.

— Eu danço, mas você nunca iria querer ver.

Sinto um arrepio e viro o rosto, será que está falando de matar?

— Está se referindo ao que eu acho que está?

— Estou. - ele diz suspirando. - Mas é melhor não falar disso, não é?

— Sim. -murmuro e esfrego ambas as mãos e balanço a cabeça tentando espantar pensamentos tristes e a ansiedade que me faz tremer.

— Boa noite senhorita! - Olho e um jovem com um colar de rosas me sorri, tem dois drinks na mão e me oferece um. - Gostaria de dançar?

Sorrio sem graça e antes que eu possa responder.

— Apenas se a primeira dança for minha. - Gabriel diz e se inclina para me olhar.

O menino olha sem jeito para Gabriel e para mim.

— Ah, desculpe! - ele diz se retirando e antes que eu possa tranquiliza-lo, ele se foi.

— Por que está sempre fazendo isso? - olho para Gabriel.

— O que?

— Espantando as pessoas.

— Não fiz isso, apenas te convidei para dançar. - ele diz pegando minha mão na sua e me puxando devagar para si. - Sei que quer dançar como os outros casais.

— Você parece saber muito de mim. - digo carrancuda.

— Muito mais do que acha. - ele diz e logo estou colada a ele, fico um pouco envergonhada pois nunca tive experiência verdadeira em dança mas Gabriel é melhor dançarino do que achei, sua mão é firme em minha cintura e me guia pela areia sem dificuldade enquanto a música toca lentamente entre nós, as ondas quebram e a brisa do mar deixa ainda mais agradável.

Fecho os olhos e sinto o vento levando meu cabelo, a proximidade, tudo isso me leva lágrimas aos olhos e quando abro o rosto de Gabriel está borrado mas reconheço seu rosto preocupado.

— O que foi? Pisou em algo que furou seu pé? - ele para a dança.

Nego e limpo os olhos.

— Estou bem.

— Verity...

— Estou feliz, só isso. - sorrio e fico na ponta dos pés beijando sua bochecha. - Obrigada por ser gentil uma vez comigo.

Gabriel parece petrificado.

— Me assustou. - murmura.

— Desculpe, podemos tomar alguma coisa?

Ele concorda, parece atordoado e se vai devagar de perto de mim, abraço a mim mesma olhando o mar.

Foi tão íntimo e gracioso, algo que nunca achei que fosse sentir nesse casamento, tudo ainda é tão confuso mas esse momento me fez querer perdoa-lo.

Gabriel voltou rapidamente com um abacaxi e canudo, dentro há uma bebida.

— Tente não exagerar. - ele diz me entregando.