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Quando tudo termina, acabamos tendo que tomar banho, mas foi rapidamente e logo pude escolher outra roupa para vestir.

— O que foi? - Gabriel aparece atrás de mim pegando uma camisa acima da minha cabeça no guarda-roupa.

— Demoramos muito, sabem exatamente o que fizemos... Que vergonha!- digo balançando a cabeça com as bochechas queimando.

— Não tenho problema com isso. - ele se afasta. - Bom que ele saiba.

— Gabriel!... Não sei o que se passa na tua cabeça. - digo o olhando.

Ele apenas sorri um pouco e volta a se deitar completamente vestido.

Desta vez, visto um vestido preto de mangas e um pouco acima do joelho.

— Quase nunca te vejo vestir essa cor. - Gabriel diz da cama. - Fica sensual demais.

Minhas bochechas queimam do mesmo jeito mas tento me recompor terminando de alinhar o vestido.

— Que faremos agora? - mudo de assunto me virando para ele.

— Você tem que ir, estou trabalhando em achar seu pai. - diz puxando as cobertas sobre si.

— Já disse que não vou.

— Não é uma questão aberta a discussão. - diz com aquele tom duro novamente. - Aquela tua irmã tem de ficar, é isto.

Sinto vontade de jogar o abajur nele, como pode ser tão absurdamente teimoso?

— Não pode me ensinar nada? Assim posso ser útil e...

— Eu não sou idiota Verity, já te disse, leva anos para alguém estar em mínima forma para ser uma arma útil, então pare com isso, vai se por em perigo sem necessidade . - diz mal humorado novamente. - Se souber que continuou com essa fantasia de atiradora com esse homem...

— Que te importa isso? Ele não é meu noivo agora? - disparo irritada e caminho pisando duro para a porta. - Maldito seja.

Saio batendo a porta e desço irritada.

Na sala, Kay e Versália me olhando curiosos e caminho duramente para a porta dos fundos e me sento no quintal.

Me sinto perdida, culpada pela possível morte de papai e agora toda essa situação...

— Com licença. - Versália chega timidamente e se senta ao meu lado em silêncio.

Não digo nada, apenas abraço meus joelhos quieta.

— Não precisa se preocupar comigo. - ela começa devagar. - Não vou por a mão no teu marido.

Olho para ela, ela está envergonhada.

— Não ligo para isso.

— Liga sim, mas está tudo bem. - diz suavemente e põe a mão em meu braço. - Dá para ver que muitas coisas estão angustiando seu coração irmã.

A palavra irmã é nova, sinto certa estranheza mesmo ela sendo quase meu espelho.

— Se eu puder ajudar de alguma forma, sei que aquele homem me fará o fazer... Mas posso te pedir algo?

— O que é?

Devagar, vejo os olhos de Versália se encherem de lágrimas.

— Não me deixa passar o que ele te fez. - ela sussurra e segura meu braço com força. - Kay contou-me e... Vi o que ele pode fazer, estou com medo.

Arregalo os olhos, o que poderia dizer a ela? Provavelmente passou o diabo com aquele povo e agora caiu de bandeja na mão de um serial killer, e terá de ficar a sós com ele em pouco tempo novamente.

Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora