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Não demorou muito para que Kay retornasse a casa e eu estava na biblioteca que tinha recém descoberto com Zari.

— Aí está você. - ele caminhou tranquilamente até mim e me beijou a bochecha. - Como foi sua manhã?

— Agradável. - digo simplesmente olhando os títulos dos milhares de livros.

— Que bom. - ele se virou para Zari. - Você pode ir, diga a outra para vir.

— Por que?- olho para ele.

— Estou te dando opções, selecionei algumas acompanhantes para você.

— Gosto da Zari. - digo firme.

Ele ergue a sobrancelha.

— Passou 3h com ela.

Seguro o pulso dele e digo baixo.

— Quantos anos ela tem?

— Isso importa?

— Importa se for tira-la daqui para fazer um serviço pior.

Ele sorri de lado.

— Está preocupada com a criada?

Solto o pulso dele.

— Ela parece uma criança...

— Zari tem 16 anos, não é Zari?

— Quase 16 senhor.

— Ela já é uma mocinha. - ele ironiza.

— Não quero troca-la. - fecho a cara segurando o livro com força. - Nao consigo imaginar o que devem tê-la feito fazer ...

— Está tudo bem senhora, foi um prazer servi-la.- ela se curva.

Kay concorda em silêncio e saio de perto dele.

— Não quero porra de acompanhante alguma. - jogo o livro nele que bate em seu peito e ele faz uma careta segurando.

— Quanta rebeldia, tudo isso por uma criada, tem algum motivo especial?

— Já disse, é uma criança.

Ele suspira.

— Que seja, estou cansado da sua carranca. - ele bufa devolvendo o livro para a prateleira. - Pode ir mesmo assim Zari, volta mais tarde para vestir sua senhora.

Zari tenta conter um sorriso mas escapa e ela se vai rapidamente.

Solto a respiração que estava prendendo, deu certo.

— Acho que mereço um obrigado?

— Estou grata. - ergo o queixo o olhando de cima.

Ele se aproxima e passa os dedos pelo meu rosto.

— Isso não é obrigado amor.

Desvio os olhos dele.

— Obrigada.

— Entendo que está estressada... Mas gostaria de um pouco da antiga Verity.

Fecho os punhos, poderia soca-lo agora mesmo.

— Temo que você esteja esperando muito de mim. - suspiro.

— Sei que não. - ele me encurrala contra as prateleiras. - Você gosta de me beijar não gosta?

— Gostava de beijar um homem que não existe mais. - olho para ele irritada. - Está morto.

— Você é tão cruel quando quer.- ele franze o cenho. - Mas tenho paciência.

Me esquivo dele passando por ele e andando pela sala.

— Gostaria de ter notícias sobre os outros...

Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora