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Algum tempo depois acabamos saindo da água mais cansados de que quando entramos, pedi só para ir descansar e saímos da praia, as mãos dadas em silêncio.

Minhas pernas parecem fracas e chegando no hotel apenas tomo um banho e me jogo na cama.

Gabriel demora mais e quando vem, estou quase pegando no sono.

— Gostei do teu biquíni. - diz se deitando ao meu lado.

— Pensei que nem tinha reparado. -murmuro.

Ele balança a cabeça negativamente sorrindo e me cobre.

— Podia comer-te novamente aqui agora, ele diz passando a mão pelas minhas costas.

— Não, por favor, já me expôs o suficiente. - murmuro pegando a coberta e puxando até o queixo.

— E não gostou? - ele pergunta arqueando a sobrancelha.

Fico em silêncio e desvio o olhar.

— Pode me pedir sempre que quiser. - ele diz suavemente se cobrindo também. - Adoro vê-la gozando.

— Gabriel!

— E chamando meu nome, por Deus, fico duro só de pensar.

Viro de costas para ele.

— Indecente.

Ele passa a mão em meu braço por baixo da coberta.

— É minha esposa, posso fazer isso. - ele diz e deita bem atrás de mim, posso sentir sua respiração em minha nuca. - Embora não queira ser minha...

Fico em silêncio, algo em meu interior gostaria de desmentir, dizer que entende de alguma forma mas estou dividida, entendo mas não entendo.

— Não consigo entender... Por que se segura comigo? - ele continua - sou teu marido, pode fazer o que quiser comigo, mas parece que não o faz, é por conta daquele homem?

— Não é isso. - minto.

— Gostaria de tê-la uma vez da forma que quer se entregar à ele, que não precisou fazer nada para receber tudo isso. - ele diz irritado, magoado. - Não precisou matar ninguém, fechar acordo algum, e eu entendo, por Deus Verity eu entendo que te fiz mal, mas já sabe por que, e eu não consigo mais fingir que não gostaria que me amasse um pouco. Só posso fingir que me tolera quando faz sexo comigo.

Ele acaba se levantando.

— Esqueça, vou sair agora. - ele desiste e sai batendo a porta.

Afundo a cara no travesseiro, por que tudo precisa ser extremamente complicado? Algum tempo depois pego o telefone e ligo para Melanie que não aparece há algum tempo.

— Alô? - é a voz de Teddy.

— Teddy, é a Verity, Melanie está?

Ele não diz nada e ouço o telefone ser passado.

— Verity, como está? - a voz dela soa alegre.

— Estou em viagem... - murmuro e penso em tudo que descobri em tão pouco tempo, como fui atacada dentro de casa e me sinto subitamente tonta com tanta informação, tantas coisas que não poderia contar à Melanie para sua própria segurança.

— Saiu de casa? - ela pergunta esperançosa.

— Com Gabriel... Estamos na praia. - suspiro.

— Conheço esse suspiro, ele te machucou de novo?

— Não é isso.

Ela fica em silêncio um pouco.

— Estão se entendendo não é? - ela fala suavemente e sei que está tentando ser compreensiva.

Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora