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Devido ao estado de saúde depois de tantos ferimentos, facadas e açoitamento Gabriel não tinha condições físicas de dar a Verity qualquer prazer intenso como eram acostumados e ele se odiou por isso pois tinha certeza de que Kay teria premeditado até mesmo isso.

Não que Verity estivesse impedida de o beijar sempre que pudesse, de dizer o quanto o amava e como gostaria de fazer algo a respeito, mas o momento pedia calma e inteligência, alguém capaz de fingir por meses algo dessa magnitude não deixaria barato uma fuga.

Ela não sabia até onde ele estaria envolvido com essa família de mafiosos, ou porque deram a ele poder suficiente para privar a vida de 4 pessoas ao seu bel prazer mas estava decidida a fazer o que fosse preciso para preservar a saúde e vitalidade de todos, afinal até aqui todos a acompanharam...

Durante os últimos beijos e carícias a porta anunciou duas batidas e logo abriu, a empregada de mais cedo apareceu pontualmente às 23:59.

— Senhorita, hora de ir.

A saudade apertou quase de imediato o coração de Verity e Gabriel apenas a beijou uma última vez, longamente e tanto ele quanto ela tentavam gravar nas mãos profundas memórias todas as sensações que a boca um do outro produzia em si.

A tosse da mulher anunciou a impaciência e Verity se forçou a afastar-se, já tinha os lábios tão inchados quanto os olhos de chorar.

— Amo- te! Por favor fique bem eu... - ela já não tinha palavras mais para dizer, tentou dizer todas durante toda a tarde, admitiu tudo o que podia e querer mostrar à ele que ela não havia mudado de ideia, ele era seu escolhido e nada mudaria isso.

— Vai ser sempre minha, te amo esposa. - ele voltou a se deitar grunhindo pela dor e ela andou para a empregada, se deixando olhar para trás uma última vez e tentar gravar aqueles olhos escuros em suas memórias, em outro tempo era eles quem lhe causava arrepios e pesadelos, mas mal sabia como estava segura.

A despedida de Melanie e Versália foi ainda mais rápida dando tempo apenas para abraços rápidos e votos de força quando ela foi forçada a caminhar de volta para a casa onde seu novo captor a esperava na porta.

— Divertiu-se?- diz e sua voz doce não acoberta seu incômodo.

— Obrigada. - diz rouca.

— Vamos então. - ele pega na mão dela a guiando através da noite.

— Onde vamos?

— Começar a nossa vida.

Um carro os esperava e o motorista não parecia leigo, de alguma forma Verity estava aprendendo a ver e reconhecer pessoas perigosas, e foi assim quando entrou no carro, este tinha uma cortina que Kay acionou assim que entraram dando a eles uma privacidade estranha quando o carro voava pela noite deixando aquela casa de veraneio para trás.

Verity desejou em seu coração poder estar regressando para casa com quem queria.

— Está com a boca inchada.

— O beijei o quanto pude. - admito.

— E o que mais?

— Por que o machucou daquela forma?- olho para Kay com raiva. - Você é baixo!

Ele dá de ombros.

— Ele não sofreu nem um porcento do que te fez sofrer.

— Nunca te pedi por vingança.

— É isso que um marido apaixonado faz não é? Assume as brigas da esposa. - ele me sorri.

— Sabe de uma coisa? Me arrependo até o último fio de cabelo de ter pedido clemência por você para Gabriel, me arrependo por ter te amado em algum momento, você é a maior decepção da minha vida! - disparo aumentando o tom.

Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora