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Apesar do gosto não ser dos melhores, o chá quente acalmou as ansiedades de Verity ao longo do dia e no início da noite.

Mas no início do próximo dia algo estava estranho, ela sentia uma dor incomoda, que parecia crescer a cada minuto e aquele não era seu ciclo começando.

O telefone do quarto tocou e ela atendeu receosa.

— Bom dia senhorita, precisando de algo em seu quarto? - era a recepcionista, gentil e carinhosa na ligação.

— Não... - Verity murmurou e acabou soltando um gemido de dor.

— Senhorita? Não parece bem, quer que eu suba? Devo chamar alguém?

— Eu... Não sei. - ela admitiu enquanto se retraia na cama.

— Não se preocupe senhorita, vou buscar uma aspirina.

— Obrigada. - Verity murmurou e bateu o telefone.

Sua barriga doía demais, e ela foi tomada pelo terror ao considerar poder estar sofrendo um aborto.

Seria o chá?

Ela esperou mas a recepcionista não veio, e a dor piorava a cada minuto e ela se arrastou para o banheiro, vomitava e se retorcia, trêmula.

Não tardou a sentir algo descer pelas pernas, era sangue.

Do banheiro ela não alcançava o telefone e suas pernas estavam bambas, era sangue demais e ela iria morrer assim.

Logo quando estava prestes a alcançar sua liberdade, ela amaldiçoou Gabriel em seu sofrimento, mesmo assim ele tinha a colocado nessa situação, um aborto ainda iria mata-la!

Ela ouviu a porta do quarto se abrir, mas ela quase não ouviu passos entrarem e quando alguém chegou à porta do banheiro, era Kay!

Ele se apressou em por a mão na testa.

— Está pelando em febre Ven, por Deus. - ele a pegou no colo a tirando dali.

— Onde...? - murmurou e se contorcia com as dores.

— Shhh, vai ficar bem. - ele dia deitando minha cabeça em seu ombro musculoso e ela fecha os olhos.

Apesar do tormento, o cheiro dele a podia lembrar épocas mais felizes, mas a dor se torna tão excruciante que ela apaga.





No dia seguinte


O cheiro de hospital despertou Verity, abrindo os olhos ela estava pela segunda vez na semana em um hospital, dessa vez em um quarto solitário e mesmo acordando agora já podia ouvir um borburinho no corredor, quando ela percebeu muita gente entrando no quarto.

Médicos, enfermeiras, Kay e por Deus, seu coração apitou em desespero na máquina que acompanhava seu ritmo cardíaco.

Gabriel estava ali, com o braço enfaixado e olhar determinado.

Como ele a havia achado? Porque estava ao lado de Kay? Ele a traiu?

As perguntas não respondidas giravam na cabeça dela.

— Se acalme senhorita. - uma enfermeira se apressou para o lado dela e murmurou baixinho - Quer que eu mande os homens saírem?

Gabriel se apressa para perto de mim, pegando a minha mão e fico ainda mais trêmula.

— Que aventura perigosa foi essa meu amor? - o tom dele era preocupado e buscava os olhos dela.

Verity virou o rosto, não conseguia encara-lo, não queria encara-lo!

Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora