Depois de toda a confusão pedi a Melanie que me deixasse só, e fiquei no gramado por mais algum tempo até Kay aparecer.
— Oi. - ele diz se sentando do meu lado e me olha. - Não quer entrar? Está frio aqui.
Nego em silêncio e começo a me sentir sonolenta de novo, aquele sono forte e vejo como a raiva foi acabando e as dores e meu estado físico volta aos poucos.
Não tinha percebido que comecei a pender para o lado quando Kay me segurou.
— Meu bem, está me ouvindo?
Pisco e o olho.
— Desculpe... Acho que estou um pouco cansada. - murmuro e ele me oferece os braços abertos que me arrasto e aceito.
Ele está quente e quando me deita em seu colo parece o lugar perfeito para dormir.
— Desculpe não tê-la protegido. - ele sussurra em meu cabelo.
Esfrego minha bochecha em seu peito.
— Você está sempre comigo... Não se desculpe, eu quem devo agradecê-lo.
— Ah Verity... - ele me aperta suavemente e ficamos assim por um tempo e quando começo a mergulhar no profundo sono sou despertada por um burburinho.
— Ela precisa descansar, me dê.
— Ela está descansando, você vai acorda-la.
Abro os olhos e vejo Gabriel na porta, me aconchego mais em Kay.
— Não quero entrar.- suspiro.
— Gostaria de dormir no meu quarto?-Kay pergunta suavemente e concordo.
Por entre os cílios vejo a mão de Gabriel virar um punho mas ele não se move.
— Pois bem. - ele se vai novamente.
Me sinto ser erguida e Kay me tem em seus braços, não vejo muito mas logo sinto a cama macia embaixo de mim.
— Não te preocupe, ele não virá importunar você. - a voz suave de Kay me faz sorrir um pouco.
— Pode ficar aqui?
Ele não diz nada e deita na cama me puxando para o seu braço.
— Sabe... Sei que sou o outro que você procura quando não quer ver ele...
Olho para Kay.
— Kay ...
Ele põe o dedo em meu lábio.
— Sempre te amei Verity, acho que sempre será assim, dói é claro mas saber que me quer de alguma forma e confortante.
Seguro a mão dele.
— Amo-te, você está no meu coração Kay. - digo e aperto sua mão. - Infelizmente não como aquele maldito homem mas... Me desculpe por te amaldiçoar assim.
Ele sorri tristemente.
— Não temos culpa do destino, seu carinho é suficiente para mim. - ele beija minha testa. - Posso não ser uma máquina de matar mas daria minha vida por você.
Me agarro a ele e ele me aperta de volta, um sono tão confortável que pego no sono rapidamente, ouvindo seu coração.
Em outro cômodo, na mesma noite
MelanieJá é tarde e Gabriel está sentado na cozinha com uma caneca tão grande de café que não pode ser saudável, pelo jeito que sua mão treme deve estar fora de si.
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Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)
RomanceDepois de ser casada contra sua vontade, abandonando um antigo amor, Verity se vê em um casamento difícil e anseia por libertar-se. Até que tudo muda com segredos nunca antes ditos, e o coração dela passa a estar em constante escolha. Bem? Mal? Fid...