Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)

27

MELANIE

É bem cedo quando bato incessantemente na porta do quarto da frente, espero ter acordado o meliante.

Quando a porta se abre infelizmente ele já está vestido e parece muito bem, passo por ele e vejo que o quarto ainda parece meio bagunçado com as coisas de Verity.

— O que você quer? - pergunta seco.

Sei que não é lá grande fã meu, e não ligo.

— Que ideia foi essa de dizer aquelas coisas para Verity?

Ele revira os olhos.

— É isso? Pode sair.

— Escuta aqui seu demônio - caminho até ele e coloco o dedo em seu peito de maneira acusadora e ele tenta me intimidar com aqueles olhos perversos mas não me mete medo algum. - Farei questão de que Kay venha e leve ela embora, vão casar-se e jogar essa merda de aliança que deu a ela no esgoto, virar a página e fingir que você foi um sonho ruim, por que é isso que você merece, ela tenta ser tão boa para você e você não é capaz de dizer algo bom! Você é podre.

Minhas palavras parecem incomoda-lo de certo modo.

— É isso que ela te disse que vai fazer?

— Que importa o que ela disse? Não é como se um infeliz como você ligasse. - digo ríspida. - Que você não gosta dela já sabíamos todos mas caso não tenha notado ela gosta de você para a infelicidade dela.

— Ela quer ir embora, agora ela pode ir, não é o final feliz que todos queriam? - ele fecha a porta e está irritado. - Por que está vindo aqui esfregar isso na minha cara Melanie? Caralho se me odeia tanto por que não me deixa em paz e casa aquela mulher de uma vez com aquele homem!

Ele parece um animal ferido, andando acoado pelo quarto.

Sorrio.

— Não queria que ela fosse embora não é? - cubro a boca para não rir mais. - Maldição, você gosta dela mais do que finge que não.

Ele me olha como se me fuzilasse com os olhos.

— Que te importa?

— Me importo com o que ela quer, e vê-la chegando naquele estado me parte o coração, ainda mais por um homem como este. - digo gesticulando para ele. - Tu não vale nem o espirro de um rato mas para ela vale de alguma coisa e dizer a ela que não precisa dela... Jogo baixo.

Ele se senta na poltrona do outro lado do quarto e passa a mão pela cabeça, claramente perturbado.

— Ela quer aquele homem e não sou aquele homem nem irei fingir ser!

— Aquele homem não está aqui, você está, por que é tão imbecil? - bufo e me sento na cama. - Ela está confusa Gabriel, mas está te dando chances, depois de tudo que fez com ela, ela ainda chora por não poder te ter por perto, só um animal não perceberia que isso é mais que paixão.

Ele me olha em silêncio.

— Sei que você é um troglodita que não sabe demonstrar que gosta de alguém e provavelmente só a está dando um sexo decente que nunca quis dar antes, não sei porque, mas ela vê algo em você e não é nuance de outro homem. - Digo seguramente. - Mas como está magoada e é orgulhosa, não me admira que ela sorria para qualquer homem que a cortejar nesse hotel e tire a aliança, e eu vou encoraja-la!

— Se isso a fizer feliz...

— Está testando minha paciência Gabriel, sabe o que a fará feliz pelo amor de deus! - Digo me levantando. - Quer mesmo vê-la nos braços de outro homem o chamando de meu amor?

— Ela não me chama assim há anos, talvez tenha me chamado assim apenas umas duas vezes...

— E acredite, vai gemer bastante o nome desse outro homem.

Ele grunhe incomodado e sorrio.

— Adoro teu sofrimento, admito mas ela estar com outro homem pensando em tu seria um sofrimento para ela, sejamos práticos e recupera tua esposa está bem? Se não empurro ela sem dó para qualquer bom partido que aparecer, e se Kay for o que mais te incomoda, será ele o favorito.

— Você é uma maldita. - resmunga de cabeça baixa.

— E você não dormiu nada pensando na má decisão que teve, devia me agradecer. - digo e abro a porta saindo.

Talvez isso o faca refletir um pouco.