Meu cavaleiro sombrio (Darkstory +18)

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Melanie

Quando o telefone tocou me pegou de susto, já havia dias que não recebia mensagens de Verity nem de Gabriel.

Mas infelizmente as notícias não foram boas, e como uma amiga e confidente deles, não pode deixar de abandonar meu crochê para ir ajudar, sei que Teddy entende, afinal nos envolvemos nisso há muito tempo atrás, graças ao meu sexto sentido para assuntos delicados quando flagrei o monstrinho carregando sacos de lixos suspeitos que pingavam algo que não poderia ser groselha.

Chegando na casa de Kay sou recebida pela empregada, como se chamava mesmo? Missy, que parece aliviada em me ver até, desde minha última visita.

Um sorriso curto foi suficiente para cumprimenta-la e me metendo sala a dentro quase sou enganada pela semelhança da irmã de Verity com ela, a menina é realmente idêntica.

— Melanie, seja bem-vinda. - Kay me cumprimenta do canto da sala, vejo que todos estão abatidos e em especial o pobre diabo que está sentado na poltrona com aqueles olhos perdidos e violentos.

— Obrigada. - digo simplesmente e paro em frente a Gabriel. - Podemos falar um minuto?

Ele se levanta e anda em silêncio e eu o acompanho, acabamos na calçada alguns quarteirões da casa.

— Como ela está? Foi tão afoito que não entendi bolhufas. - começo.

— Mal, não entende o que falamos direito e só dorme. - ele me olha de maneira desesperada. - Não sei o que fazer.

Suspiro.

— E como isso aconteceu?

— Foi atacada em um restaurante.

Passo a mão pelo rosto.

— E onde porra você estava?

— Deixei Versália com ela para fazer compras, estava procurando mais informações da temporada que iríamos... Achei que ele poderia protegê-la, mas Versália quem se atracou com a maldita.  - ele perde a voz no final e volta ao torpor inicial.

— Que droga Gabriel, a única desculpa para tolerar você é protegê-la e deixou nas mãos dele?

— Não era você quem iria casa-la com aquele pedaço de merda?-ele dispara nervoso.

— Não me venha com churumelas. -grunho e ponho o dedo no peito dele. - Isso é culpa sua porra, ela é uma menina apaixonada e não sabe se defender e sabe disso, já salvou ela várias vezes, essa é a tua obrigação.

Ele fica em silêncio, desde muito acaba me ouvindo, as vezes fica insano mas já me acostumei com o tipo.

Sabendo de todos os seus segredos, mantendo isso até mesmo para a proteção de Verity, ele é obrigado a me tolerar, mas desconfio que até goste de me ter por perto, se não por que teria pedido que viesse?

— E o que vou fazer?- ele repete .

— Bom, a tal Versália parece um monstrinho como tu, pelo que me diz.

— Ou mais como Verity. - ele ri sem graça.

Despenso o comentário com um aceno de mão.