≈Capítulo 49≈

4 0 0
                                    

✴️Tirano✴️


Num instante, Yin Ci considerou muitos planos alternativos.

Por exemplo, primeiro levando todos para escapar, depois pedindo para outra pessoa levá-lo ao Templo Jianchen. Contanto que ele fornecesse recompensa suficiente, encontrar uma criança ignorante e inocente que não entendesse ganância, ódio e ignorância ou uma pessoa velha com desejos fracos não deveria ser difícil.

No entanto, a ideia de se aproximar de um estranho deixou Yin Ci desconfortável por completo. Por outro lado, se os monges vissem que seu líder de seita estava preso fora da montanha, eles provavelmente suspeitariam de qualquer um da Seita Kushan. Eles eram todos monges eminentes com olhos observadores, então não seria fácil para ele perguntar livremente enquanto fingia ser um discípulo.

Yin Ci baixou os olhos.

Se ele pensasse nisso ao extremo, esse assunto não seria inteiramente sem solução. Mas ele instintivamente resistiu a mais contemplações. Tendo vivido por tanto tempo, Yin Ci não mais se enganava.

Ele não queria desistir de Shi Jingzhi.

A mão de Shi Jingzhi tremeu, como se estivesse envolta no vento frio da noite anterior. Mesmo que ele tivesse atacado enquanto sonhava profundamente, Shi Jingzhi ainda segurava sua outra mão vagamente, como se estivesse procurando a mão de seu discípulo.

Eu não vou te decepcionar.

Muito bem.

Yin Ci soltou Shi Jingzhi, e a escuridão vazia mais uma vez o engolfou. Desta vez, ele não entrou em pânico; em vez disso, um sorriso apareceu em seu rosto. Todas as preocupações se foram, e ele cortaria a bagunça emaranhada com uma lâmina afiada.

Se Yan Qing e Su Si ousassem vazar qualquer informação, ele os mataria. Pelo menos por hoje, ele não desistiria de Shi Jingzhi.

Ofereceram- lhe um pêssego de madeira e ele retribuiria com jade precioso *. O tempo passou, e ele quase esqueceu esse sentimento.

*Este verso vem de um famoso poema chinês “Papaya” do Livro das Canções de Wei Fang. A ideia transmitida é de reciprocidade e apreciação da generosidade. Neste caso, Yin Ci recebeu um presente humilde (a afeição de Shi Jingzhi) e retribuiria com extravagância (revelando parte de seu verdadeiro poder para salvar a vida de Shi Jingzhi).

Yin Ci agarrou firmemente a Espada das Sombras Pendurada, mas não a sacou. Ele lentamente liberou seu qi, e a sede de sangue pesada instantaneamente envolveu toda a cena, fazendo até mesmo as Borboleta Gananciosas no ar pararem por um momento.

O qi estava misturado, mas claro. Sob a sede de sangue avassaladora, Yan Qing e Su Si não ousaram se mover. Shi Jingzhi, que estava tropeçando montanha abaixo, parou seus passos e se virou.

Uma sensação familiar de opressão emanava de Shi Jingzhi, encontrando a intenção assassina de Yin Ci de frente. Comparado ao tempo na Vila Yuanxian, havia uma pitada de queixa infantil nessa aura.

As duas forças se chocaram, sacudindo a terra, agitando as escamas da superfície do lago e assustando inúmeros pássaros na floresta.

“Shi Jingzhi, eu não gosto de perturbar sonhos pacíficos. Estou apenas levando você para a montanha, então aguente por enquanto.”

Quando eles saíram da Tumba Fantasma, Shi Jingzhi havia comprado para ele uma bainha feita de madeira de âmbar-gris. A madeira de âmbar-gris carregava uma fragrância tênue e calmante que podia acalmar a mente. Yin Ci sabia que a raposa tinha um nariz afiado, e essa bainha provavelmente agia como uma corda invisível, servindo como um marcador para encontrar seu discípulo.

Sending the Divine PT Onde histórias criam vida. Descubra agora