• Víbora •
Foi de seis horas que os três foram embora, falando que voltariam semana que vem, pra trocarem mais algumas ideias sobre o que vamos fazer contra o Cascavel.
Eu estava tão anciosa que nem conseguir dormir direito eu estava.
Fiquei deitada na parte da frente do barco por maior tempão, só olhando a lua cheia e algumas estrelas que apareciam no céu.
Fazia tanto tempo que eu não via isso, só ficava olhando para aquele teto sujo do galpão, ou para as paredes imundas.
Deu oito da noite, quando eu já estava jantando, vi um barco pequeno se aproximando cada vez mais do barco aonde eu estava.
Só fiquei ali na janelinha observando aquilo com a arma do lado pra qualquer bagulho.
Estava escuro, e só a luz da lua refletia ali, junto com algumas luzes do barco.
Só ouvi o barulho de algo caindo na água, e fui pra parte de trás do barco com a arma na mão.
Fiquei esperando por algo, e nada. Eu já estava nervosa, e confesso que começando a ficar com medo também.
Eu estava sozinha aqui, e era isso que é foda. Se fosse alguém querendo me machucar, ou eu matava de primeira, ou eu já estava morta.
Quando algo pulou na parte de trás do barco com tudo, eu dei um pulo, e atirei na direção do barulho, só ouvindo alguns murmuros.
Quando finalmente ver quem era ali, eu xinguei baixinho, deixando a arma de lado.
Víbora: Por que não avisou que vinha?
— Cruzei os braços, me aproximando dele.KL deu de ombros, e passou a mão pela perna que sangrava um pouco. O tiro que dei acho que tinha pegado de raspão ali.
KL: Tu é maluca, mano. Podia ter me matado nessa porra, doidona. — Me olhou, como sempre de cara fechada.
Víbora: Pensei que era um doido querendo me fazer mal. — Suspirei, e entrei pra cabine do
barco.Procurei algo pra ajudar ele com o machucado, mas não encontrei nada. KL só amarrou a camiseta na perna, e se levantou, entrando ali
também.Víbora: E ai, veio me trazer novidades? — Me sentei no banco ali, e ele sentou ao meu lado.
KL: Fizeram o exame lá pra ver se aquele corpo era teu, e fiz o teste dar positivo. Cascavel e Tigrão agora já pensam que tu tá morta. — Falou, e eu já dei aquele sorrisão.
Víbora: Quando vou poder voltar?
KL: Final de semana que vem vai ter uma reunião do PCC com as facções aliadas. Tu vai ir nessa reunião. — Me olhou. - Não vai mais voltar como minha mulher, e sim como a fiel de uns dos chefes do ADA.
Suspirei alto, sorrindo igual a uma boba, e naquele momento senti uma felicidade tão grande por saber que a hora deles já estavam chegando.
Sei que muitos devem achar que fazer uma vingança não vai te levar a nada, mas eu já acho ao contrário, vai te levar a algo sim!
Com a vingança tu pode fazer a pessoa que te machucou, sentir na pele o que tu passou, tentar mostrar pra ela um pouco do que você sofreu, e em outras diversas formas mostra como a vingança na maioria das vezes é maravilhosa.
KL: Tu já sabe como vai matar aqueles dois?
— Cruzou os braços, me olhando todo sério.Víbora: Não. Na hora eu só vou deixar o ódio me levar. — Suspirei, e ele balançou a cabeça confirmando.
Eu não tinha ideia de como matar eles, mas uma coisa eu já sabia e era certa... Eles vão sofrer pra caralho na minha mão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
PCC - Primeiro Comando da Capital.
Fanfiction"Foi no meio de tanto ódio, que eu nasci, e lá eu aprendi que se você não mata, é tu que morre. Que se você não pisar no outro, tu não acaba chegando ao topo. E o bagulho sempre vai ser você por você, por que se depender dos outros, tu nunca irá sai...