• Luana •
Enquanto eu aguardava na sala, meu coração estava acelerado, ansioso pelo confronto que se aproximava.
A casa tinha um ar simples e acolhedor, e a visão daquelas crianças brincando me fez lembrar ainda mais do meu próprio filho.
O contraste entre a alegria inocente das crianças e o motivo pelo qual estávamos ali era doloroso.
A mulher, ainda visivelmente nervosa, nos ofereceu um café, que recusamos educadamente.
Eu estava longe de pensar em conforto; minha mente estava focada na única coisa que importava naquele momento: encontrar o TN e obter as respostas que precisávamos.
A sala era pequena, com um sofá velho e uma mesa de café central.
A mulher se acomodou, olhando para a porta com uma expressão de expectativa e medo.
Eu podia sentir a tensão no ar e, ao mesmo tempo, uma pequena esperança de que tudo se resolvesse da melhor forma possível.
Víbora estava firme e determinada. Ela fez questão de manter a calma, mas eu via o brilho de frustração em seus olhos.
Ela sabia o quanto isso significava para mim e, por isso, estava dando o máximo de si para que as coisas saíssem como planejado.
Víbora: Pode ficar tranquila, a gente só quer conversar. Se o TN colaborar, tudo vai ficar bem. — Olha para a mulher, tentando acalmá-la.
A mulher acenou com a cabeça, e o silêncio tomou conta da sala por alguns minutos.
O barulho das crianças brincando parecia mais alto do que o normal, e eu tentei focar nisso para manter minha mente longe do turbilhão emocional que me assolava.
Finalmente, ouvimos um barulho de passos vindo do corredor.
O TN entrou na sala, com uma expressão de surpresa misturada com um toque de medo.
Quando seus olhos se encontraram com os nossos, eu percebi o quanto ele estava nervoso.
TN: O que vocês querem de mim? — Olhou para a Víbora e para mim, seu olhar era de desconfiança.
Víbora: Precisamos conversar sobre as gravações das câmeras do morro. Sabemos que você tinha acesso a elas e queremos saber se você ainda tem alguma cópia ou se sabe onde elas estão. — Fez um gesto para ele se sentar na cadeira oposta a nós.
TN: Olha, eu não sei se vou conseguir ajudar vocês. Aquelas gravações foram removidas há muito tempo. — Olhou para a mulher ao seu lado, e depois para nós, visivelmente hesitante
Víbora: Não queremos complicar mais as coisas para você. Se você puder colaborar, vamos garantir que nada de ruim aconteça com você ou com a sua família. — Seu tom era firme, mas calmo.
TN: O que exatamente vocês querem saber?
— Parecia ponderar sobre as palavras de Víbora.Luana: A gente só precisa dessas gravações. São provas cruciais para acabar com alguém que fez muito mal para muita gente. Por favor, ajude a gente. — Interveio com um tom de voz baixo, quase implorando.
O TN parecia estar lutando com sua consciência. Finalmente, ele suspirou, um sinal de rendição.
TN: Eu não tenho mais as gravações comigo, mas sei onde elas podem estar. Um antigo colega de trabalho as guardou antes de eu sair. Vou te dar o contato dele.
— Olhou para a VíboraVíbora: Certo, isso é um bom começo. Anote o contato e me passe agora mesmo. — Fez um gesto afirmativo, aliviada.
O TN se levantou, foi até uma mesa no canto da sala e começou a anotar o contato em um pedaço de papel.
Enquanto isso, eu olhei para a mulher, que estava com os olhos cheios de lágrimas, e dei um sorriso encorajador.
Ela ainda estava preocupada, mas parecia estar aliviada por ver que a situação estava se encaminhando para um desfecho.
Depois de entregar o papel com o contato, o TN se sentou novamente, e a tensão na sala foi diminuindo. Eu sabia que a parte mais difícil ainda estava por vir, mas pelo menos tínhamos um novo caminho para seguir.
Víbora: Obrigada pela cooperação. Vamos tentar resolver isso o mais rápido possível.
— Agradeceu ao TN e à sua esposa, e nos levantamos para sair.Com o contato em mãos, voltamos para o carro.
O peso dos últimos dias parecia um pouco mais leve, mas ainda havia muito a fazer.
A esperança estava renovada, e eu estava determinada a levar essa luta até o fim, não apenas para mim, mas para todas as vítimas do Cascavel.
Conto com vocês 💗
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PCC - Primeiro Comando da Capital.
Fanfiction"Foi no meio de tanto ódio, que eu nasci, e lá eu aprendi que se você não mata, é tu que morre. Que se você não pisar no outro, tu não acaba chegando ao topo. E o bagulho sempre vai ser você por você, por que se depender dos outros, tu nunca irá sai...