• Víbora •
A cada dia que passava eu fica mais animada pra chegar quinta feira, e quando chegou...
Mermão eu já tava com tudo pronto pra invadir aquela porra e fazer o inferno lá.
Não estava com uma tropa muito grande, até por que não ia tomar o morro agora, e na moralzinha....pra tomar aquela porra seria uma luta do caralho, por que querendo ou não o PCC é forte pra porra, e não deixaria tomar a favela assim tão fácil.
Hoje eu só queria colocar fogo em algumas bocas e já era. O prejuízo iria vir feio e
pesar pra Cacete nas costas do Cascavel.Iria fazer tudo isso na calada, sem chamar muito a atenção mesmo. Só iria separar a tropa que veio comigo em alguns grupos, um indo pra cada bica e botar fogo em tudo.
Tava ligada que uma tropa do caralho tinha ido com o Cascavel pro Heliópolis defender a favela com a susposta invasão que teria lá.
Vão ficar de otários esperando eu chegar naquela porra.
Estava com o Marquinhos no carro, falando com o TK pelo rádio. Ele estava ajudando a gente a subir sem chamar a atenção, pra não foder tudo.
Quando chegamos perto da favela, Marquinhos deixou o carro meio longe da entrada.
Peguei as mochilas com os galões de gasolina, e dei duas pro Marcos, ficando com mais duas ali.De longe eu já vi os olheiros nas lajes das casas, mas nem liguei, o máximo que eles poderiam fazer é tentar barrar a gente, mas iria dar merda pro lado deles por conta do Marcos ser aliado e tudo mais.
Marquinhos: Vai passando reto e nem olha pra eles lá em cima. — Falou, vindo para o meu lado.
Eu fiz o que ele mandou, e passei ali plena pelos olheiros, entrando naquela favela. Ouvi os barulhos dos radinhos e já saquei que o Cascavel já devia estar sabendo que eu estava aqui.
O resto dos caras que vieram com a gente tudo tinham entrado pelas laterais e por outros lugares sem serem vistos.
Já era de madrugada, umas 3 da manhã, então não tinha muita gente ali na rua, na verdade não tinha ninguém passando pelas ruas.
Quando chegamos perto da boca, vi que tinha alguns vapores do Cascavel ali, mas quando me aproximei mais, vi um outro grupinho de vapores gritando eles que saíram correndo na direção dos caras.
É isso que dá não ter funcionário dedicado!
Eu e o Marcos passamos correndo pra dentro da boca, mas quando entramos na salinha, tinha um cara ali dentro mexendo nas drogas.
Ele olhou assustado pra nós, mas nem teve chance de ter reação e o Marcos já foi dando um mata leão nele até o cara desmaiar.
Víbora: Leva ele lá pra fora enquanto eu vou jogando a gasolina aqui.
Ele concordou e foi saindo dali. Abri as mochilas pegando os galões, e fui jogando por tudo ali. Molhei todas as drogas, armamentos, e tudo o resto.
Antes de colocar fogo em tudo, eu peguei o lucro todo que tinha ali e coloquei dentro da minha mochila.
Sou louca sim, mas não a ponto de queimar dinheiro desse jeito.
Marcos entrou ali, e disse que tinha jogado o cara em um beco meio afastado daqui pra não acabar sendo queimado também.
Vim aqui pra foder com o Cascavel e não matar pessoas "inocentes".
Marquinhos espalhou mais gasolina, e depois me deu o fósforo.
Acendi um e antes de jogar olhei bem pra tudo aquilo e sorri de lado, soltando o fósforo.
Na hora o fogo subiu, e meu sorriso cresceu.
Peguei a mochila com dinheiro e sai correndo dali junto com o Marquinhos.Eu dava risada igual a uma louca enquanto saia daquela favela, e sentia meu coração pulando de felicidade ao saber da merda que daria pro Cascavel com isso tudo!
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PCC - Primeiro Comando da Capital.
Fiksi Penggemar"Foi no meio de tanto ódio, que eu nasci, e lá eu aprendi que se você não mata, é tu que morre. Que se você não pisar no outro, tu não acaba chegando ao topo. E o bagulho sempre vai ser você por você, por que se depender dos outros, tu nunca irá sai...