• Víbora •
Fiquei encarando o KL serinha, enquanto ele fumava e ficava olhando para o teto daquele galpão.
Esse homem era muito do misterioso, sempre escondendo as coisas, e mesmo se você olhar nos olhos dele tu não consegue advinhar o que ele pensa, ou o que ele sente.
É estranho!
Ele já estava aqui fazia um tempão, e não falou nada desde então. Eu que não vou falar nada, não quero levar esporro ou algo do tipo.
Mas carai, não me aguentei, tive que falar com esse cara.
Víbora: Qual foi, KL? Veio me falar o por que está me ajudando? — perguntei, e ele logo me encarou.
KL: Pô, tu odeia mesmo teu pai, né?
Víbora: Eu já disse que sim, cara! Meu Deus... — bufei, e me ajeitei ali naquele colchão.
KL: Vou te ajudar a acabar com ele...
— murmurou, e na mesma hora eu parei, encarando ele seria.Víbora: Como assim, KL...?
KL: Eu vou te tirar daqui, e nós vai acabar com ele... e com o Tigrão.
Eu dei um sorrisão do caralho, e no impulso me levantei se jogando em cima ele. Abracei ele bem apertado, e senti meus olhos se enchendo de lágrimas.
Víbora: Obrigada...obrigada.. — apertei ele, e logo senti as mãos dele na minha cintura, apertando um pouco.
KL: Nós vai m***r esses vacilão, pô...
— murmurou bem próximo ao meu ouvido, e meu corpo reagiu se arrepiando todo.
Suspirei meio ofegante e tentei sair do colo do KL, mas ele segurou firme minha cintura, me impedindo de sair dali. Engoli em seco, e encarei os olhos dele, que são sem brilho algum, mas hipnotizam qualquer um.A mão grossa dele foi descendo pela a minha coxa bem devagar, e cada vez mais eu me arrepiava, sentindo minha respiração falhar.
Fazia anos que eu não sentia isso, o corpo todo arrepiado com apenas um toque. E fazia anos que também não sentia...tesão, e vontade de transar com alguém. Vontade de transar com o KL.
Quando ele chegou com a mão na minha virilha, a porta ali do galpão foi aberta com tudo. Dei um pulo do colo dele, e me joguei no colchão novamente.
Tigrão entrou ali nos olhando estranho, e veio se aproximando de nós devagar.
Tigrão: Qual foi, KL? la comer essa piranha ai também? — cruzou os braços, com um sorrisinho nojento no rosto.
KL: Te interessa essa porra mermão?
— encarou ele todo serinho, e eu segurei a risada. — Se é loco, viaja demais... Mas, pô, qualé, brotou aqui por que?Tigrão: Vim ver essa cachorra ai. — me olhou, e eu me segurei o máximo pra não revirar os olhos. — Saudade dessa xota.
Fechei meus olhos, respirando fundo, e a minha vontade ali era de pegar a fuzil do
KL e meter tiro no cú desse desgraçado.KL: Tu não vai mais tocar nela não, pô. Tá proibido essa parada ai.....aliás, sempre foi...
Tigrão: Tu é um dos chefes, mas tem que se ligar, KL. Sou mais forte que tu, tudo o que eu falo, tu tem que engolir calado.
KL: Os integrantes do "Partido" têm que dar bom exemplo a ser seguido e, por isso, o Partido não admite que haja: assalto, estupro, e extorsão dentro do sistema... — falou um dos mandamentos do comando, e eu sorri de lado.
Tigrão: Essas porra não vale mais de nada desde que o Cascavel assumiu o comando da
facção, então KL, é melhor tu fechar a porra da boca, e sair desse caralho.KL: Não vou sair daqui não, pô. E o Cascavel tá ligado que eu proibi de estuprarem ela.
— balançou a cabeça em minha direção.Tigrão bufou, e saiu dali puto. Sorri de lado, e encarei o KL novamente.
Vibora: Obrigada...de novo.... Ele apenas balançou a cabeça, e saiu dali também. Me deitei no colchão e dei um gritinho de felicidade.
porra, não tava acreditando que o KL iria mesmo me ajudar, caralho. Finalmente minha vingança iria vir...
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PCC - Primeiro Comando da Capital.
Fanfic"Foi no meio de tanto ódio, que eu nasci, e lá eu aprendi que se você não mata, é tu que morre. Que se você não pisar no outro, tu não acaba chegando ao topo. E o bagulho sempre vai ser você por você, por que se depender dos outros, tu nunca irá sai...