• Víbora •
A frustração era quase palpável. Eu sentia o peso da responsabilidade sobre meus ombros.
A falta daquela gravação era uma barreira enorme para garantir que Cascavel pagasse pelo que fez.
Enquanto tentava extrair mais informações de Tales, eu me perguntava se havia alguma maneira de ainda conseguir o que precisávamos.
Víbora: Você tá dizendo que não tem nem uma pista de onde essa gravação possa estar? — Olhei para Tales com uma mistura de raiva e desespero
Tales: Eu juro, eu não sei. Quando voltei, o lugar estava vazio, tudo tinha sumido.
— Negou com a cabeça, visivelmente constrangidoDR: E o cara que estava lá com você, ele ainda está por perto? — Interrompeu com um tom incisivo.
Tales: Não sei. Na época, ele estava lá, mas não faço ideia do que aconteceu com ele depois. — Fez uma careta, claramente desconfortável.
A mulher de Tales estava visivelmente agitada, tentando manter a calma enquanto ouvia a conversa. Ela levantou-se novamente, caminhando nervosamente pela cozinha.
- Olha, se tem algo que eu posso fazer para ajudar, por favor, me diga. Não queremos problemas para a nossa família. — A mulher de Tales fala Tentando intervir.
Eu me mantive em silêncio, absorvendo cada palavra. O pensamento de ter perdido nossa única chance de conseguir a gravação me consumia.
A necessidade de encontrar uma solução estava tomando conta de mim.
Víbora: Não vamos desistir. Se essa gravação não está com ele, precisamos procurar em outro lugar. Vamos ver se conseguimos alguma pista com o contato que ele mencionou.
Se Tales não tinha a gravação, talvez o contato dele pudesse nos levar a ela. Precisávamos tentar todas as possibilidades.
Víbora: Precisamos do nome e do contato dessa pessoa. Não temos mais tempo a perder. — Voltei a me dirigir a Tales, com uma expressão firme.
Tales hesitou por um momento, mas acabou cedendo e anotou o nome e o número de telefone de seu antigo colega de trabalho.
Passou o papel para mim, que o peguei com uma expressão de alívio misturada com urgência.
Víbora: Agradeço pela colaboração, mesmo que tenha sido difícil. Vamos seguir com isso.
— Olho para o papel e então para Tales.Eu e DR começamos a se preparar para ir atrás do contato que Tales mencionou. Enquanto isso, Luana se aproximei da mulher de Tales.
Luana: Se precisar de qualquer coisa, entre em contato. Não queremos causar mais problemas para vocês. — Sussurrou para ela, tentando transmitir alguma forma de esperança
A mulher acenou, com um olhar de compreensão e gratidão.
Com o contato em mãos, nós três saímos da casa e entramos no carro novamente.
A atmosfera no veículo estava carregada de tensão, mas havia uma sensação de determinação renovada.
Eu sabia que não podia deixar que a frustração tomasse conta; precisava me manter focada e encontrar uma solução.
Peguei o telefone e começou a ligar para o contato que Tales nos forneceu. A espera parecia interminável, mas cada segundo era crucial.
Finalmente, após o que pareceu uma eternidade, a ligação foi atendida.
📲LIGAÇÃO ON
Víbora: Olá, meu nome é Víbora. Recebemos seu contato de um antigo colega de trabalho, Tales. Precisamos conversar com você sobre algumas gravações importantes. Pode nos ajudar? — Falei com um tom de voz firme e direto.
📲LIGAÇÃO OFF
A ligação foi um fracasso total definitivamente estávamos sem nada novamente.
As gravações não pegavam a entrada daquele beco, ou seja, estávamos na estaca zero.
A frustração crescia dentro de mim como um veneno, se espalhando por cada célula do meu corpo.
Eu sabia que o depoimento das meninas era importante, mas no nosso mundo, palavra contra palavra não valia nada se não tivesse uma prova concreta pra sustentar.
Cascavel, maldito desgraçado, sempre soube como manipular tudo a seu favor.
Ele era esperto, sabia onde as câmeras não chegavam, e foi exatamente lá que ele atacou.
Eu só conseguia pensar em como ele sairia ileso mais uma vez se não conseguíssemos essa prova. Aquelas meninas não mereciam isso, a Luana não merecia passar por isso de novo.
A situação era desesperadora. Sem essa gravação, não tínhamos nada.
Eu podia sentir o peso de todas as decisões erradas e o quanto elas estavam custando.
Eu estava de volta à estaca zero, e isso era insuportável. Não tinha como aceitar que ele continuasse a andar por aí, se sentindo invencível, enquanto o trauma e a dor das vítimas permaneciam vivos.
Eu respirei fundo, tentando manter a calma. Precisava pensar, precisava encontrar outra forma de pegar aquele desgraçado.
Porque uma coisa era certa: eu não ia desistir até ver Cascavel pagar por cada uma das merdas que ele fez.
Conto com vocês 💗
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PCC - Primeiro Comando da Capital.
Fanfiction"Foi no meio de tanto ódio, que eu nasci, e lá eu aprendi que se você não mata, é tu que morre. Que se você não pisar no outro, tu não acaba chegando ao topo. E o bagulho sempre vai ser você por você, por que se depender dos outros, tu nunca irá sai...