• Víbora •
Não conseguia ver muita coisa, até porque a fumaça vinha com tudo na minha cara, mas quando eles entraram em uma avenida e a fumaça acabou, KL acelerou mais, e eu continuei atirando.
Já tinha estourado o vidro de trás do carro deles e estava mirando nos pneus, mas não conseguia acertar porque eles estavam em zig-zag.
KL começou a gritar alguma coisa, mas eu nem conseguia entender direito por causa do barulho dos tiros. Quando as balas do fuzil acabaram, voltei para o banco, ofegante.
KL: PASSA A ARMA — Gritou apontando para a pistola ao meu lado.
Sem hesitar, entreguei a pistola para ele enquanto ele acelerava ainda mais, tentando se manter ao lado do carro do Tigrão.
Marcely continuava a atirar, mas seus tiros eram cada vez mais desesperados. Vi seu rosto contorcido de medo quando percebi que nossa perseguição estava mais próxima do que ela esperava.
Tigrão estava concentrado em dirigir, mas podia ver a tensão em seus olhos pelo retrovisor.
KL conseguiu alinhar nosso carro ao lado deles novamente, e a essa altura, estávamos praticamente colados. O som dos pneus gritando no asfalto e o cheiro de queimado encheram o ar.
KL: Agora é a nossa chance — Disse com determinação, jogando o carro contra o deles.
O impacto fez os dois veículos sacudirem violentamente, e vi a expressão de terror nos rostos de Tigrão e Marcely.
Segurei firme a arma, mirando mais uma vez. A adrenalina corria em minhas veias, e o ódio que sentia por aqueles dois me dava uma precisão mortal. Tigrão tentou nos despistar, mas KL não deixou.
Finalmente, consegui acertar um tiro certeiro no pneu traseiro deles. O carro de Tigrão perdeu o controle, derrapando e batendo contra uma barreira de concreto.
KL freou bruscamente, e antes que o carro deles pudesse parar completamente, já estávamos saindo do nosso, prontos para o confronto final.
Tigrão saiu cambaleando do carro, com o rosto machucado, enquanto Marcely tentava levantar, atordoada.
Não dei tempo para eles se recuperarem. Com a arma em punho, caminhei em direção a eles, o som dos meus passos abafado pelo pulsar do meu coração.
Víbora: Acabou pra vocês — Disse com frieza, minha voz firme apesar da raiva.
Tigrão tentou se levantar, mas KL o chutou de volta ao chão. Marcely olhava para mim, o medo finalmente tomando conta de seu semblante.
Marcely tentou pegar uma arma caída perto dela. Sem hesitar, disparei, acertando sua mão e fazendo a arma voar longe. Ela gritou de dor, mas eu não sentia um pingo de pena.
Tigrão estava prostrado no chão, derrotado. A sensação de poder e vingança me consumia. KL mantinha a arma apontada para ele, e eu sabia que a decisão final era minha.
Abaixei-me até ficar cara a cara com Tigrão.
Víbora: Você vai pagar por cada lágrima, por cada traição — Sussurrei, o rosto dele a poucos centímetros do meu. - E não vai ter segunda chance.
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PCC - Primeiro Comando da Capital.
Fiksi Penggemar"Foi no meio de tanto ódio, que eu nasci, e lá eu aprendi que se você não mata, é tu que morre. Que se você não pisar no outro, tu não acaba chegando ao topo. E o bagulho sempre vai ser você por você, por que se depender dos outros, tu nunca irá sai...