• Víbora •
Um mês depois...
Eu tava no corre, revisando as fitas que o DR me trouxe. Eram mais de 70 meninas que o Cascavel tinha assediado ou abusado. A verdade é que eu tava chocada com esse tanto de mulher, um número absurdo.
Cascavel tinha que pagar, e pagar feio!
O Daniel já tinha ido atrás de algumas dessas meninas. Só que, no máximo, umas 15 delas topou ajudar contra o Cascavel no julgamento.
A maioria tava com medo, e eu entendi, então não fiquei insistindo. Mas 15 é um número bom o suficiente pra gente.
Quanto às gravações, a coisa tava feia. Pegamos imagens das lojas perto do beco, mas nada provava que o Cascavel tinha realmente abusado da Luana.
Isso tava me deixando puta, porque eu não podia chegar nos líderes sem provas concretas. Só com as testemunhas, não dava pra ir longe. Era a palavra de 15 garotas contra um cara que tinha um poder do caralho dentro da facção.
DR: Falta eu ir atrás de mais algumas meninas, e quando eu for, te aviso.
— Ele deu uma última olhada em mim antes de sair. - Já vou indo, ficar com a Luiza e com a Letícia de boa.Eu dei um aceno e respondi:
Víbora: Vai lá. Daqui a pouco o KL aparece aqui. — Fiz uma careta e ele me deu um beijo na bochecha antes de sair.
Me joguei na cama e peguei meu celular. Vi uma mensagem do PW dizendo que também estava vindo pra cá pra trocar uma ideia comigo.
Já fiquei meio preocupada, porque sabia que o KL estava chegando e os dois não se davam bem. O motivo, eu não fazia ideia, mas sabia que era algo sério.
O KL chegou com seus seguranças e deixou eles na porta do quarto antes de entrar. Fechou a porta atrás de si.
KL: Conseguiu as provas? — Perguntou, claramente frustrado.
Eu neguei com a cabeça e ele bufou.
KL: Porra, Víbora, nós precisa disso logo.
Víbora: Eu sei, KL. Eu tô atrás!
KL: Mas precisa adiantar. Cascavel já tá percebendo que tu tá armando alguma parada pra cima dele. Daqui a pouco o cara foge e tudo vai pra puta que pariu.
Víbora: Relaxa, cara. Já tô pensando em umas coisas aqui pra ir contra ele.
KL: Tá pensando no quê? — Cruzou os braços, me olhando com desconfiança.
Eu olhei pra ele, mas não sei o que me deu. Não quis abrir a boca pra contar o que tava pensando. Era estranho!
Quando fui inventar alguma desculpa, alguém bateu na porta do quarto, e o rádio do KL tocou.
O segurança informou que o PW tava na porta. Eu soltei um sorriso e suspirei aliviada.
Abri a porta e, assim que o PW entrou, ele me deu um selinho. Dei um sorriso surpresa.
PW: Tá bem, pô? — Perguntou, e eu balancei a cabeça. - Preciso trocar uma ideia contigo...
Ele olhou para o KL, e eu senti o ódio que ele tinha dele na hora. Caralho, não sabia o que tava rolando entre eles!
PW: Não sabia que ele tava aqui...
KL: Agora que sabe, tem como deixar nós conversar aqui primeiro? — Foi todo grosso.
PW: Ih, malucão, abaixa a bola aí.
— Fez uma careta, e eu quase ri com a cara do KL.Víbora: Se quiser ir embora já, KL. Outro dia a gente conversa.
KL olhou pra mim por um tempo, mas logo saiu, negando com a cabeça.
PW se sentou na cama e suspirou.
PW: Foi mal , mas não consigo confiar nele. Conheço o KL há um tempão, e ele sempre foi um filho da puta.
Víbora: Não confio muito nele, mas ele me ajudou em bastante coisa...
PW balançou a cabeça e eu me sentei ao lado dele. Estava curiosa, pensando que poderia ser algo sobre o Cascavel.
PW: Recebi provas concretas de quem matou meu pai, não foi o Cascavel... e sim o KL a mando do próprio!
Eu congelei. Meu coração disparou; a revelação foi um soco no estômago, e de repente, todas as certezas que eu tinha se desvaneceram.
O que restava era um turbilhão de dúvidas e incertezas assombrando minha mente.
Conto com vocês 💗
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PCC - Primeiro Comando da Capital.
Фанфик"Foi no meio de tanto ódio, que eu nasci, e lá eu aprendi que se você não mata, é tu que morre. Que se você não pisar no outro, tu não acaba chegando ao topo. E o bagulho sempre vai ser você por você, por que se depender dos outros, tu nunca irá sai...