Capítulo 35.

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• Víbora •

Já tinha colocado na minha cabeça que eu não precisava de macho algum pra conseguir o que eu queria.

Que eu não precisava do KL me ajudando em tudo pra eu conseguir derrubar o Cascavel.

Eu podia conseguir tudo sozinha, sem macho me ajudando e tudo mais. Sou uma mulher batalhadora, já passei por coisas horríveis sozinha, e não era agora que eu ia dar pra trás e deixar macho acabar com o que eu mais queria agora.

Já estava montando outro plano sozinha mesmo pra pegar o Tigrão no flagra de alguma coisa e fazer ele ir pra cobrança.

Tava pensando em pegar armamento, drogas e dinheiro das bocas lá de Paraisópolis e deixar tudo na casa dele e só mandar os caras irem lá ver, e pegar o vacilo.

Assim o cara ia se foder maneirinho, e eu só ia pedir pro Marcos dar um jeito de eu acabar com ele.

Tigrão era o primeiro da minha lista que eu ia mandar pro inferno. Ele e a Marcely se ela quiser continuar ao lado dele.

Marquinhos: Qual foi, cobrinha?! — Entrou no quarto, fechando a porta e vindo para o meu lado. - Tá bolando o que?

Víbora: Tô planejando a queda do Tigrão.
— Suspirei, deixando meu bloquinho de lado.
- Tava aonde em?

Marquinhos: Na casa da Sara. Trocando uma idéia maneirinha com ela e tudo mais.

Víbora: Ainda acho que isso daí vai dar casamento em. — Sorri de lado e ele ficou sem
graça. - Ih Marcos, tu com vergonha? Ala.

Ele deu risada e deitou na cama. Eu e o Marcos do nada construimos uma amizade tão foda, que eu me sentia bem ao lado dele já, quase como é com O DR.

Ele me falava sobre tudo o que ele fazia e acontecia na vida dele. E entre nós dois não rolava maldade, ou só as vezes que ele vinha tentando alguma coisa, mas o máximo que a gente já teve foi um beijo.

Vejo ele como um amigo só, e considero ele demais já.

Marquinhos: Parceira, sei de nada não.
— Riu de lado. - Mas e aí, vai botar esse teu plano quando em ação?

Víbora: Semana que vem já. — Deitei ao lado dele. - Tigrão é o primeiro que vou fazer questão de cantar pra ele descer pro inferno.

Marquinhos: Patroa pô, que isso... — Sorriu me olhando. - Quando tu assumir a facção essa porra só vai crescer, porque tu tem uma mente avançada pra caralho, mermã.

Víbora: Vou fazer essa facção crescer pra caralho, e vou botar ordem em tudo outra vez.
— Falei determinada, e ele piscou pra mim. - E não vou precisar de macho algum pra me ajudar nisso.

Marquinhos: É isso o que eu admiro em você..

Víbora: O que?

Marquinhos: Essa tua determinação nessa parada. Disposta a fazer tudo sozinha, sem a ajuda de ninguém pra não acabar se fodendo depois. — Falou, me olhando com um sorrisinho bobo no rosto. - Eu casaria contigo fácil vey, só pela mulher que tu é.

Víbora: Olha, paro em, paro. — Dei risada, e ele riu junto.

Marquinhos: Tá, mas fala tu aí... o que tu planeja pra fazer o Tigrão cair?

Foi contando tudo pra ele, cada detalhe do meu plano que eu já tinha imaginado, e ele só ali falando o quanto que eu era foda e tinha umas ideias mais foda ainda.

Realmente o Marquinhos era um cara do caralho, firmeza mesmo. E sinceramente? Não via problema em um dia acabar casando com ele também.

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