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Pov: Priscila Caliari

Saímos do quarto onde estávamos com nossa filha e fomos para o nosso quarto, um espaço mais reservado e tranquilo, para discutir a situação crítica que estava afetando minha facção. A conversa que precisávamos ter era delicada e urgente, e eu estava tomada por um medo profundo de que algo sério e imprevisível pudesse acontecer. O ambiente, agora mais privado, ofereceu o espaço necessário para abordar nossos receios e tentar encontrar uma solução. Enquanto falávamos, a ansiedade de cada um de nós se tornava mais evidente, e a preocupação com as possíveis consequências de nossos próximos passos era palpável.

Priscila: Amor, a polícia voltou a investigar a facção, parece que alguém nos traiu.

Beatriz coloca a mão em sua testa parecendo estar com medo e muito estressada pelo que está acontecendo.

Beatriz: Porra Priscila! Porque não deixa essa merda logo para alguém cuidar?

Priscila: Beatriz não é assim que funciona você sabe disso! Por favor, eu quero me acalmar agora, não sei o que fazer, não tenho pistas, assim que eu descobrir quem é o merda que está me traindo eu mesma mato.

Digo, puxando os cabelos da minha cabeça como uma forma de tentar conter o calor intenso que a raiva provocava em meu corpo. A sensação de frustração e desespero era tão grande que eu buscava, de alguma forma, aliviar o turbilhão interno, como se o ato físico pudesse ajudar a acalmar a tempestade emocional que me dominava.

Beatriz se levanta e puxa meu braço para um abraço intenso na tentativa de me acalmar, o que funcionou.

Beatriz: Promete pra mim que vai ficar tudo bem e que você vai conseguir reverter essa situação por favor.

Priscila: Eu prometo. Não quero que nossa filha esteja envolvida em nada disso, tá cada vez mais difícil dela não descobrir o que eu faço.

Beatriz: Eu sei, mas você começou isso e agora vai terminar, eu te avisei no começo de tudo lembra? Agora tem que arcar com suas consequências. Eu confio no seu potencial pri, sei que vai conseguir sair dessa...

Priscila: Eu também sei que vou conseguir, só preciso me acalmar um pouco.

Meu olhar expressou claramente o duplo sentido da minha frase, transmitindo uma mensagem implícita que só poderia ser compreendida por quem estava atento. Assim que Beatriz percebeu a intenção por trás das minhas palavras, ela revirou os olhos com um misto de exasperação e divertimento. A reação dela foi tão imediata e evidente que não pude conter um sorriso. O momento, carregado de uma leveza inesperada, me fez rir, enquanto eu apreciava a forma como Beatriz lidava com a situação com uma combinação de desdém e humor.

Beatriz: E o que você acha que vai te acalmar meu amor?

Ela diz vindo em minha direção e envolvendo seus braços em meu pescoço me dando um beijo longo e com muito desejo.

Assim que consigo uma oportunidade jogo Beatriz na cama e volto a beijá-la, quando tento tirar a blusa da Beatriz vejo a porta abrindo e a Isabel na porta com um olhar assustado e um pouco enojado.

Priscila: Isabel!? Tá fazendo o que aqui? Não era pra você está dormindo?

Isabel: Eu, eu ia chamar vocês mas aí ouvir vocês...

Meu olhar assustado mudou imediatamente para um furioso, meu medo pela Isa El ter descoberto alo era enorme mas não pude me deixar abalar naquele momento.

Beatriz: Isabel! Eu já te falei que em hipótese alguma é para você ouvir minha conversa com a Priscila quando estivermos sós!

Priscila: O que você ouviu Isabel?

𝕆 𝕥𝕒𝕝 𝕒𝕞𝕠𝕣Onde histórias criam vida. Descubra agora