Capítulo 29

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" Pov Yasmin"

— Vocês me dão licença? Já volto. - falo enquanto amarro o cabelo e vou atrás do Gabriel
— Claro! Conversem filha.
- Lindo? O que foi? - me abaixo na altura dele ao ver que ele está sentado no chão aos prantos
— Minha ficha caiu agora Yasmin! Minha família tá perdendo todo o crescimento da Luna, eles não vão acompanhar o parto igual seus pais e seu irmão.
— O que você quer que eu faça lindo?
— Eu queria voltar a conviver com eles e com você numa boa, igual todas as família sabe? O que adianta eu ter tanto dinheiro se no momento mais feliz da minha vida eu não vou ter minha família ali do meu lado comigo.
— Eu tentei muito conviver com ela, você viu. Se você quer eles com a gente nesse momento, vai até lá e convida eles. - suspiro
—Que bom que você se coloca no meu lugar.
— Você fala a data que marcamos a cesárea e deixa eles avisados. Se for parto normal aí a gente avisa na hora.
— Tudo bem então, agora vamos lá falar com seu pai. Tudo bem Armando? E aí Antônio beleza?
— Tudo bem, fico muito feliz em saber que minha filha está bem casada e minha neta vai ter um ótimo pai.
— Que bom saber que te dou essa tranquilidade.
— Estou ótimo.
— O que eu mais quero na vida é fazer essas duas felizes.
— Bobo! - sorrio
— Lindo você precisa ensinar o Antônio a fazer um Back Flip.
— Eu ? Tá ficando louca Yasmin. - ri
— Eu ensino pô, só acho que ele não tá muito animado com a ideia não.
— Surf é pra quem tem talento, eu não acho que seja o meu caso. Só se quiser morrer afogado.
— Trouxemos alguns presentes pra Luna, e o que minha mãe falou que você estava louca pra comer.
— Mentira que vocês trouxeram, para! Eu amooooo esse doce de leite argentino. - falo animada pegando o pote das mãos do meu irmão e indo até a cozinha pegar uma colher pra comer o doce
— Meu Deus do céu, que desespero por esse doce.  - ri me olhando comer
— Ela gostou mais dos doces do que dos presentes.
— Eu quero ver os presentes que o vovô trouxe, bora ver.
— Macacão de raposa, de vaca, coelha, oncinha e leoa - fala enquanto mexe nas caixas de presentes
— Já temos looks pra todos os mesversários dela lindo, muito obrigada pai. Amamos muito. - o dou um abraço apertado
— Se vocês me darem licença, vou sair rapidinho. Já volto.
— Fica a vontade, a casa é sua.
— Vem ver pai, o quarto místico da sua neta. - o puxa pela mão subindo as escadas

" Pov Gabriel"

A ansiedade pra saber o que meus pais acharia do meu convite me corroía por dentro, eu queria muito que eles aceitassem e sinceramente não estava preparado pra ouvir um "não".

— Quem é ? Gab?! - diz Sophia surpresa
— Tem outro? - ri
— É que não nos vemos tem um tempo, fiquei com saudades. Entra!
— Eu também tive saudades de você pequena. - digo olhando nos olhos dela
— E a minha sobrinha como tá? Já nasceu
— Claro que não doidinha, ela tá enorme - ri
— Vou chamar a mamãe e meu pai, volto já. - me dá um beijo na bochecha e sai a procura deles
— Filhão, que saudades! - fala Charles me dando um abraço
— Também fiquei com muita saudade de vocês.
— Olha quem voltou, o filho pródigo. Eu te recebo igual, com todo amor do mundo.
— Se for jogar na cara eu vou embora.
— Não! Eu dei esse tempo pra você voltar a falar com a gente quando se sentisse bem com isso.
— Eu vim fazer um convite! Como vocês devem imaginar a minha filha está prestes a nascer, quero convidar vocês pra estarem lá com a gente no dia do parto.
— É claro que eu aceito filho, é o que eu mais quero depois da restauração da minha família.
— A gente vai sim! Quando vai ser?
— Se for cirurgia e tal está previsto pra 03/11. Agora se não for aí aviso vocês na hora.
— Combinado, eu posso te dar umas coisas que comprei pra ela pra você levar? Aí vocês abrem na casa de vocês, já está tudo lavado e passado.
— Pode! Eu entrego pra Ya.
— Eu achei que nem ia conhecer minha sobrinha. - fala animada
— Claro que vai pô, vai sim. A Bruna e o Felipe também vão vir.
— Vou falar pra eles ficarem aqui em casa, quando estamos no puerpério a última coisa que a gente quer é visita em casa.
— Vou deixar pra vocês resolverem, bom já vou. Obrigado por aceitarem!
— Quando quiser voltar! São muitos queridos aqui.
— Valeu! - fecho a porta e saio indo pra casa

Depois de alguns dias vamos pra última consulta da Ya com a obstetra, graças a Deus corre tudo bem e é só aguardar o momento que a Luna quiser chegar. Eu só não sabia que seria tão rápido. Ainda dentro do carro a caminho de casa a Ya começa a sentir umas coisas "estranhas", eu vejo um líquido sair por baixo do vestido dela e molhar o chão do carro.
— Nossa!
— O que foi linda?
— Uma "pontada", bem aqui. - diz ela apontando o lugar, eu então toco e sinto a barriga dela bem dura
— Será que é normal?
— Deve ser só contração de treinamento. Aí ela fica assim mesmo, você fez uma cara ótima. - gargalha
— Nem fiz. - falo rindo junto com ela, e me espanto em seguida achando que ela fez xixi de tanto rir.
— Caralho lindo! A bolsa.
— Que bolsa? A gente não trouxe pro carro ainda lembra?
— Minha bolsa estourou Gabriel.
— É sério? Tem certeza? Você tá bem? - falo parando o carro no meio da rua
— Fica calmo lindo, assim você não vai conseguir dirigir. Vamos passar em casa pra eu me trocar e colocar as malas no carro.
— Ok! Se sentir qualquer coisa me fala. - digo nervoso enquanto manobro meu carro.

               
No próximo capítulo teremos então o parto da Luna.

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A sereia e o surfista - Yasmin Brunet e Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora