Capítulo 59

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" Pov Yasmin"

Minha sogra estava se esforçando para ser gentil comigo. Ela segurava a Luna no colo enquanto me explicava cada passo da receita de lasanha. No fim, acabamos adaptando para uma versão à bolonhesa com carne vegetal, já que eu e o Gabriel não comemos carne. Ficou uma delícia, e mal pude acreditar que consegui fazer algo tão gostoso. Todos adoraram o jantar, e brindamos à união da nossa família.

— E então, quem fez essa maravilha? Dona Simone ou Yasmin Brunet? – Gabriel perguntou, olhando para nós duas.

— Eu só passei as instruções, quem fez foi a Yasmin – respondeu minha sogra com um sorriso.

— Experimenta, amor! Ficou incrível – disse, sorrindo enquanto Gabriel fechava os olhos para saborear a primeira garfada.

— Tá maravilhoso, amor! Minha mãe tem que vir mais vezes te ensinar.

— Será um prazer – disse Simone.

— A Cleide tenta ajudar, mas normalmente, na hora que ela faz o almoço, eu estou colocando a Luna para dormir.

— A propósito, acho que a Luna acordou – disse Gabriel, levantando-se e indo até o carrinho onde Luna começava a chorar.

— Eu vou, amor. Ela deve estar com fome – falei, pegando a Luna no colo.

— Ela também quer jantar – Gabriel brincou, rindo.

— Acho que não era fome, deve ser cólica.

— Que saco! Vou colocar ela deitada assim para ver se melhora. – comentei, ajustando Luna nos meus braços para deixá-la confortável.

— Decifrar o choro de bebê é difícil. Eles podiam nascer já falando.

— Ah, mas aí seria fácil demais – sorri Simone debochando.

— Amanhã marquei uma consulta com a fono para ela. Acho que pode ajudar.

— Fono? Pra quê? Na minha época não tinha essa coisa de consultoria de amamentação, fonoaudióloga... a gente aprendia tudo sozinha – comentou Simone, surpresa.

— Hoje temos que agradecer pelos estudos e suportes disponíveis – Gabriel acrescentou.

— Verdade, amor. Filha, o que tá acontecendo? - digo desesperada ao ver que Luna se engasgou.

— Ah meu Deus! - diz Simone nervosa já começando a orar.

— Eu vou ligar pro corpo de bombeiros.

— Me dá ela linda. Não precisa pai, eu sei fazer a manobra pra desengasgar ela. - Gabriel diz calmo tomando a bebê dos meus braços. Eu me viro de costas desesperada em meio as lágrimas enquanto ele faz a manobra de desengasgo nela, só me alívio quando ouço Luna chorar aliviada novamente.

— Pronto, já passou filha. - diz ele mantendo a calma enquanto apoia a bebê nos braços.

— Lindo você salvou a vida dela, a enfermeira já tinha me alertado sobre o refluxo dela. Acho que ela aspirou leite. - digo trêmula encarando a bebê pra certificar que está realmente tudo bem.

— Que orgulho desse meu filho, sabe fazer tudo com calma. Eu também não conseguiria manter essa calma no seu lugar Yasmin.. fiquei desesperada, mas não quis te assustar.

— Imagina, a sorte é que fizemos um curso de primeiros socorros antes dela nascer, Gabriel aprendeu a fazer a manobra.

— Muito obrigada pelo jantar, adorei passar esse tempo com a minha neta. Vocês estão convidados para conhecer nossa nova casa – disse Simone, já se despedindo.

— Claro, vamos sim! Nós que agradecemos por terem vindo – respondi, abraçando Charles e Simone.

Depois do jantar, Luna me deu um "banho", e demorei quase duas horas para colocá-la para dormir de verdade. Quando finalmente entrei no nosso quarto, parecia um sonho ver Gabriel deitado na nossa cama.

— Amor? Fiquei te esperando. Que tal tomarmos um banho juntos? Assim você relaxa um pouco - ele sugeriu, com um olhar carinhoso.

— É tudo que eu preciso. Estava morrendo de saudades - respondi, sentindo meus olhos deslizarem para os lábios dele. Ele se aproximou, me segurando pela cintura, e nos beijamos.

Apesar das minhas inseguranças com o corpo após a gravidez, deixei-me levar pelas saudades que sentia dele. O beijo se intensificou, e Gabriel puxou meu vestido até que ele caísse no chão. Tirei sua camisa logo em seguida, minhas mãos estavam explorando cada centímetro do corpo dele. Ajoelhei-me, encarando seus olhos, fiz um boquete com prazer enquanto ele me olhava com desejo. Quando percebi estávamos nos amando loucamente, completamente entregues um ao outro, cada movimento dele sob meu corpo fazia com que eu delirasse de prazer.
Mas ainda assim, uma dúvida me consumia: eu precisava saber se Gabriel e Vanessa tinham transado. Resolvi perguntar de forma direta, sem rodeios.

— Lindo, vou te perguntar algo e quero que seja completamente sincero – disse, olhando-o nos olhos com firmeza.

— O que foi, amor? – ele perguntou, curioso.

— Você e a Vanessa transaram? – encarei-o, enquanto ele desviava o olhar.

— Amor, pra que falar disso agora? Vamos estragar nosso momento? Isso já faz parte do passado...

— Eu quero uma resposta! – falei, sentindo a irritação crescer.

— Esquece isso, Yasmin! – ele tentou desconversar.

— Eu quero ouvir da sua boca, ou vou perguntar pra ela... Agora somos amigas, e ela não vai se recusar a me contar.

— Eu me recuso a responder isso!

— Eu me guardei pra você, e você? Se guardou pra mim? – encarei-o novamente, exigindo a verdade, enquanto ele respirava fundo, prestes a falar.

Será que Vanessa e Gabriel tiveram "algo" a mais? Qual será a resposta dele?

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A sereia e o surfista - Yasmin Brunet e Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora